segunda-feira, janeiro 14, 2008

NOVELA DE UM PRESIDENTE E DE UM PM PUSILÂNIMES

Blog Timor Lorosae Nação
Quarta-feira, 9 de Janeiro de 2008
Jaime Silva Pinto

OPOSIÇÃO TIMORENSE EXIGE RESPOSTAS

Onde existem governos existe oposição, sendo saudável que essa oposição tenha liberdade de se expressar e manifestar as suas concordâncias ou discordâncias sobre as medidas e atitudes dos governantes. Esse é um dos sinais vitais de se viver ou não em democracia.

Regra geral, em democracia, até existem oposições. Umas mais representativas outras menos. Mas, no caso de Timor-Leste, isso não acontece. Existe somente uma oposição: o partido mais votado nas eleições legislativas do ano que agora findou. Facto relevante que “fala” da falta de saúde democrática do país. Mas que o presidente Ramos Horta achou por bem pôr em prática nomeando Xanana e uma Aliança feita à pressa para governarem.

Sempre que um governo, um presidente da República, uma entidade relevante constituinte do Estado é acusada com gravidade de irregularidades ou ilegalidades é comum serem os visados a se explicarem, a darem uma satisfação aos seus eleitores, aos seus concidadãos, ao país que representam em altas instâncias. Essa a prática da transparência, da honestidade, do respeito e consideração que os governados merecem e de que não devem prescindir.

Assim não parecem entender os “maiorais” de Timor-Leste que, ou se sentem “donos” do país e dos cidadãos ou são reles cobardes, pusilânimes.

Estas “estranhas” posturas de Ramos Horta e de Xanana Gusmão, enquanto presidente e primeiro-ministro, respectivamente – por vezes torna-se confuso devido a terem trocado de cadeiras – são devidas a declarações prestadas por Alfredo Reinado, um rebelde, sobre eventuais ilegalidades cometidas por Xanana Gusmão e talvez Ramos Horta.

Aqui, no TLN, temos dedicado a melhor atenção ao assunto e estamos crentes de que todos que aqui vêm estão suficientemente documentados e esclarecidos sobre aquilo que é referido. Consideramos não ser necessário por mais na escrita.

Relevante é o facto de após tais declarações, sem dúvida gravíssimas e bombásticas, não se tenha percebido um esboço que fosse por parte dos visados, Horta e Xanana, para repor a verdade se for caso disso. Nem uma explicação veio à tona sobre o assunto.

Ambos se têm remetido ao silêncio, talvez cobardemente. Talvez comprometidos. Talvez por considerarem que os timorenses e a comunidade internacional que apoia o país não merecem uma explicação. Uma clarificação sobre o assunto. Talvez temam ter de desmentir o que é verdade. Talvez…
Perante tanta desfaçatez tudo podemos pensar.

Pronunciou-se sobre o assunto a oposição, que é como quem diz: a Fretilin.
A oposição certamente aguardou que as entidades visadas dessem um esclarecimento público sobre o caso, sobre as respectivas acusações feitas por Alfredo Reinado, percebendo-se que se fartou de esperar e agora exigiu a inevitável explicação em conferência de imprensa.

É disso que iremos tratar, publicando um documento elaborado pela Fretilin sobre o caso, reservando a nossa independência mas sobrepondo o direito de informar com vista a um melhor exercício da democracia. Esta é uma tarefa a que nos propusemos e iremos cumprir enquanto existir a Fábrica dos Blogs e as páginas que assina.

Importa ainda referir que o documento seguinte foi retirado do “Timor Online”, a quem agradecemos.

ALFREDO ACUSA XANANA DE AUTOR DA CRISE DE 2006
- FRETILIN EXIGE RESPOSTA

Sem comentários:

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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