terça-feira, outubro 07, 2008

Polícias instados a deixarem as armas no quartel

Oct 6, 2008 8:53 PM
TVNZ

A Polícia de Timor Leste recebeu ordens para criar ‘postos de controlo’ e para intensificar as patrulhas oficiais, a fim de evitar que os funcionários policiais continuem a levar as armas para casa, depois dos crescentes sinais de tensão naquela força policial.

Foi ordenada uma operação policial que visa a busca de armas ilegais em automóveis, com o objectivo de fazer com que os agentes policiais deixem de levar as suas armas para casa, ilegalmente, quando não estão de serviço.


Esta ordem surge na sequência de um folheto inflamatório, posto a circular, apontando para um reacendimento das tensões regionais entre os funcionários policiais, semelhante à brecha que se abriu entre as forças armadas, há dois anos, e que culminou nas acções de violência e morte já conhecidas.


Timor-Leste foi dilacerado, em 2006, quando as tensões Leste-Oeste provocaram profundas divisões nas forças armadas, que desencadearam uma onda de violência da qual resultaram 37 mortes e cerca de 150.000 deslocados.


O folheto ameaça com acções "contra o governo" se alguém do Leste de Timor-Leste for nomeado como comandante da Polícia Nacional.


O Comandante interino da polícia, Afonso de Jesus, disse hoje que os polícias haviam sido expressamente avisados, para se certificarem de que os funcionários não estavam a levar as suas armas para casa.


"O regulamento em vigor ordena que, quando os polícias cessam as suas funções, as suas armas devem ser depositadas no arsenal", disse Afonso de Jesus. Contudo, alguns vão para casa e continuam a levar as armas consigo."

Foi dada uma ordem, aos polícias operacionais, exigindo a criação dum posto de verificação perto da residência do Secretário de Estado da Segurança, que foi incumbido da nomeação do novo comandante da polícia.


A Polícia da ONU dizia, na semana passada, que estavam a tomar muito a sério o aparecimento do folheto e que iriam tentar confirmar a sua fonte.

"Estamos atentos a qualquer informação, independentemente da sua classificação," afirmou o comandante da polícia da ONU Juan Carlos Arevalo.


O Grupo de Crise Internacional (ICG), afirmou na semana passada que o folheto era "profundamente preocupante".
"Como vimos antes, se deixamos avolumar esse sentimento de discriminação e ressentimento, podem advir daí sérios problemas", disse a analista do ICG, em Timor-Leste, Anna Powles.

Foram ainda detectados outros sinais da existência de problemas no seio da força policial.

Recentemente, membros da Unidade ‘Task Force’ ameaçaram com uma greve, baseada numa disputa salarial, originando um confronto acalorado na Sede da Policia.


E o Procurador-Geral Longuinhos Monteiro revelou, na semana passada, que Afonso de Jesus, o comandante interino da polícia, estava a ser interrogado relativamente a questões disciplinares.


Fonte: AAP
Tradução livre de: LenaLorosae

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Traduções

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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