terça-feira, abril 08, 2008

East Timor president says he may step down: report

8.04.2008
7 hours ago

SYDNEY (AFP) — East Timor President Jose Ramos-Horta, wounded in an assassination attempt in February, said in remarks published Tuesday that he may quit before the end of his term.

"I will address the parliament when I return and I will not promise the country that I will serve the full term," Ramos-Horta told The Australian newspaper in an interview.

The Nobel Peace Prize laureate, who was elected president for a five-year term in May last year, was speaking in the north Australian city of Darwin where he is recuperating after being discharged from hospital.

He said he was physically well but was less sure about his emotional state.

"I will know only when I get home to my own house, to the site where I was shot, whether I have recovered. I am generally a very sensitive person -- but I can also be cold and strong."

Ramos-Horta, 58, was shot outside his residence in the capital of the tiny southeast Asian nation on February 11 by rebels who separately ambushed Prime Minister Xanana Gusmao, who survived unhurt.

Rebel leader Alfredo Reinado was killed during the attack on the president's home but a number of other rebels are still at large.

Ramos-Horta said stepping down from the presidency would be "very hard, although personally I would like to be a common citizen and casually write my book.

"I will have to be sensitive to what the bishops and the common Timorese say."

The president said the success of his stand-in, national parliament president Fernando Lasama de Araujo, made it easier for him to consider stepping down.

"I'm more at ease because I know that if I step down, there is one or two who can do the job."

But he said the shooting had changed how he would be able to live in Dili.

"Before the assassination attempt I would go everywhere. I would go in a little public bus with the common people, go in local restaurants and pay one dollar a meal, and invite all the customers and pay for their meal.

"People really liked to see me in the back alleys of Dili. Well, now I would have to think twice," he said.

International forces have been stationed in East Timor since 2006, after a mass desertion by members of the armed forces prompted fighting between military and police factions and street violence that killed at least 37.

Tradução:

Reportagem: presidente de Timor-Leste diz que pode sair

8.04.2008
7 horas atrás

SYDNEY (AFP) — O Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta, ferido numa tentativa de assassínio em Fevereiro, disse em comentários publicados na Terça-feira que pode desistir antes do fim do sem mandato.

"Falarei ao parlamento quando regressar e não prometerei ao país que vou cumprir o mandato completo," disse Ramos-Horta ao jornal The Australian numa entrevista .

O laureado do Nobel da Paz que foi eleito presidente para um mandato de cinco anos em Maio do ano passado, estava a falar da cidade do norte da Austrália de Darwin onde está a recuperar depois de ter tido alta do hospital.

Disse que está bem fisicamente mas menos seguro quanto ao seu estado emocional.

"Apenas saberei quando chegar a casa, ao sítio onde fui baleado, se recuperei. Geralmente sou uma pessoa muito sensível – mas posso ser também frio e forte."

Ramos-Horta, 58 anos, foi baleado no exterior da sua residência na capital da pequena nação do Sudeste Asiático em 11 de Fevereiro por amotinados que separadamente emboscaram o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, que saiu ileso.

O líder amotinado Alfredo Reinado foi morto durante o ataque à casa do presidente mas uns tantos amotinados continuam em fuga.

Ramos-Horta disse que sair da presidência será "muito difícil, apesar de pessoalmente gostar de ser um homem comum e talvez escrever um livro.

"Terei que ser sensível ao que os bispos e as pessoas comuns disserem."

O presidente disse que o sucesso do seu substituto, o presidente do parlamento nacional Fernando Lasama de Araújo, torna mais fácil para ele sair.

"Estou mais confortável, sei que se sair, haverá um ou dois que podem desempenhar o cargo."

Mas disse que os tiros tinham mudado o modo como poderá viver em Dili.

"Antes da tentativa de assassínio ia a todo o lado. Andava nos mini-autocarros públicos com as pessoas vulgares, ia aos restaurantes locais e pagava um dólar por refeição, e convidava todos os clientes a pagava as suas refeições.

"As pessoas gostavam mesmo de me ver nas ruas traseiras de Dili. Bem, agora teria de pensar duas vezes," disse.

Forças internacionais têm estado estacionadas em Timor-Leste desde 2006, depois de deserção em massa de membros das forças armadas ter provocado lutas entre facções da polícia e dos militares e violência nas ruas que matou pelo menos 37 pessoas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Reportagem: presidente de Timor-Leste diz que pode sair
8.04.2008
7 horas atrás

SYDNEY (AFP) — O Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta, ferido numa tentativa de assassínio em Fevereiro, disse em comentários publicados na Terça-feira que pode desistir antes do fim do sem mandato.

"Falarei ao parlamento quando regressar e não prometerei ao país que vou cumprir o mandato completo," disse Ramos-Horta ao jornal The Australian numa entrevista .

O laureado do Nobel da Paz que foi eleito presidente para um mandato de cinco anos em Maio do ano passado, estava a falar da cidade do norte da Austrália de Darwin onde está a recuperar depois de ter tido alta do hospital.

Disse que está bem fisicamente mas menos seguro quanto ao seu estado emocional.

"Apenas saberei quando chegar a casa, ao sítio onde fui baleado, se recuperei. Geralmente sou uma pessoa muito sensível – mas posso ser também frio e forte."

Ramos-Horta, 58 anos, foi baleado no exterior da sua residência na capital da pequena nação do Sudeste Asiático em 11 de Fevereiro por amotinados que separadamente emboscaram o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, que saiu ileso.

O líder amotinado Alfredo Reinado foi morto durante o ataque à casa do presidente mas uns tantos amotinados continuam em fuga.

Ramos-Horta disse que sair da presidência será "muito difícil, apesar de pessoalmente gostar de ser um homem comum e talvez escrever um livro.

"Terei que ser sensível ao que os bispos e as pessoas comuns disserem."

O presidente disse que o sucesso do seu substituto, o presidente do parlamento nacional Fernando Lasama de Araújo, torna mais fácil para ele sair.

"Estou mais confortável, sei que se sair, haverá um ou dois que podem desempenhar o cargo."

Mas disse que os tiros tinham mudado o modo como poderá viver em Dili.

"Antes da tentativa de assassínio ia a todo o lado. Andava nos mini-autocarros públicos com as pessoas vulgares, ia aos restaurantes locais e pagava um dólar por refeição, e convidava todos os clientes a pagava as suas refeições.

"As pessoas gostavam mesmo de me ver nas ruas traseiras de Dili. Bem, agora teria de pensar duas vezes," disse.

Forças internacionais têm estado estacionadas em Timor-Leste desde 2006, depois de deserção em massa de membros das forças armadas ter provocado lutas entre facções da polícia e dos militares e violência nas ruas que matou pelo menos 37 pessoas.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.