quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Ramos-Horta recupera bem mas só terá alta daqui a um mês e meio

DN
26.02.08

CADI FERNANDES

"Qualquer chamazinha desencadeia reacções complicadas", diz Melícias
Mais um mês e meio em Darwin: um período que o Presidente timorense quer aproveitar para, já nos próximos dias, começar a despachar serviço, recebendo os seus assessores num "escritório" improvisado junto ao quarto de hospital onde foi internado após o ataque que, no dia 11, o feriu gravemente perto de casa, em Díli. O mesmo é dizer que, para José Ramos-Horta, o pior já lá vai.

Por perto, a família, como a irmã, Romana, que, à agência Lusa, declarou: "Os médicos disseram que tudo está a correr bem e que as feridas estão a sarar de forma muito satisfatória." Ao DN, Roque Rodrigues, antigo ministro da Defesa, limitou-se a informar que "estou em Darwin com o Presidente", recusando outros comentários sobre a situação.

De igual modo, D. Ximenes Belo, que se encontra há já algum tempo em Portugal, foi lacónico nas suas declarações. "De vez em quando, ainda comunico com Timor, mas as comunicações falham muito, incluindo a Internet", esclareceu o DN, assoberbado que estava em "preparar o retiro para os padres".

Só o padre Vítor Melícias, que chegou a ocupar o cargo de comissário para Apoio à Transição em Timor-Leste, foi mais solto no diálogo com o DN, confirmando que se mantém em contacto com o "nosso bispo", D. Basílio do Nascimento, de Baucau, nomeadamente por intermédio da Escola de Vítor Melícias, em Torres Vedras, e da Escola de Soibada, em Timor.

Falam, por exemplo, sobre a desesperança dos jovens que não têm emprego e dos 600 militares e polícias que, em Março de 2006, foram expulsos das forças de segurança. "Qualquer chamazinha desencadeia reacções complicadas." Este grupo viria a ser liderado pelo major Alves Reinado, morto a tiro durante o ataque a Ramos-Horta. "Estão decepcionados com a Fretilin, não têm trabalho. Uma solução só a longo prazo, envolvendo Austrália, Indonésia, Portugal e ONU", que, ontem, decidiu ficar mais um ano em Timor.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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