segunda-feira, janeiro 14, 2008

TEREMOS CRIMINOSOS NOS ORGÃOS DE SOBERANIA?

Blog Timor Lorosae Nação
Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2008

QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA

Ana Loro Metan

Já lá vão duas semanas desde que Alfredo Reinado fez graves acusações a Xanana Gusmão, acusando-o de ser o responsável pelo que aconteceu em 2006, consequentemente pelas mortes e destruições registadas, sem que se vislumbre por parte do actual primeiro-ministro um desmentido, uma explicação sobre tais declarações.

Tão pouco se percebe que o Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, não proceda a uma investigação que nos esclareça e comprove se a veracidade das acusações é passível de acusar o PM por eventuais crimes cometidos ou Alfredo Reinado por difamação.

Também o PR, Ramos Horta, não respondeu ao partido político Fretilin que o questionou sobre o assunto. Até agora não tivemos conhecimento de que existisse uma resposta e certamente que se ela existisse a Fretilin a tornaria pública – outra coisa não é de esperar.

Em português, costuma dizer-se que quem cala consente. Se consentem é porque as declarações de Reinado correspondem à realidade e que, como a avestruz faz para se camuflar, não reagem e assobiam para a Baía de Díli esperando que esta “crise” caia no esquecimento.

Pois é. Mas os timorenses querem uma resposta. Têm direito a uma resposta. A democracia tão propalada por Horta exige outro tipo de procedimento que não o de deixar ficar o assunto por esclarecer.

Temos um primeiro-ministro criminoso? Se for verdade aquilo que Reinado afirma ninguém ficará com dúvidas de que assim é.

Mas, para além do primeiro-ministro, quem mais poderá vir a ser acusado de cumplicidade? O Presidente da República? O Procurador-Geral da República? Os Comandantes da PNLT e alguns das FDTL? Quem?

Com o silêncio por resposta todos nós podemos desconfiar destas entidades e concluir que ao fim e ao cabo temos nos órgãos de soberania eventuais criminosos.

Manda o bom senso que fossem estas entidades a esclarecer imediatamente os cidadãos e a comunidade internacional doadora sobre tão gravosas declarações e não que se remetam ao silêncio.

Como podem os cidadãos dos países doadores concordarem com a continuidade das doações – que são tiradas dos impostos dos contribuintes desses países – se os órgãos de soberania timorenses têm nas suas hostes pessoa ou pessoas passíveis de serem uns criminosos? Não podem.

Como podem os timorenses, principais interessados, respeitar órgãos de soberania onde suspeitam existirem criminosos? Não podem.

Preferindo ser optimista, sobre a situação e o assunto, quero admitir que o Presidente Ramos Horta está a “tratar” de nos esclarecer e que muito brevemente dará uma resposta à Fretilin e, mais importante, aos timorenses e à comunidade de países doadores.

Também Xanana Gusmão, o principal visado, deve estar a aguardar por algo muito esclarecedor para comprovar que não é criminoso nenhum. Obviamente que terá de ser algo muito sólido, muito credível e transparente para que não restem dúvidas sobre a sua inocência.

Então sim, nesse caso, mais um, urge fazer pagar ao caluniador, na justiça, pelo crime de difamação.

Ficamos à espera, com a certeza de que não esquecemos e de que enquanto isto não se esclarecer convenientemente podemos continuar a admitir que temos como primeiro-ministro um suspeito do cometimento de crime ou crimes passíveis de punição judicial e incompatíveis com o cargo que ocupa.

Aguardemos, porque quem espera sempre alcança… o esclarecimento.

Esperemos também que guardadas estejam as grades para quem cometeu crime!

Senhor Presidente...

DEMITA-O!


e DEMITA-SE...

Ramos Horta dismisses allegations Gusmao involved in 2006 crisis

ABC News
Monday January 14, 08:35 PM


East Timor's President Jose Ramos Horta has dismissed allegations that the current prime minister was involved in instigating the crisis that engulfed the country in 2006.

Renegade East Timorese Major Alfredo Reinado lead a band of soldiers who deserted the Army in February 2006.

Widespread violence soon followed - 20 people were killed and 150,000 people fled their homes.

Former prime minister Mari Alkatiri says the country's current Prime Minister Xanana Gusmao should resign based on allegations he was involved in the crisis.

But Dr Ramos Horta says he will not be calling for the Prime Minister's resignation.

"I cannot do it because these are allegations by one individual in a very vague manner."

Dr Ramos Horta says although he believes it is a case of political bickering, the allegations are being looked at.

Tradução:

Ramos Horta descarta alegações de envolvimento de Gusmão na crise de 2006

ABC News
Segunda-feira, Janeiro 14, 08:35 PM


O Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta descartou alegações de o corrente primeiro-ministro estar envolvido na instigação da crise em que o país mergulhou em 2006.

O desertor Timorense Major Alfredo Reinado liderou um bando de soldados que desertaram das forças armadas em Fevereiro de 2006.

Em breve seguiu-se violência alargada - 20 pessoas foram mortas e 150,000 pessoas fugiram das suas casas.

O antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri diz que o corrente Primeiro-Ministro do país Xanana Gusmão deve resignar com base em alegações de ter estado envolvido na crise.

Mas o Dr Ramos Horta diz que não pedirá a resignação do Primeiro-Ministro.

"Não posso fazer isso com alegações de um indivíduos feitas de modo muito vago"

O Dr Ramos Horta diz que apesar de acreditar que é um caso de disputa política, as alegações estão a ser analisadas.

FRANÇA E ESPANHA ABREM EMBAIXADA CONJUNTA

Sábado, 12 de Janeiro de 2008

Os governos de França e de Espanha vão abrir uma embaixada conjunta em Timor-Leste possivelmente já no decurso deste ano, disseram à Lusa fontes governamentais em Madrid.

O anúncio deverá ser feito na quinta-feira, em Paris, no decurso da cimeira franco-espanhola que decorre na capital francesa, em que participam o primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e o presidente francês Nicolás Sarkozy.

França mantém actualmente em Timor-Leste um gabinete de cooperação mas os interesses diplomáticos e consulares de Paris e Madrid são exercidos através das embaixadas dos dois países em Jacarta, capital indonésia, segundo o site do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste.

No caso francês o embaixador acreditado desde Setembro de 2003 é o embaixador Renaud Vignal e no caso espanhol, desde Agosto de 2002, o embaixador Dâmaso de Lario Ramirez, ambos a residir na capital da Indonésia.

Além de Portugal, Díli conta actualmente com embaixadas da Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Japão, Malásia, Reino Unido, Tailândia e Estados Unidos e escritórios de representação da Indonésia, Irlanda e da Comissão Europeia.

Lusa

O PRÉ-FABRICADO HERÓI REINADO

Blog Timor Lorosae Nação
Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2008
Malae Belu

A INSIGNIFICÂNCIA DE HORTA E XANANA

A paz podre existente em Timor-Leste está a ser motivo de preocupação para todos, principalmente para os timorenses saturados de uma ocupação de mais duas décadas e de uma luta de libertação de outro tanto tempo.

Não bastaram tantas centenas de milhares de mortes, de crimes contra a humanidade - a que os principais responsáveis timorenses deram concordância em esquecer e perdoar aos criminosos – e sempre mais e mais timorenses vão morrendo a defenderem aquilo que consideram querer para o país: independência, democracia, justiça e liberdade.

Sabemos que a razão dos que morrem em lutas caseiras, assim como dos que matam, está muito longe de a violência ser o caminho para os objectivos pretendidos. Mas muito mais não se pode esperar de um povo tão massacrado que facilmente é manipulado por interesses que em nada o beneficiarão mas a que os seus líderes dizem que sim.

O erro não é do povo mas sim dos líderes.

Poderemos pensar: mas Timor-Leste tem um Nobel e um Sakarov. Pois, isso quer mesmo dizer que eu tenho um hambúrguer da MacDonald’s mas não tenho carne como deve ser. Aquilo é uma grande porcaria!

Penso que já foi sobejamente demonstrado que Ramos Horta e Xanana se meteram numa aventura para a qual não têm capacidades de lhe dar bom destino.

Um e outro continuam fazendo o que não devem. Com o agravante de nem saberem fazer um mínimo daquilo que devem.

Eles continuam falando, falando, prometendo, prometendo, mas… e depois? Depois, nada!

Avaliar os seus desempenhos nestes meses de exercício dos cargos para que um foi eleito e o outro nomeado permite-nos fazer um balanço muitíssimo negativo.

Nem um nem outro sabem desempenhar as suas competências e não cair no ridículo de ultrapassá-las.

Assistimos a um presidente da República que fala e age, ou quer agir, como primeiro-ministro e a um primeiro-ministro que fala e age como um soba ou, já lhe chamaram, um cipaio.

Quem conseguirá fazer compreender a ambos que não compete ao PR governar, nem ao PM ordenar prisões? Isto para referir o mais recente e ridículo.

Com “cromos” destes, Timor-Leste não pode ir longe.

Reflexo da incompetência e soberba destes péssimos “cromos” está para acontecer em Timor o inevitável: o desentendimento total, a ingovernabilidade, o caos.

Julgando-se um excelente estratega do “mato” – faltará provar que o foi – Xanana Gusmão continua a manobrar “debaixo dos panos”, às escondidas, tomando as piores atitudes que se não desejam na construção de qualquer novo país. Ele aplica a intriga, a mentira, o bluff, a representação teatral, a ignorância e a falsa modéstia em tudo que tem tocado. É um verdadeiro estraga tudo, convencido de que sabe e faz, e repara, e que pode. É troca-tintas e abelhudo, não tendo disso consciência e não querendo ouvir quem o alerta para o facto.

Acontece que Timor-Leste não é nenhuma empresa, ou casa, ou brinquedo que ele possa estragar e atirar para o lixo. Timor-Leste é um país que precisa de homens com capacidades para o governarem, conduzindo-o para os trilhos da independência, da democracia, das justiças, do desenvolvimento crescente e garantido, da transparência, da paz e tolerância… Timor-Leste teve todas as possibilidades de vir a ser um grande país apesar de pequeno.

ALFREDO REINADO

O que para muitos parece ser verdade, que Alfredo Reinado está contra Xanana Gusmão, não passa de uma ilusão. Alfredo Reinado só fez o que Xanana quis enquanto isso não foi adverso aos objectivos dos seus verdadeiros “patrões”, aliás, parcialmente também “patrões” de Xanana e de Horta, entre mais uns quantos.

A operação de Same mostrou o desinteresse em capturar Reinado mas o grande interesse em fazer espectáculo. No palco caíram uns quantos de Reinado que não sabiam onde o “boss” estava metido. O que foi conveniente para dar maior credibilidade à operação.

Os potenciais interessados em Timor-Leste não o querem um país estável e governável. Não querem governos transparentes e convencidos de que lhes compete defenderem os interesses nacionais, praticando esse tipo de políticas.

Timor-Leste só dá lucro se estiver instável e ingovernável. Entregue a uma elite submissa, corrupta, desnacionalizada e desumanizada. Isso é o que acontece em todos os países onde há petróleo e em que os USA metem as suas botas cardadas de autênticos SS hitlerianos.
Em Timor-Leste, o garante dessa instabilidade é Alfredo Reinado. Ficou sempre assim decidido porque nem Xanana, nem Horta servirão para certas “coisas” que têm e terão de continuar a fazer, sendo uma delas fazer que governam e que o país é livre e independente, a democracia da treta dos países do terceiro mundo.

O ressurgimento calculado e sincopado de Alfredo Reinado serve para lembrar a Xanana e Horta os seus compromissos e a facilidade com que podem cair e implantar-se o caos. Os serviços de inteligência norte-americano e australiano não estiveram a fabricar um herói Reinado à toa mas sim para substituir Xanana Gusmão em fase que considerem adequada. Para eles, este ainda não é o verdadeiro governo fantoche. Governo de que precisarão quando partirem para a exploração on-shore.

Para quem julgar que o pouco que aqui é referido não passa de delírios e teorias miserabilistas, ou ainda pior, dê tempo ao tempo e depois lembre-se destas prosas.

Pena que assim seja e que Horta e Xanana se tenham disposto a aceitar o desempenho de papéis que certamente sabiam estarem condicionados pelos interesses dos “amigos estrangeiros”.

Fora de cena quem não interessa à cena!

O FRÁGIL PODER DOS COMPROMETIDOS

Blog Timor Lorosae Nação
Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2008
Klaudio Berek

VERDADE E RESPONSABILIDADE SÃO SEMPRE PREFERÍVEIS

Os últimos acontecimentos em Timor-Leste, relacionados com Alfredo Reinado, têm vindo a agitar os espíritos mais inconsoláveis e contrários à decisão do Presidente Ramos Horta ter indigitado Xanana Gusmão para formar governo e seguidamente ter empossado membros da AMP para governarem.

A decisão foi e pode continuar a ser discutível mas não deixa de ser constitucional. Pode gerar um certo desconforto, é certo, mas é constitucional por não constar na referida constituição, preto no branco, que as alianças de partidos devem ser constituídas antes das eleições e a essas se submeterem.
Os que defendem a constituição e nomeação do governo AMP devem condescender de todos os outros argumentos contestatários por isso. Nunca se viu tal em países democráticos e em Timor-Leste só se está a ver por não estar devidamente explicita a forma como a aliança ou alianças de partidos pode ser considerada para governar.

Foi uma esperteza saloia do PR Horta e seus conselheiros? Foi com toda a certeza. Uma atitude que de certeza foi pensada e configurada ainda antes das eleições? Foi com toda a certeza. Lembremos que nesse tempo o objectivo era impossibilitar a Fretilin de novamente formar governo.

Sabemos que mais incomodativo que a verdade é não se revelar a verdade e assumi-la. Se assim foi só há que assumir que o objectivo era afastar a Fretilin do Palácio do Governo de forma mais ou menos credível através de eleições. Todos o sabem ao fim e ao cabo.

Por isso não se compreende que não seja assumido pelos que actualmente detêm o poder em Timor.

A falta de transparência dá azo a muito mais confusão e se a cada um fossem atribuídas as suas responsabilidades e motivos das práticas das mesmas tudo seria visto com outros olhos pela sociedade timorense e a agitação e confrontos que pudessem existir no momento já estariam de todo esbatidos e a verdade seria aceite. Melhor ou pior mas seria aceite pacificamente.

A falta de coragem de Xanana e de Horta na revelação da verdade podem conduzir Timor para uma nova e repetitiva senda de violência, o que de todo não é desejável.

Reparemos no caso do General Eanes, em Portugal, com o 25 de Novembro, e testemunhemos como ele é respeitado. Mas conseguiu-o a ferro-e-fogo. Assumindo as suas práticas, as suas responsabilidades.

Em Timor-Leste, a falta de coragem dos líderes que fizeram o golpe de estado e que nunca tornaram as coisas claras foi e continua a ser notória. É impossível continuarmos a confiar em líderes destes. Que se escondem atrás de mentiras e de silêncios em vez de se orgulharem de terem feito “isto ou aquilo” porque consideraram ser o melhor modo de serem patriotas e conduzirem o país para a via democrática.

O caso Alfredo Reinado é flagrante. Mostra a preferência doentia de falsidade que o Presidente Horta e Xanana Gusmão, entre muitos mais, praticam, alapando-se por detrás do poder, que não os esconde das verdades ditas por quem os apoiou e cumpriu ordens suas, proporcionando-lhes que chegassem onde estão. Periclitantes, é certo, mas com poderes!

Alfredo Reinado cansou de ser bode expiatório de um golpe de estado que existiu mas nunca foi assumido pelos seus autores. Em vez disso marginaliza-se quem foi nas loas dos agora “poderosos” Xanana e Horta.

Alfredo Reinado está ferido na sua dignidade e isso é aquilo que de pior se pode fazer a um homem da sua estirpe.

Para evitar violência, Reinado envereda pelas acusações verdadeiras sobre as responsabilidades da “crise de 2006”. Acusa Xanana sem meias-palavras e deixa Horta nos limbos por enquanto. Quem não sabe que Alfredo está a dizer a verdade?

Não se trata de aqui enaltecer Alfredo Reinado mas sim de aquilatar da personalidade dos que julgávamos serem os melhores para Timor-Leste e que esses são os que deveriam conduzir o país à Justiça, Ordem e Progresso.

Todos pensámos que Horta e Xanana seriam as pessoas indicadas e que o contributo da Fretilin, na fiscalização do exercício do poder por ambos, nos traria as garantias de que seguiríamos por bom caminho, sem grandes escolhos.

Nada disso aconteceu, nada disso está a acontecer. Não sabemos ao certo aquilo que nos pode acontecer e para onde estamos a caminhar enquanto país.

As razões prendem-se com a falta de honestidade e de transparência de Horta e Xanana – porque com os outros podemos bem.

Para além dos inúmeros casos sociais que estão por resolver, em que o dos deslocados é o mais flagrante, este governo de Xanana e de Horta o que tem feito? Nada ou quase nada.

Descobriu-se que o que sabem melhor fazer é esconderem-se por detrás do poder, do seu estatuto presidencial e governamental, e pouco mais. Descobriu-se que são capazes de “governar” sentados sobre a miséria dos outros, dos governados. Indiferentes à dita miséria e à inépcia dos que com eles partilham o poder. Esses são os que estão a fazer com que a corrupção, o compadrio, os jogos de interesses ilegais se multipliquem pelo país.

É aqui que Alfredo Reinado pode fazer vingar a sua imagem e as suas declarações verdadeiras, cativando até quem se lhe opunha.

O apoio popular de que Reinado dispõe já não permite contrariarem o percurso que se lhe adivinha. Os homens em armas de que dispõe serão certamente multiplicados por espontâneos populares que aderirão à sua causa: a verdade e responsabilidade, seja isso o que vier a ser. Qualquer reacção para o hostilizar dará mau resultado. Muito mau resultado. A não ser que o liquidem.

Vamos ver o que acontece, sabendo nós que se não negociarem com Alfredo Reinado e não assumirem as suas responsabilidades muito mal poderá sobrar para os timorenses, através das revoltas incontidas que surgirão.

NOVELA DE UM PRESIDENTE E DE UM PM PUSILÂNIMES

Blog Timor Lorosae Nação
Quarta-feira, 9 de Janeiro de 2008
Jaime Silva Pinto

OPOSIÇÃO TIMORENSE EXIGE RESPOSTAS

Onde existem governos existe oposição, sendo saudável que essa oposição tenha liberdade de se expressar e manifestar as suas concordâncias ou discordâncias sobre as medidas e atitudes dos governantes. Esse é um dos sinais vitais de se viver ou não em democracia.

Regra geral, em democracia, até existem oposições. Umas mais representativas outras menos. Mas, no caso de Timor-Leste, isso não acontece. Existe somente uma oposição: o partido mais votado nas eleições legislativas do ano que agora findou. Facto relevante que “fala” da falta de saúde democrática do país. Mas que o presidente Ramos Horta achou por bem pôr em prática nomeando Xanana e uma Aliança feita à pressa para governarem.

Sempre que um governo, um presidente da República, uma entidade relevante constituinte do Estado é acusada com gravidade de irregularidades ou ilegalidades é comum serem os visados a se explicarem, a darem uma satisfação aos seus eleitores, aos seus concidadãos, ao país que representam em altas instâncias. Essa a prática da transparência, da honestidade, do respeito e consideração que os governados merecem e de que não devem prescindir.

Assim não parecem entender os “maiorais” de Timor-Leste que, ou se sentem “donos” do país e dos cidadãos ou são reles cobardes, pusilânimes.

Estas “estranhas” posturas de Ramos Horta e de Xanana Gusmão, enquanto presidente e primeiro-ministro, respectivamente – por vezes torna-se confuso devido a terem trocado de cadeiras – são devidas a declarações prestadas por Alfredo Reinado, um rebelde, sobre eventuais ilegalidades cometidas por Xanana Gusmão e talvez Ramos Horta.

Aqui, no TLN, temos dedicado a melhor atenção ao assunto e estamos crentes de que todos que aqui vêm estão suficientemente documentados e esclarecidos sobre aquilo que é referido. Consideramos não ser necessário por mais na escrita.

Relevante é o facto de após tais declarações, sem dúvida gravíssimas e bombásticas, não se tenha percebido um esboço que fosse por parte dos visados, Horta e Xanana, para repor a verdade se for caso disso. Nem uma explicação veio à tona sobre o assunto.

Ambos se têm remetido ao silêncio, talvez cobardemente. Talvez comprometidos. Talvez por considerarem que os timorenses e a comunidade internacional que apoia o país não merecem uma explicação. Uma clarificação sobre o assunto. Talvez temam ter de desmentir o que é verdade. Talvez…
Perante tanta desfaçatez tudo podemos pensar.

Pronunciou-se sobre o assunto a oposição, que é como quem diz: a Fretilin.
A oposição certamente aguardou que as entidades visadas dessem um esclarecimento público sobre o caso, sobre as respectivas acusações feitas por Alfredo Reinado, percebendo-se que se fartou de esperar e agora exigiu a inevitável explicação em conferência de imprensa.

É disso que iremos tratar, publicando um documento elaborado pela Fretilin sobre o caso, reservando a nossa independência mas sobrepondo o direito de informar com vista a um melhor exercício da democracia. Esta é uma tarefa a que nos propusemos e iremos cumprir enquanto existir a Fábrica dos Blogs e as páginas que assina.

Importa ainda referir que o documento seguinte foi retirado do “Timor Online”, a quem agradecemos.

ALFREDO ACUSA XANANA DE AUTOR DA CRISE DE 2006
- FRETILIN EXIGE RESPOSTA

PRESIDENTE DA REPÚBLICA REDUZIU A PENA A 38 PRISIONEIROS

RAMOS HORTA AMNISTIOU PRESOS NO FINAL DO ANO

No final do ano 2007 o Presidente da República reduziu a pena a 38 presos provenientes de três prisões, Díli e Baucau 33 e 5 da prisão de Gleno. Dos 38 presos, 10 cometeram crimes contra a humanidade em 1999.

Em conferência de imprensa o Presidente da República, José Ramos Horta, acompanhado pelo Procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro, no Domingo (30 / 12) disse que a redução de pena a 38 presos está de acordo com a Constituição.
No âmbito das suas competências, o Presidente da República, estudou e seleccionou quais os presos que deveriam receber este indulto, após as informações recebidas do Sistema Prisional e do Ministério da Justiça.

São os seguintes presos que receberam o indulto do Sr. Presidente da República em 2007:
Alarico Soares; Januário Soares; Alberto Freitas; Joaquim Alves; Amélio da Costa; José Maria Nunes; António da Silva; Luís Gomes; Armando dos Santos; Manuel da Costa; Arnaldo Quelo; Manuel Freitas Henrique; Basílio Amaral; Manuel Maria da Cunha; Bernardo Barros dos Reis; Marcelino Assa Máli; Cai-Mauc; Marcelino Soares; Domingos Amati; Marcolino Soares; Domingos António de Sá; Mateus Belo; Domingos Gonçalves; Mateus Cardoso; Domingos Mendonça; Miguel Belo; Eusébio Máli; Octaviano Bernardo; Félix Correia; Paulo Amaral; Francisco Matos; Paulo Martins Meneses; Francisco Pereira; Raimundo Soares; Gonçalo Victor da Cunha; Serafin Alves; Hilário da Silva Valente Madeira.

De acordo com o Presidente da República, poderão ser indultadas, os presos com bom comportamento e os doentes por razões humanitárias. Por estas razões, a comunidade e as famílias das pessoas que receberam o indulto devem acolhê-los, pois cumprida a pena de prisão pelo crime cometido, todos merecem uma segunda oportunidade.

Espera-se que o tempo passado na prisão tenha sido um tempo de arrependimento e de construção de um melhor cidadão de forma a não cometer o mesmo crime outra vez. Nesta oportunidade, o Presidente da República, disse que alguns dos presos que receberam o indulto irão sair, após o Tribunal estudar o tempo de pena que falta cumprir a cada preso indultado.
Para os que não receberam indulto, e continuam presos, o Presidente da República deseja um Feliz Natal e um Bom Ano Novo a todos eles, afirmando que o Estado não os esquece.

Interrogado se dos 38 presos, há também elementos da milícia, o Presidente da República respondeu que os seus casos são analisado como casos de crime e não como caso de política. Os casos dos elementos da milícia de 1999, o seu bom comportamento também é considerado na prisão. Os presos que receberam indulto já completaram 50% da sua pena na cadeia.
Dos presos que receberam indulto do Presidente da República, 90% cometeram crime de homicídio familiar, 15% ofensas corporais e 5% crime sexual.

Os 38 presos que receberam o indulto, alguns terão liberdade condicional porque ainda lhes faltam alguns meses de cumprimento da pena, outros depois de receberem o indulto saem imediatamente e outros ainda depois de o receberem continuam na cadeia porque o tempo ainda não é suficiente.
Implementa-se a decisão do Presidente da República após a sua publicação pelo Tribunal, no Boletim Oficial do Jornal da República.

JNSemanário

As mentiras do costume


"O povo me deu um mandato (de cinco anos), e o cumprirei da melhor forma possível".
Xanana Gusmão
14.01.2008 EFE

Mentira. O resultado eleitoral do partido de Xanana Gusmão, o CNRT, foi de 24 %, menos do que o resultdo da FRETILIN. O povo não deu nenhum mandato ao Sr. Gusmão para governar...

Quem lhe deu esse mandato foi o seu amigo Ramos-Horta ao não convidar o partido mais votado a formar governo.

Fretilin prevê aumento da violência caso Gusmão não renuncie no Timor Leste

14/01 - 09:38 - EFE

Díli, 14 jan (EFE).- O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, pediu hoje ao primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, que renuncie para evitar a violência no país.

O pedido foi feito depois que o comandante rebelde Alfredo Reinado acusou Gusmão de ter orquestrado a crise de dois anos atrás, que forçou Alkatiri a renunciar à chefia de governo, em 26 de junho de 2006.

"Volto a pedir a Xanana que renuncie, como ele me forçou a fazer em 2006, ou terá que enfrentar as conseqüências e aceitar a responsabilidade do que possa vir a ocorrer este ano", disse Alkatiri.

"Isto não quer dizer que os militantes do Fretilin recorrerão a todos os meios a seu alcance para forçar o primeiro-ministro Xanana a renunciar. O melhor para ele é renunciar", acrescentou.

"Ele manipulou as coisas e utilizou todos os meios para me forçar a renunciar, o que eu fiz em benefício da população inocente e pobre. Chegou o momento para que ele também renuncie", acrescentou Alkatiri.

Reinado foi um dos responsáveis pela violência que entre abril e maio de 2006 matou 30 pessoas e forçou o deslocamento de outras 150 mil, e permanece foragido desde que escapou da prisão em agosto.

Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal acudiram à chamada do Governo de Alkatiri, e enviaram tropas ao país em maio. A Força Internacional de Segurança e a Polícia da ONU (UNPol) também voltou ao território, e restabeleceu uma certa ordem, possibilitando a realização de eleições gerais em 2007.

As eleições presidenciais foram vencidas por José Ramos Horta, e as legislativas por Fretilin, embora com pequena margem de vantagem sobre o segundo, Gusmão, que montou uma aliança tripartida que lhe assegurava a maioria parlamentar e tirou a chefia do Governo de Fretilin.

Após a entrevista coletiva do líder do Fretilin, Gusmão afirmou que "não queria entrar em uma guerra de palavras com Alkatiri".

"O povo me deu um mandato (de cinco anos), e o cumprirei da melhor forma possível", afirmou. EFE flg gs

East Timor: Incidents of gang violence reduced, says UN police

Dili, 14 Jan. (AKI) - The violence among East Timor’s many gangs has declined, according to a head of the UN police.

Hermanprit Singh, acting police commissioner of the United Nations Police (UNPol) in East Timor, said the reduction was partially due to the elections that were held last year.

“Once the elections were done and the new government was in place, after some initial hiccups, some violence that came with the change of government, the security situation has shown gradual but sure improvement,” Singh said.

His comments appeared in a report on the UNMIT Weekly, an assessment of the situation in East Timor compiled by the United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT), which is the last UN mission in the troubled South-east Asian country.

Singh also said the creation of a gang task force had helped to identify and reduce the incidence of gang violence.

He said posting UN police in the districts, and strengthening the country’s justice system had also contributed.

Singh also attributed some credit to the National Police of East Timor (PNTL).

PNTL is to take over the executive policing responsibilities of three police posts in Dili from UNPol at the end of January.

“The first and foremost examples will be Bidau, Merkadu Lama and Bairro Pite,” Singh said. “I think this will be the first major step.”

The commissioner said that although UNPol will carry out its responsibilities in mentoring the nation’s progress, the problem should also be tackled in other ways.

Singh suggested improving employment opportunities and economic development to create lasting peace.

East Timorese gangs gained notoriety in May 2005 when the country descended into civil turmoil. At least 37 people died and 150,000 others fled their homes in the violence that ensued and which led to the return of international peacekeeping troops and the UN.

Recent history and poverty are at the root of the proliferation of gangs in East Timor. Many gangs emerged in opposition to the 24-year-long occupation by Indonesia, which ended in 1999.

In a survey conducted in 2005, Australian academic James Scambary claimed that half of Dili’s population was involved in gang culture.

Explique-se senhor Primeiro-Ministro

"O povo admira-se com o facto de o Alfredo continuar a utilizar uniformes militares de boas condições. E questiona-se: quem é que lhe forneceu tais uniformes? O Alfredo e o seu grupo utilizam viaturas novas. De onde é que essas viaturas vieram?

O Governo declara ter identificado os autores que deram apoio ao Alfredo, para serem capturados, porque são considerados como subversores do Estado. Agora, o Governo declara ter identificado os autores mas quando é que os mesmos serão capturados? Quem são esses autores? São timorenses ou estrangeiros? Por que é que querem apoiar o Alfredo?

É importante que seja dada uma explicação ao povo, para que este possa compreender e, quando as ameaças forem mesmo concretizadas, ele possa estar pronto a aceitar as suas consequências e a evitar acusações, no futuro, contra o actual Governo, como as de ditador ou Governo autoritário."

José Gabriel .
SEMANÁRIO (8 Janeiro2008)

Gusmao should quit, says E Timor's ex-PM

AAP


January 14, 2008 - 3:37PM

East Timor's former Prime Minister Mari Alkatiri has called on current Prime Minister Xanana Gusmao to resign, amid claims he orchestrated deadly unrest that erupted in 2006.

Alkatiri resigned as prime minister in June that year after a request from then President Gusmao, based on allegations that Alkatiri and several of his ministers gave instructions to arm civilian militia during the crisis.

His government had earlier sacked more than a third of the country's defence force, sparking factional violence that left 37 people dead and drove 100,000 from their homes.

Many of the sacked soldiers joined the rebellious former military police chief Alfredo Reinado, who last week alleged Gusmao was the "mastermind" who had fomented the unrest.

"I think that it is time for Xanana to resign from his post because he has established a precedent in 2006 based on allegations without fact," Alkatiri said on Sunday.

Alkatiri said the people of East Timor were waiting to find out the truth behind the crisis.

Gusmao should resign and submit to justice, he said.

"Nobody in this country is untouchable," Alkatiri said.

He said a task force set up to investigate the 2006 crisis was a sham and would never return and adverse finding against Gusmao.

President Jose Ramos-Horta should also be pushing for Gusmao's resignation, Alkatiri said.

"Ramos-Horta, as foreign minister, was very supportive of Xanana to force me to resign. Now he is president of the republic and he has to do the same."

Local media last week reported that Gusmao was refusing to respond Reinado's claims, saying he did not want to engage in a "war of words".

© 2008 AAP

Mari Alkatiri, denies his request for current Prime Minister Xanana Gusmao to resign could lead to increased violence in the fledgling nation

Radio Australia
14/01/2008, 13:46:48

East Timor's former Prime Minister, Mari Alkatiri, denies his request for current Prime Minister Xanana Gusmao to resign could lead to increased violence in the fledgling nation.

Dr Alkatiri made the call, based on recent allegations by rebel leader Alfredo Reinardo that Xanana Gusmao is responsible for inciting the violence in early 2006 that destroyed homes and left 20 people dead.

Dr Alkatiri resigned as Prime Minister following the 2006 crisis after a request from then President Gusmao in response to allegations that he gave orders to arm civilian militia.

Dr Alkatiri says his statement will not jeopardise the current security situation and it is time for Mr Gusmao to face justice.

"I think that it is time for Xanana to resign from his post because he has established a precedent in 2006 based on allegations without fact and published by ABC television in Australia," Dr Alkatiri said.

"He manipulate (sic) everything to force me to resign from my post - I did it.

"I did it in order to situation to stop the bloodshed."

ENTREVISTA ALFREDO REINADO (1) traducao

Distrito de Ermera, Timor-Leste, Dezembro de 2007



PRIMEIRA PARTE

ALFREDO: As negociações desde antes até agora, pode ser antes uma terceira reunião quatro vezes, três vezes, quatro vezes, várias, que resultado?

Que mensagem e o quê que se segue para quê, se eles e o que é que eles fizeram até hoje? Não fizeram nada, são como mensageiros apenas e não há nem um documento escrito, não há documentos oficiais.

Ele o que é que quer que se faça para ele? Agora “task force” fazem serviço sem nexo, ele quer que se faça o quê?

Isso não é à sua custa, essa pasta foi o povo que adquiriu e nos deu, nós somos a força do povo para defender o povo, o povo compra fardas e dá-nos e sorte que só são fardas, devagar agora Ermera tem muitas flores de café e muitos frutos. No próximo ano, não sei, se calhar compram muitas e muitas armas! Eles também podem porque não há uma única força que venha defender os “loro monu”, as forças que foram criadas só vão defender os “loro sa’e” e deixam os “loro monu” abandonados assim.

Ele se calhar vê os filhos dele que também são forças a andar vadios então que lhes compra alguma farda e procure alguma alavanca ou ferro de sucata para dar-lhes.

Agora foram fardas, significa o quê? Nós somos militares ou não? Respondam, nós vestimos farda, isso é civil ou militar? Se o Sr. Primeiro Ministro é que veste farda, nós duvidamos, que é ele na verdade?

Nós vestimos farda, é o nosso direito, é as FDTL criadas em 2001. Depois da Independência ali em Aileu. Assim, nós militares, temos direito a vestir farda.

Se os nossos pais e mães querem comprar fardas para nós e comprar armas, e outras coisas, é o seu direito para os defendermos porque não têm outro interesse.

Porque nós “loro monu” somos filhos de milícias ou não. Traidor...

Vejam! Prendam todo este povo. Dili não chega para prender a minha gente e o Tribunal, não chega para os julgar e a cadeia também não chega para os prender.

Não os façam descer que ainda os prendem a eles... Eu tenho é medo disso. Se querem prender, não é preciso falar, prendam.

Mentiroso. Porque é que ele tem medo sobre a carta? Ele quer que a carta que eu traduzi para entregar a todo o povo, para dar justificação que esta carta está errada em que ponto, em que linha é que não se diz a verdade?

Porque é que não lê e diz que, o Alfredo diz assim e assim, isto está errado... porque tem medo de dizer o que eu escrevi ali, fala para ali e diz que na carta eu minto, que a carta não é boa. Mais mentirosos são os dirigentes, eu ainda não menti a ninguém. Eles é que mentem para lá e para cá, vendem o nome das pessoas à toa para hoje eles serem importantes e depois esquecem-nos.

Os maus pagadores é que são assim. Quem é verdadeiramente mentiroso?

Xanana começou a mentir em 75 até agora e hoje é importante e continua sempre a mentir.

Quando nós respeitamos as pessoas, não se pode abusar desse respeito. Quando deitar por terra o respeito, eu também pisarei esse respeito.

A preparação para a frente, eles é que fizeram a data, o limite é o fim do ano, nós vamos ver se no fim do ano eles estão prontos para o fazer ou não?

Se não podem fazer, não podem governar esta terra. Eles não têm capacidade para governar esta nação.

Porque eles são os donos da crise, eles são os donos desta crise, eles é que são os autores da crise.

Ele para resolver a crise como pode fazer se o próprio autor da crise quer resolver a crise?

Isto só se entregar para as pessoas que não se envolveram na crise é que pode resolver esta crise.

Ele, na altura das eleições presidenciais e parlamentares, mentiu ao publico disse que se encontrou comigo. Eu antes só me encontrei com o Xanana uma vez para falar sobre como entregar as armas e até hoje nunca mais nos encontramos. Nas eleições presidenciais também nunca nos encontramos mas ele fez propaganda por todos os lados a dizer que nos encontramos. Mentiroso, esta é a realidade.

Agora diz que se quer encontrar comigo. Antes eu pedi para me encontrar com ele, eu pedi através da “task force” para garantir que este diálogo pudesse ser bom e não ter mal entendidos e ele não quis, chamou outra vez um FDTL que é seu amigo para vir falar comigo. Se eu quiser encontrar-me com os amigos das FDTL, eu vou ao quartel e encontro-me com os colegas das FDTL a meio do diálogo.

Eu não faço negócios, eu não sou negociante para fazer negócios escondidos nas casas.

Eu quero falar com ele Sr. Primeiro Ministro para poder fazer isto a bem e eu mesmo é que peço como posso encontrar-me com o Sr. Presidente, o Sr. Primeiro Ministro, uma vez, para poder ser claro e o processo ser feito ainda melhor, para nos sentarmos e não é preciso discutir muita coisa para se poder resolver esta crise depressa.

Eu dou a minha boa fé para poder facilitar que eles resolvam esta crise. Eles é que governam, se eles não resolvem esta crise, eles não têm capacidade, não têm capacidade para governar, não é preciso. Arrumem a roupa e saiam. Há muitos vendedores ambulantes que podem governar esta terra. Só uma pessoa desesperada é que faz esta declaração. Isso, só uma pessoa desesperada. À noite eu sinto que não consegue dormir, não chegam os pensamentos (não tem ideias) por isso fala assim. Se um governante fala como uma criança quer dizer que não tem capacidade para governar esta nação.

O nosso governante Primeiro Ministro fala como um Primeiro Ministro.

Cuidado com a ética para poder falar com o povo e como falar. Agora falar como uma criança, como uma pessoa com ciúmes de outra que fala por todos os lados, o que é isso?

Se tem algum problema comigo, fale, não ponha este problema como um problema da nação.

Um verdadeiro Primeiro Ministro não diz essas coisas. Isso envergonha-nos. Se eu é que falasse assim, eu tinha vergonha porque rebaixava a minha pessoa, a minha dignidade e credibilidade ética para falar com o povo, como se não tivessem governantes.

Ele nunca se quis encontrar, nem a “task force” nunca se encontrou com ele, ele não quer encontrar-se. O Sr. Presidente vira as costas a encontros com a “task force” e a encontros com o MUNJ. O Primeiro Ministro nunca se encontrou com o MUNJ. Não quer! Uma pessoa que representa o povo, para eles nunca se quer encontrar. Eles escolhem as suas pessoas de acordo com a vontade de cada um para os encontros. Isso porquê? Quer dizer que escondemos a realidade. Eu posso dizer para vocês todos, o que irá acontecer, acontecer. Eu Alfredo não tenho medo, basta que eu não seja um traidor da minha terra. Levanto-me para defender a minha pátria, levanto-me para defender a dignidade da maioria, de todo o povo, eu, até onde for nunca me dobrarei.

Vocês sabem que se nós todos um dia formos para a cadeia, um dia Xanana é que ficará preso por muito mais tempo do que todos nós. O Sr. Xanana é que ficará na cadeia por longos anos, mais do que nós porque ele é o autor da crise. Ele envolve-se em tudo, em qualquer actividade ele envolve-se. Faz muitos comentários. Eu sou testemunha. O Salsinha também está aqui pronto para ser testemunha. Assim, não abuse. Ou muito, quer quantas centenas? Se o Sr. Xanana diz que eu tenho medo de falar com ele, se ele quer, porque é que nós dois não fazemos uma audiência pública, aberta, uma discussão aberta, deixar os internacionais, nacionais, deixar todo o povo saber (ver) abertamente na televisão. Face to face como as pessoas dizem. Se ele quer falar o que é a verdade, o que é a realidade, o que é a verdade. Ele quer, pronto, eu em qualquer altura.

Não precisa de andar por aí a mentir, ontem foi meter medo aos jornalistas, disse-lhes para não virem aqui, para não passarem as notícias, é um direito democrático das pessoas! Onde coloca ele a independência dos media? Ameaça as pessoas, mandou a polícia aos jornais a dizer que não podem vir aqui. Eu não sei disso? Ali sorte que eles só não pediram que eu não cheire.

Todos nós atravessámos essa era, a clandestinidade anterior e agora a moderna muito diferente, com a ajuda da tecnologia, por isso, cuidado.

Eu se puder dizer que vai, ou não vai haver paz, é a voz do povo.

Mas o povo um dia também fica farto destas brincadeiras dos governantes e o povo levantar-se-á, isso só eles sabem. Porque o povo tem direito de levantar-se em qualquer hora. Mas quando o povo se levantar, para defender o seu direito, eu é que me levantarei à frente em qualquer altura. Assim, eles é que definiram que no fim do ano, tem que haver uma solução, mostrem ao povo que há uma solução. Se não há, um tem que se levantar para salvaguardar a segurança da nação, a estabilidade da nação. Não podem cair para os políticos criminosos que só se defendem a eles próprios e aos seus grupos. Isso tem que ser visto. E uma pessoa tem que se levantar para salvaguardar esta nação. Não podem andar de um lado para o outro, às vezes dizem esquerda, direita, depois dizem este partido, os partidos pegam-se, dividem-se, depois dizem-se radicais, depois dizem-se moderados, depois cagam e mijam, depois o povo é que está no meio para ser a vítima. Porquê? Depois as instituições são usadas num vai e vem de acordo com o interesse de cada um, já não são usadas para o interesse da nação. Tem que haver uma pessoa que se levante para salvaguardar esta pátria, para não haver inclinações para a esquerda e para a direita. Tem que se levantar como o eixo de uma balança para poder balançar que estas duas coisas andem direitas e tem que se levantar para defender a sério o direito do povo e os governantes que foram os autores da crise, no tempo da crise, eles que governam, eles é que são os autores e têm que ser presentes a tribunal. E um tribunal timorense. Eu antes, os meus pais morreram porque não queriam os colonialistas. Agora já na independência, entregam de novo o rosto da nossa nação para os de fora, voltam para nós como nós voltamos para pessoas colonialistas outra vez. Só eles é que não têm dignidade. Mas eu tenho dignidade para isso. Eu tenho vergonha. Eu respeito a soberania do país os nossos pais, os meus amigos morreram e derramaram o seu sangue para encontrarmos o dia de hoje. Não foi por causa dos colonialistas. Estou pronto para me encontrar. Posso pedir para eles se puder ser, as Nações Unidas têm que continuar a sua missão aqui, têm que salvaguardar esta nação, através do processo que está legalizado na nossa Constituição que é a lei, que resolve, nesse artigo, só uma coisa menciona sobre o referendo, e o referendo mencionado tem que ter lugar em 2008 porque a política agora está muito suja, o povo está a ser a grande vítima, a esquerda e a direita defendem os seus interesses, isso é que fez perder o que requer que um ganhe, um ganha requer que um perca, igualmente, eles são ladrões a livre. E o povo é que sofre no meio. Assim, a ONU tem que voltar para uma transição especial, que entrega o poder para o Presidente, dissolver este Governo e fazer um referendo e o referendo para ser bem feito, o povo é que vai dizer como deve ser bem feito, o direito deles para a democracia passa por onde, eles próprios é que elegem, querem semi presidencial ou presidencial, como se fará um sistema de leis ou um parlamento, como será o processo judicial, como andará a segurança, deixem que sejam eles a escolher através de uma votação para a maioria eleger, não é um governante que “corrupção, colusão e nepotismo” que só vem e depois faz seguir para obrigar o povo a seguir. A ONU tem responsabilidade nisto. Porque foi a ONU que governou durante a transição para construir este Estado. Assim, tem que ver este direito outra vez. Neste artigo que também está escrito na nossa Constituição, em 2008 tem que se realizar, para nós sermos vitimas políticos, é melhor nós construirmos para salvaguardar a esta nossa nação para não ser vitimas político dos governantes. Por isso não defende o direito da maioria do povo timorense. Defende o interesse dos grupos mafiosos políticos que vieram de fora, vieram de vários sítios e estão aqui, vieram das montanhas (floresta), todos juntos ali misturados como uma salada de frutas. Assim, a ONU tem o direito de desarmar todas as instituições, e fazer uma nova triagem a todas as instituições, todas as F-FDTL, nós todos estamos prontos, desarmem todos, e iniciem o processo de triagem. A PNTL também desarmados e iniciar o processo de triagem. Porque a segurança da nossa nação, o nosso povo não sabe porque não quer, o Estado não quer dizer ao povo, a verdadeira realidade, antes o Sr. Ramos Horta foi a Nova Iorque e assinou tudo para entregar a segurança nacional nas mãos da ONU. Ele voltou e nós não sabíamos. Se não, nós não fazemos nada até ao dia de hoje, amanhã ou depois, não sabemos se surge uma guerra civil aqui porque se defende o interesse de alguns parvos. Alguns aqui, se governarem é para fazerem como em Cuba, ou para fazer uma nova ditadura, ou para serem filhos de liurai, para governar de acordo com a sua vontade, não governa de acordo com a vontade do povo. A lei que existe, deixam estar, os governantes que são os autores da crise não querem ser julgados por essa lei acusando um a outro. Acusam-me para tapar os buracos deles!!! Eu posso tapar os seus buracos, posso? Eu não tapo os seus buracos. Uma base legal por escrito para se obedecer, para nos podermos encontrar, é por isso que o povo está triste. O povo está triste e triste e triste porque até agora não há soluções. Quer dizer, antes, no ano 2000, quer dizer, para criar este Estado, foi criado erradamente, por isso hoje temos este impacto. Se criassem certo, a Constituição estava certa, a lei estava certa, e não seria assim. Por isso, eles têm obrigação, responsabilidade de voltar, têm que fazer o que ainda não fizerem de certo nesta terra. Não, eu não sei, não sou eu que estou à frente da Secretaria de Segurança, vocês perguntem ao Secretário da Segurança e perguntem ao Primeiro Ministro, eles têm ligação directa. Vejam só os governantes, os chefes de polícia em Dili, em todos os lugares são só os amigos, familiares, só “loro sa’e”, agora isto, isto é que todos nós combatemos a discriminação, como combater o sukuismo? Se os governantes são todos apenas de uma parte. Isto é para criarmos o sukuismo, para criarmos um povo descontente, agora o que faz o Secretário de Estado da Segurança? O Primeiro Ministro tem ligação directa para fazer o quê? Ele próprio é que é o chefe do Ministro da Defesa também. O que é que falta que ele não quer? Tudo é dele, de uma pessoa só, tem a responsabilidade de quatro Ministérios. Já não há timorenses, intelectuais, maça para se sentarem ali?

Quer dizer que isto é para se defender e tapar as suas faltas!



ENTREVISTA EM INGLÊS

Se o Presidente está a perguntar sobre o uniforme e como estamos a usar, porque é que ele não pergunta a si mesmo? Somos militares ou não? O uniforme é para camuflagem. Pode fazer-se camuflagem com outra cor qualquer se quiser, para a sua segurança própria. Nós somos militares, nós estamos a usar camuflado, é nosso direito, qual é o problema que o PM tem? Se ele veste camuflado, há perguntas…para as pessoas. Nós achamos ele é (……)

Se eles já sabem quem está a ajudar-nos, porque é que não os capturam, porque eles só falam? Fala e fala, na realidade, nada. Só falar. Levantem-se aí e apanhem algumas (pessoas). Vão ver o que é que vem ou o que vai acontecer. Se ele disse que tem qualquer ponto errado na carta ou qualquer erro ortográfico, é porque ele não leu tudo e menciona qualquer erro? Erro blah blah blah. ‘Este é errado. Não vou fazer, é assim e não assim, não tem realidade.’ Mas ele não fez, ele está só a brincar. Ele tem medo, o que é que está dentro daquela carta exactamente, a carta foi escrita por mim ou por quem, escrita em inglês, ou escrita em Japonês, ou escrita em Coreano, não é um problema. Qual é o conteúdo da carta é o que ele tem que perguntar, então se ele tem um problema com isso, que diga, que aspecto está errado, se é errado, ele pode levar-me para o tribunal se ele quiser, estou pronto para responder.



Não há garantia depois de este ano novo. Não há garantia e posso dizer-vos, não há garantia. Este é o governo deles, já tinha promessas que até o fim de ano devem ter todas as soluções e resolvido a crise mas podem ver que a crise está a ficar pior por causa da estupidez deles quando falam em público. Não têm nenhuma ética como lideres. Este é o problema, nós vemos, está a ficar pior porque eles falam como crianças, não como líderes de um país. Eles só pensam através do seu ego, então eles podem dizer coisas estúpidas como isso, quando se serve a nação não se dizem coisas assim.



Então vocês podem ver quem pode garantir isso, que depois de novo ano as coisas ficam bem. Não é nada. Eu posso dizer que as coisas vão ficar piores. E eu digo a todos os investidores estrangeiros, para não perderem o seu tempo em investimentos porque não há nada garantido, por isso, é melhor que vocês guardem o vosso dinheiro noutro sítio e voltar aqui numa próxima vez por que esta é uma situação muito perigosa.



Estou a dizer-vos agora para não ficarem desapontados no futuro. Sabe, ele disse que ele quer encontrar comigo, ele é um mentiroso, eu só me encontrei com ele uma vez quando eu fui para discutir sobre como entregar as minhas armas e eu disse-lhe, antes eles disseram alguma coisa, que Sr. Ramos Horta em frente dele e eu disse-lhes, para eles falarem primeiro. Eu disse assim: “antes de dizer alguma coisa, há algo que você precisa saber, que eu não o adoro a si, nem tenho simpatia por si, mas eu respeito-o, por quem é e o que você representou. Mas se andar numa linha diferente, não o vou seguir. Sou militar. Tenho o direito de servir o meu país e servir a minha gente na linha de serviço. Mas eu não sigo as suas ordens. Pois, eles dizem que eles querem encontrar-se comigo antes.

Pois, isto é merda. Nas eleições presidenciais, nas eleições parlamentares, na sua propaganda em todo o lado e as pessoas na média dizem que eles querem encontrar-se comigo até dois dias. Isto é merda. Eu nunca o vi cara a cara até agora. E ele disse que ele quer encontrar-se comigo. E ele disse que eu estou com medo de me encontrar com ele. Eu acho que ele é que tem medo de se encontrar comigo porque ele tem medo de ver a realidade, porque ele é o autor para toda esta crise, ele é a cabeça atrás de tudo. E vocês sabem se ele for preso, ele vai cumprir uma sentença maior que todos os outros. É assim que Xanana é. Eu não lhes dou tempo a eles, eles já marcaram o tempo para o fim deste ano (2007), então estamos já no fim do ano, é melhor fazer algo. Se não, eles falharam nesta liderança.



Eles falharam neste governo, e eles falharam este governo, arruma as malas e sai, o meu amigo porque vocês têm mais cobertura. Não vão liderar esta nação, falharam na liderança.



Pois, alguém tem que se levantar para salvaguardar esta nação no que interessa, não importa o que possa acontecer, alguém tem que salvaguardar esta nação para a estabilidade e segurança. Acho que a liderança de Xanana já desapareceu para sempre.



MENSAGEM PARA OS JOVENS, TODOS OS DE LORO SAE E LORO MONU!

Vocês têm que ver bem: nós somos vitimas desde tempos antigos, há tempo demais que é assim com os autores que trocam de pele como camaleões, às vezes são pretos, ou brancos conforme os seus interesses. Nós é que somos as vítimas. Vocês é que morrem por aí, vocês antes é que eram os que estavam na frente do confronto com os bapaks (indonésios), agora não, eles agora negam tudo, vocês não existem, só eles, só eles é que são os heróis, só eles é que são os guerreiros, eles é que são os donos da guerra, existe uma pergunta: se calhar foram eles sozinhos, se calhar foi o Sr. Primeiro Ministro sózinho que votou para a independência, o voto dele sozinho valeu para a independência. Assim eu pesso aos jovens, não adorem uma pessoa, não adorem um governante que nos traiu, que nos nega, temos que olhar em frente, guardar com segurança o nosso futuro, a nossa história que já passou, coloca-se no museu o resto deita-se no buraco da sanita. Assim, é melhor por no museu. Assim, temos que avançar, não é preciso olhar para a esquerda, não é preciso olhar para a direita. Como jovens, geração para esta nação, jovens intelectuais, têm que ver, têm que se valorizar, considerar-se como o eixo da escala. Para a política de esquerda e de direita não vos usar, não vos aproveitar para dividor-vos. Hoje em dia vocês vêm as artes marciais a lutarem entre si, jovens, às vezes estes jovens, às vezes aqueles jovens, o que é que vocês ganham? Que jovem é que já governou esta nação? Não há. Vocês todos serão só vítimas. Assim, eu peço-vos, se vocês acreditam em mim, eu não defendo loro sae loro monu, eu defendo todos os timorenses, assim, se acreditam em mim, ouçam, esperem, se houver alguma festa, eu dar-vos-ei os convites. Nós todos teremos que nos levantar para defender e salvaguardar a nossa pátria destes governantes, jogadores de política para jogarem a nossa nação e esta ficar pior. Por causa da nossa riqueza é que venderam a sua dignidade e eles só dizem disparates (falam à toa). Por causa da riqueza da nossa nação. Assim, vocês não podem saltar para o buraco para serem enterrados. Têm que se levantar firmes, bater o pé com firmeza, loro sae, loro monu, têm que se levantar juntos para salvaguardar esta nossa nação, temos que salvaguardar a nossa nação para termos um bom futuro, não podem cair na burocracia deles que é uma coisa velha, como uma canção antiga, já cheira mal, já fede, desviem-se. Assim, vocês com clareza, com um coração dócil, com uma unidade nacional firme, esperem aí para quando os chefes não poderem liderar esta nação, nós podemos. Porque é que não podemos? Quais os governantes ainda são bons, quais os governantes que ainda têm bom coração para levar esta nação para a frente? Cooperem juntos com as várias forças que há nesta terra, para respeitar os direitos humanos, defender a dignidade da nação, vêm para o nosso interesse, vêm para o interesse de todos nós e para o interesse da terra, para os direitos humanos, para a nossa dignidade como timorenses, cooperem com eles, mas aquele que pensar mal desta terra, não precisam de olhar para ele. Se ele é uma má pessoa, que saltem por cima dele. Eu estarei aí. Estarei sempre com vocês até porem o meu corpo morto em cima de uma mesa, ainda a minha alma estará junto com vocês para defender isto. Vocês não precisam de ter medo. Quando nós nos levantarmos pela verdade, os espíritos dos antepassados, eles também estarão connosco. Se a Timor não for uma terra sagrada é que eles podem cantar, mas Timor é uma terra sagrada, eles levam o nome de Timor, pisam a terra de Timor de qualquer maneira, hoje eles ainda cantam, eles hão-de sentar-se no centro do ar condicionado. Eles não podem negar isto. Se eles cometeram erros, têm que os confessar, querem esconder os erros para nos manobrar de qualquer maneira, por isso nos levantaremos. Havemos de nos levantar, e se não os respeitarmos, não é porque não os respeitamos, eles próprios é que esfregaram merda nas suas caras, esfregaram merda na história deles.

É só isto e obrigado. Peço aos jovens para ficarem sossegados nos seus lugares, para protegerem a vossa unidade, sobretudo os estudantes da universidade, têm que ver que o interesse nacional é o mais importante. Obrigado.



SEGUNDA PARTE

Sobre porque é que nós não fomos, porque é que nós não fomos? Porque os governantes, fizeram isso de qualquer maneira, não de uma forma profissional e porque já por quatro vezes nos encontramos com a “task force”, o que nós falamos é diferente do que eles decidem. Quer dizer, eles vão e voltam, e vão e começaram os encontros no Suai e até agora não há um papel oficial que a “task force” tenha feito para justificar todas estas reuniões, e eles só há um mês e meio, é que hoje há um pequeno minuto ó para gravar e cobrir o que se fala. Em que pontos é que há acordo ou que não há, o que não há até hoje. Assim, sobre esta reunião também, é uma reunião de continuação da que antes eu pedi para me encontrar com eles, para como para procurar um caminho para acabar com esta crise depressa, assim, encontrei-me com eles para poder haver confiança, para podermos passar ao diálogo.

Recentemente eles vêm dizer... eh eu pedi uma simples reunião, agora eles fazem isto, dizem que é um diálogo. Um diálogo não tem estes mecanismos. E depois até três dias antes de ou dois dias antes do dia 14 eles vieram dizer que com isto não é igual, não é um diálogo mas um encontro. Depois quando já era noite, trouxeram uma carta para aprovar que de manhã a reunião pode prosseguir. Isto o papel veio de outra forma e deste acordo. Eu tenho todas as cópias, as cartas que vêm deles e as cartas para mim e recentemente eu pedi-lhes que para se encontrarem comigo para falar para procurar um caminho para se poder iniciar o diálogo e como facilitar para acabar com a crise ou procurar uma solução para a crise de acordo com o que o Estado já iniciou. No fim do ano tem que haver uma solução para como resolver a crise e só faltam duas semanas. Por isto é que eu digo, temos que nos encontrar depressa. Mas com um critério que para este encontro, tem que haver uma parte forte para garantir a segurança das duas partes e talvez da parte dos governantes eles não compreendem ou eles fingem que fazem, isso é como se não houvesse, nós procuramos persetujuan mas como eu tenho que obedecer sempre, obedecer sempre, mesmo que a minha segurança esteja em perigo mesmo assim eu tenho que obedecer. Quem é que é parvo para cair nessa? Depois há uma parte em que os Secretários vêm falar de outra forma, nessa parte os governantes falam outra coisa, principalmente o Sr. Primeiro Ministro. Eu não tenho nada para falar sobre o Sr. Presidente, porque o Sr. Presidente é que facilita, é o esforço dele, e ele já mostrou, no encontro que nós tivemos, nós fizemos, em muitos pontos que ele fez e ele fez mesmo, devagar, devagar ele fará mesmo, mas, a responsabilidade máxima está com o governo, porque esta crise aconteceu também por causa do falhanço do governo. Assim os acordos são diferentes, o resultado é diferente, eles vêm falar coisas diferentes em cima da mesa, vão para os jornais dizer coisas diferentes. E sempre assim. E depois no jornal hoje nós vimos ele disse que por duas vezes a reunião foi cancelada. É mentira, é mentira e propaganda assim é que a reunião em Aileu entre o Sr. Primeiro Ministro e o Major Tara, não teve nada a ver connosco, nós não sabemos, não temos conhecimento, e eu nessa altura, quando eles disseram que havia uma reunião o Sr. Fonseca contou sobre isso, eu disse não, o Major Tara quer encontrar-se consigo, com o Sr. Primeiro Ministro é um negocio do Major Tara e de quem lá for, isso é um problema deles. O Major Tara não pertence ao nosso grupo, não pertence à petição e o Major Tara não é peticionário porque ele próprio já negou isso, ele é um político e o Major Tara ainda é militar ou não, eu não sei, porque os seus princípios são como uma salada de frutas, nós não sabemos qual. Então vocês querem ir encontrar-se, vão lá, falem somente com o Major. O Major Tara não nos representa e nós não o representamos. O Major Tara não representa a petição e a petição não representa o Major Tara, então se vocês vão falar, vocês falem livremente vá, mas eles puseram no papel outra coisa diferente, eles olham para a propaganda política, e ele disse isso já duas vezes, isto não tem ligação, não tem ligação com a reunião a fazer e a de Aileu. A de Aileu, é um falhanço deles, esta de agora, é um falhanço do acordo, termos de segurança do acordo. Não foi dito ali que já não havia reunião. A reunião terá lugar mas as duas partes têm que por os seus pontos em cima da mesa, estamos todos de acordo ou não estamos de acordo tem que ser definido. Isto não é nada. Primeiro eu pedi-lhes para eu descer a Dili. Isto é um grande problema porque pode dar vantagem ou desvantagem para a situação em Dili, para as pessoas inocentes. Não é dizer que eu não posso ir a Dili. Eu sou de Dili, eu quero ir, em qualquer altura eu vou. Eu não sou um estrangeiro. E eu cresci em Dili, eu não cresci nas montanhas (florestas). Onde eu sei. Assim, estes são os três pontos. Primeiro, nós vamos e qual é o nosso estatuto? Certo ou não? Às vezes uns dizem este é um militar, alguns dizem, não é militar, acusando, acusando, nós somos militares, o Sr. Presidente sabe que nós somos militares, mas da outra parte, nada. Façam alguma carta oficial, oficializem, para que os que ainda têm um ponto de dúvida, têm perguntas sobre isso, para saberem. Para nós, nós sabemos que nós sempre somos militares. Mas muitas pessoas que ouvem várias propagandas, pensam de outra forma.

Segundo sobre a ordem de captura, a ordem de captura continua. De uma parte dizem que não pode ser, de outra parte dizem que pode ser. Uma parte anda, uma parte não anda. Isto não tem uma definição clara. Então nós temos que parar a ordem de captura. Este é o segundo ponto.



Terceiro, quando nos formos sentar para falar para facilitar o início do diálogo para procurarmos uma solução. Então como é os meus dois amigos que estão inocentes e estão presos na cadeia para dizerem que os prenderam por causa do caso de Same. Agora o caso de Same, se querem prender alguém de verdade, prendam o seu autor, o seu autor é o governo e o Estado, estes é que deram ordem para as forças estrangeiras implementarem. Eles é que cometem crimes, eles é que implementam este crime para fazerem com que cinco das nossas pessoas morressem e o resto ficasse ferido e fazer com que os restantes ficassem tristes. Foram eles, através dos estrangeiros que implementam. As Forças Australianas é que foram implementar isto. A rigor, eles é que deviam estar na cadeira do tribunal ali, ou presos na cadeia ali.

As minhas pessoas são vítimas, inocentes. Porque é que têm que ser presos? Se há ligação sobre este caso, eu sou o responsável, e eu fiz já uma carta escrita para eles com um volume de quase dez centímetros e meio. Agora, eu guardo tudo junto, arquivo tudo e eles não têm isto por causa disso, eles levam, eles deitam fora, deitam fora, mas eu arquivo. Começou desde o primeiro dia até agora, sempre a arquivar. As cartas que eles mandam para mim, as cartas que eu mando, eu arquivo todas de imediato. Mas as cartas que mandam para mim, sempre dizem tem que fazer assim. Não há nada, tem que fazer. Esta nação está em crise, nós procuramos um caminho no meio, para como poderemos procurar um caminho para resolver, não é dizer para condenar pessoas inocentes para os criminosos virarem inocentes. Então por isto, eu digo não, para nos sentarmos e falarmos, as minhas duas pessoas têm que ser libertadas. Porque quando os levaram para um determinado julgamento, foram afinal julgados pelo caso 23. Agora prendem os dois porque ou... pelo que aconteceu em Same. Agora eles os dois foram, o juiz julgou-os pelo caso 23. 23, eles estão inocentes, eles estavam com as mulheres e os filhos em Gleno. Eu, o responsável é que estava lá.. Agora eles foram julgados acerca de quê? Então é melhor deixarem-nos libertarem-nos para nós nos sentarmos e falarmos a rir, em cima da mesa, os fracos sofrem na ali na cadeia e ele não sabe. Então libertem-nos com qualquer condição. Eu é que me responsabilizo. Eu posso escrever uma carta com quaisquer condições, podem dar garantia a eles. E eles dizem que isso, depois é que vemos, depois é que vemos, no fim, no dia 15 também não houve resultados. No dia 15 à noite vieram outra vez com uma carta, esta carta não tinha termos oficiais, isso não tinha. É como fazer apenas um visto para passar por um chefe de departamento para outro chefe de departamento.

Quer dizer, nós vemos que os nossos governantes são fracos. A ética dos documentos oficiais, que provêm do Governo, acima de tudo o nome que lá vinha do Primeiro Ministro, não é assim. Quando não se sabe fazer é que se copia uma marina. Eu sinto que os colegas que anteriormente trabalharam com os bapas (indonésios) têm muita experiência sobre a ética deles de escrever sobre como legalizar um papel e como ter valor oficial em cada documento. Depois, trouxeram às doze horas da noite, onde é que eu tenho tempo para me preparar para de manhã ter que estar lá? Isso quem é que pode? E eu peço, peço, peço três dias, antes quatro e o mês já passou, e o processo não pode andar, isto quer dizer incapacidade. Porquê? Os vários pontos que eu pús nem responderam, nem responderam. Vem sempre sempre diferente. Depois eles não fazem uma carta, mandam os nossos amigos do MUNJ eles também fizeram uma carta através do meu advogado, fizeram uma carta para conter termos legais para haver garantia de segurança. Foi para eles assinarem. Foi mas também não assinaram! Ali se houver um termo legal assinado pelo Presidente e pelo Primeiro Ministro, o Presidente também não vai, tem que ser o Primeiro Ministro. Se isto o Primeiro Ministro é que desenvolve, mas, isto é iniciativa do Presidente. E eu vou, como ele é o meu comandante supremo, eu não vou por causa do Sr. Xanana, ele é o chefe do Governo, eu não sou funcionário do Governo, eu sou militar, e eu estou debaixo da alçada do Presidente, debaixo da alçada do Estado, ele é o meu comandante supremo. Se houver clarificação por escrito vinda dele para mim, mas vem outra vez do Primeiro Ministro, assim não há legalidade. Assim, não houve nada que eu pedisse através do meu advogado, através de termos legais, que eles concordassem, eles inventam de um lado para o outro e depois dizem que é que sou o mentiroso! Quem é que é o mentiroso aqui?

ACERCA DO ULTIMATO


Sou uma pessoa que nunca tive medo de ninguém. Por isso, eles podem fazer os ultimatos que quiserem contra mim. Mas devemos ser avisados e ter cuidado porque este tipo de ameaça pode virar-se contra nós.

Estou a fazer o meu melhor para equilibrar cada uma das minhas palavras é por isso que tudo está ainda tão calmo. Sejam cuidadosos com a terceira parte, que pode usar este ultimato para o seu próprio interesse. Este ultimato não é uma novidade para nós, tudo o que eles podiam fazer para tirar as nossas vidas, eles já fizeram.

Matar-nos, já o fizeram, operações militares contra nós, também já fizeram. Mas estamos, ainda estamos vivos. Não temos medo de nenhuma intimidação. Todos os homens sob o meu comando nunca tem medo de nada ou de qualquer intimidação feita contra nós. Apenas não queremos que as coisas se tornem más porque amamos as nossas pessoas e nação, é por isso que ainda temos estabilidade até este momento.

Digo-lhe que é melhor para o Xanana não falar demais ou fazer qualquer ameaça contra nós, porque para mim é disparate. Este tipo de intimidação disparatada já a experimentámos desde o tempo dos indonésios, por isso é como os garotos a dizerem “não me apanhas”.

Não temos medo, se quiserem implementar isso estamos prontos dentro de 24 horas. Mas eles devem ter em mente que qualquer discurso ou decisão errada feita contra nós pode levar à queda deste governo. Tenham muito cuidado com tudo. Nós não somos políticos, mas é do interesse político e dos políticos que se matem e se derrubem uns aos outros, não nosso. Nós queremos proteger esta nação, a sua segurança e estabilidade. Está a ver, até agora a nossa região é muito segura, nada de mau aconteceu aqui, podemos mover-nos à vontade, não é como noutros lugares onde não há nenhuma estabilidade.

Por isso, que Xanana não faça muita propagandas e disparates a chamar-nos mentirosos, a virar tudo e todos, a dizer que me conhece muito bem desde a minha infância. A primeira vez que encontrei Xanana, face a face, foi em 2001 no acantonamento de Aileu. Na minha vida não sou um cão ou um animal de estimação que se levanta de modo a poder estar sempre ao seu lado ou a obedecer às suas ordens.

Eu não sou isso, Alfredo não é assim. Não há nenhuma história acerca de Alfredo que o Xanana possa contar, nenhuma.

Por isso não ande por aí às voltas a contar mentiras de que esteve muitas vezes comigo ou que me conhece muito bem, isso é um disparate. Em frente de pessoas da ONU, eu digo sempre que não o adoro ou que nem tenho qualquer simpatia por ele, eu respeito-o por causa dos valores e das lutas que ele fez pelo meu país. Mas Xanana nunca se deve esquecer que não foi apenas ele que votou pela independência deste país, ou que não foi apenas com espingardas ou armas de fogo que este país ganhou a sua liberdade. Ele não se deve esquecer disso. Por isso eu não conto histórias velhas dos seus 20 anos de luta aqui.

Estive também no mato como ele, mas não tive tanta sorte quanto ele. Eu também sofri pelas consequências da guerra criadas por eles naquela altura. É melhor para ele não falar disso, de outro modo posso falar de muitas coisas acerca disso. Se eles (os líderes) tivessem feito as coisas com correcção e de modo adequado na governação passada, não estaríamos como estamos hoje. Ele assumiu e representou a presidência e se ele tivesse actuado com correcção a crise não teria ocorrido, posso dizer, com todo o respeito devido a Xanana, dei o meu testemunho, como testemunha, que Xanana é o autor principal desta crise, agora ele pode mentir ou negar isto. Ele vai tentar tudo ou fazer qualquer manobra para se salvar a ele próprio, mas na verdade ele não pode safar-se. Se ele é um verdadeiro herói bom, como ele dizia, e se foi um grande lutador da liberdade durante 20 anos no mato, porque é que ele não pode contar acerca da realidade e da verdade em vez de a andar a esconder. Muitas coisas aconteceram por detrás dos bastidores e ele sabe isso, é da sua responsabilidade e das suas ligações.

Ele chama-nos gente má, mas foi ele quem nos criou, quem nos transformou nisto, ele é o autor da petição. Ele esteve por detrás disto tudo. Se ele fosse um bom presidente nessa altura, quando irrompeu a crise militar, como comandante supremo onde esteve a sua responsabilidade??? Em parte nenhuma. Agora como Primeiro-Ministro, ele muda o discurso e "lava as mãos".

Ele vira-se contra nós, os que foram criados por ele e a quem deu ordens. Foi com o seu apoio que existiu a petição em primeiro lugar, foram os seus discursos irresponsáveis aos media que fizeram com que as pessoas lutassem e se matassem uns aos outros até este momento e ele sabe muitas coisas, havemos de falar sobre isto.

Ele nunca me devia chamar mentiroso. Eu sou um senhor, eu estou pronto para em qualquer altura ter um debate aberto com ele em público, aberto, um encontro aberto chamando os Nacionais e Internacionais para falar sobre esta crise, se ha alguma diferença entre ele e eu e tem que se criar um painel independente para julgar tudo e podem investigar os lideres porque a ultima investigação pela ONU tem sido toda escondida e os estrangeiros não tem sido autorizados a avançar.

Porquê? Porque o nome deles todos está no meio. Por isso até hoje não existe uma solução. E esta crise militar, ele está envolvido no meio do surgimento desta crise militar. Eles que hoje estão activos, eles os lideres, Taur, Lere e o Sr. Xanana, no mato, eles próprios deram ordens para se matarem uns aos outros quantas vezes? Até hoje o povo está na mesma. Antes inimigos, depois amigos, depois inimigos, e depois amigos, conforme os interesses. Não têm princípios. Agora, quando nós saímos, ele disse que tinha medo, o próprio Lere é que lhe perguntou na cara, em que dia?... no dia 8, disse “vocês querem guerra, vamos à guerra”. O que é que ele fez? Nessa altura ele era o Comandante Supremo. Não fez nada. Os testemunhas ainda estão vivos. O seu responsável disse que no dia 28 antes do meio dia, antes que alguma coisa acontecesse, antes que a petição fizesse algum barulho ali e ele próprio lá estivesse, alguns dias antes disse o que uma criança diz: PARA, eles disseram NÃO, o fogo que já nasceu não podes apagar com água, manda mais gasolina. Isto o que é? Ele quer isto? Há muitas coisas que nós podemos contar.

Assim Sr. Xanana se se sente como um bom herói, tem que ser honesto, tem que confessar à nação e confessar a todo o povo. Comparando comigo, eu Alfredo vou mentir para quê? Eu ainda não fui fazer uma propaganda para procurar eleições em nome de um partido, mentindo por todos os lados e levando o nome do Xanana para mentir por todos os lados como levam o nosso nome para mentir por todos os lados, prometer mundos e fundos para hoje esta governo existir e o Sr. Xanana também lá estar sentado, eu sinto que a AMP elegeu mal a liderança. Porque este não é genuino é como nós estarmos à esmola de cada número é que hoje em dia o puseram lá. Não são genuínos. Assim não se esqueça de si mesmo. Duas vezes nós sentimos nós próprios que estamos numa outra dinastia, nós sentimos o nosso corpo como uma só pessoa que está em Timor que pode fazer-nos esquecer de nós próprios.

Quando nos esquecemos de nós próprios como líderes, isso pode levar-nos a cair num buraco e nem sentimos. Assim, ameaçar-me, não é preciso ameaças, durante 24 horas eu estou sempre pronto. Mas eu só dou um conselho ao Sr. Xanana, eu Alfredo, algum medo, não, nunca tive.

Assim, não é preciso cansar-se a ameaçar porque se eu é que quisesse dar um ultimato, eu sinto que Dili ficaria vazia, dê o seu ultimato, depois é que eu também darei o meu.



MENSAGEM PARA A POPULAÇÃO DE DILI

Eu peço a todo o povo para ver. Esta crise a rigor é uma manipulação política. Para resolver esta crise, a única maneira é assegurar duas coisas. Primeiro garantia de estabilidade e segurança e depois é que podemos sentar-nos e através do diálogo entrar no processo judiciário depois do resultado do diálogo. Assim. E os governantes que estavam no governo nessa altura todos têm que estar prontos para ser investigados. Eu assusto-me é com os que são muito claros que fazem crimes e que até hoje andam por aí em liberdade, a governar e a ser elevados nos postos. O que é isso? Estamos a brincar! Naquela altura o Sr. Xanana é que era Presidente, ele é que era o Chefe de Estado, o Chefe da Nação, onde é que está a responsabilidade dele como governante para com esta crise? Porque se uma crise acontece durante o tua governação, quer dizer que tu não tens responsabilidade, tu não tens capacidade de liderança e fazes com que morram muitos timorenses. Onde está a tua responsabilidade e empurras outra vez para os pequenos. Se um soldado das F-FDTL cometer um crime, onde está a responsabilidade da liderança? Como comando onde está a responsabilidade? Não é empurrar outra vez o peso para os soldados. Como agora, como o Sr. Xanana e os outros membros do Governo anterior e o Sr. Mari e os outros todos empurram o peso para cima dos pequenos e lavam as mãos e querem que o povo vote neles para sempre. Isso só um povo parvo é que votaria neles. Assim, eu sinto que não havia outra opção com pensamento democrático para o povo votar, do que os que hoje estão no governo, principalmente o Sr. Xanana e mais um ou dois, o resto dos governantes são inocentes mas não têm direito, não têm controlo, tudo é controlado de cima, centralizado em cima, isso quer dizer que a nossa nação, se nós não tivermos cuidado, estes governantes mudarão para uma nação ditadura para eles por causa da riqueza que existe. Muita coisa acontece ali, corrupção e mais corrupção. Eu aqui no mato tenho várias listas. Eu sei das contas privadas de alguns e quanto é que existe em cada conta, eu sei. Assim, não é preciso acreditarem nos governantes por eles, se eles forem bons, antes também eram. Acreditem em mim. Não precisam de acreditar em mim porque dizem que eu defendo interesses políticos. Eu não sou político, sou militar, eu tenho obrigações para com a garantia de estabilidade e democracia no meu país, para defender o povo, defender a nação e salvaguardar a nação porque este é o meu trabalho como militar. Mas eu não defendo interesses políticos. Assim, mas, os governantes falam como eles falavam na propaganda. Em 75 eram sempre eles, a propaganda como é, no mato a propaganda como era, na independência a propaganda como é, nas duas eleições, como é a propaganda. Sempre a mesma, assim, acreditemos de acordo com o nosso coração, dêem as mãos e vejam com os olhos, provem com a língua, acreditem nisto. E eu ainda não tenho má intenção de para fazer mal a esta nação e o Governo é que deu já um limite para no fim do ano (2007), nós só ficamos a ver, agora há ameaças para me amedrontar, ultimato, eu Alfredo não me assusto, assim, eu nunca pensei para fazer mal a uma só pessoa, eu defendo-me (auto defesa), para salvar a minha pátria, o meu direito, como qualquer outro cidadão.



ACERCA DO DIÁLOGO COM O GOVERNO

Ainda não há diálogo. Isso é uma reunião para nos encontrarmos para facilitar que o diálogo decorra bem. E dali, eu só pedi uma coisa para a nossa honestidade para a crise, a nossa responsabilidade para a crise, qual a nossa honestidade para o povo, onde estivemos envolvidos e não mais mentiras. Eu já disse claramente quantas vezes, fiz documentos por escrito, já muitos, que eu, para este ponto, e este ponto, eu estou ali, eu é que me responsabilizo. E os meus soldados, nem um só, não há um só que fosse preso por isso, é minha responsabilidade como superior, certo ou errado, eu é que responderei, eles têm direito de dar testemunho, não é ter direito de serem julgados. Assim, para isso mesmo é que eu não quero as minhas duas pessoas ali, eu não quero ser vítima.

Pergunta: O Governo deu mais uma oportunidade para que desça.

Eu sinto que o Sr. Xanana deve ter um pouco de vergonha, ele nunca me pediu para nos sentarmos e conversarmos, eu é que pedi ao MUNJ e eu é que pedi para haver uma “task force” para fazer. Para pedir para ir encontrar-me com ele Primeiro Ministro e com o Presidente. O meu querer é para me darem alguma coisa em que eu possa acreditar, alguma coisa que eu possa agarrar para acreditar, para nós nos podermos sentar juntos porque eu, se eles próprios é que me condenaram à morte, deram cartas de autorização para as pessoas me poderem matar e fazerem operações contra nós e os nossos amigos morrerem, eu ainda não fiz nada contra eles, assim como posso acreditar? Eu quero que eles me façam acreditar e depois, mas, eles dizem que não querem porque têm medo das FDTL, então querem envolver as FDTL no meio, isso é que eu digo, então se é assim, muito melhor.

Isto é o que eu apresento, não foram eles que pensaram, eles que pediram, é mentira. Isto é que se diz, os novos mentirosos são estes. Eles inventam tudo só para ganhar o povo. Mas eles têm medo porque têm medo do fim do ano (2007), o compromisso deles não se realizou, o Governo falhou. Isto é o que eu posso dizer este Governo que está nas mãos do Xanana já tem 99% de falhanço. Assim, a AMP elegeu a liderança errada para levar a AMP para a frente...



Transcrição da entrevista de 57 minutos e 56 segundos.

Gusmao should quit, says E Timor's ex-PM

SBS.com.au , 14.1.08

Monday, 14 January, 2008


East Timor's former Prime Minister Mari Alkatiri has called on current Prime Minister Xanana Gusmao to resign, amid claims he orchestrated deadly unrest that erupted in 2006.


Alkatiri resigned as prime minister in June that year after a request from then President Gusmao, based on allegations that Alkatiri and several of his ministers gave instructions to arm civilian militia during the crisis.

His government had earlier sacked more than a third of the country's defence force, sparking factional violence that left 37 people dead and drove 100,000 from their homes. Many of the sacked soldiers joined the rebellious former military police chief Alfredo Reinado, who last
week alleged Gusmao was the "mastermind" who had fomented the unrest.

"I think that it is time for Xanana to resign from his post because he has established a precedent in 2006
based on allegations without fact," Alkatiri said on Sunday.

Alkatiri said the people of East Timor were waiting to find out the truth behind the crisis. Gusmao should resign and submit to justice, he said.

"Nobody in this country is untouchable," Alkatiri said.

He said a task force set up to investigate the 2006 crisis was a sham and would never return and adverse
finding against Gusmao.

President Jose Ramos-Horta should also be pushing for Gusmao's resignation, Alkatiri said.

"Ramos-Horta, as foreign minister, was very supportive of Xanana to force me to resign. Now he is
president of the republic and he has to do the same."

Local media last week reported that Gusmao was refusing to respond Reinado's claims, saying he did not
want to engage in a "war of words".

ALKATIRI: “XANANA HAS TO RESPOND BEFORE THE COURTS”

Jornal Diario Nacional, 14 January 2008

ALFREDO ACCUSES XANANA OF BEING AUHTOR OF THE CRISIS


“I never had any doubts that Xanana was behind, or in front of the crisis, and it was because of this that I have been saying right from the beginning that this has been a big conspiracy. Now, because they are upset with one another Alfredo has revealed that this was in fact the case,” said FRETILIN Secretary General Mari Alkatiri on Saturday (12 January) at Comoro Airport Dili.

He said that we never think that in our country, only some people are answerable to the courts whilst others are not.

“I have had to face justice because Railos made weak allegations. Now Xanana has to respond before justice, because there is an allegation and he should have the courage to respond before the courts and not be saying that it is not relevant, if it was relevant in my case. Is it because it involves Xanana that it has no relevance?” said Alkatiri.

Alkatiri also explained that if Xanana wants to show a good example he should resign in order to respond before justice. He also appealed to Xanana to have the courage to respond before justice as he did without enjoying the privilege of immunity, because it is only through the justice process that we can find out whether it is true or not.

He explained that previously, when the President of the Republic was still the Minister for Foreign Affairs, he joined Xanana in calling on him to resign. Now that he is the President of the Republic instead of adopting the same position as he did before with Xanana, he is defending him instead. This clearly shows that many people had joined in the 2006 conspiracy.

In relation to Alfredo, he explained that FRETILIN does not support Alfredo but FRETILIN wants justice for everyone. Alfredo too has to respond before justice, Xanana too has to respond before justice, and in the future if someone else’s name arises then that person too has to respond before justice.

“Now we can see that even after FRETILIN revealed the safe passage letter signed and given by Xanana and Paulo Martins to Railos, nothing happened to either Xanana or Paulo Martins,” he declared.

Alkatiri also said, that despite the revelations of the recording of the telephone conversation involving Xanana’s chief of staff, nothing happened to Xanana. Why is that in Timor-Leste those who want to govern with impunity are immune from justice?

Xanana: “I don’t want to have a war of words.”

Jornal Diario Nacional, Dili, 11 January 2008

On Being The Author of the 2006 Crisis


Prime Minister (PM) Kay Rala Xanana Gusmao said that he did not want a war of words regarding the Alfredo Reinado CD currently being disseminated throughout the community, which accuses him of being the author of the 2006 crisis and has lead to FRETILIN demands, because these things have legal implications.

Xanana made these statements to journalists at the Presidential Palace in Caicoli, Dili on Thursday (10/1) after the weekly meeting with the President of the Republic, when he was questioned by journalists about the CD.

“I have read the statement and communiqué by FRETILIN regarding this CD, but I do not want to respond to this issue because there are legal implications and I do not want to engage in a war of words. Let whoever wants to scream about it scream,” said Xanana Gusmao.

The former head of state highlighted that he did not want to give any notice to the CD and the statements by FRETILIN, not because he was scared that he had engaged in any wrong doing but sees the issue as irrelevant.

“I am not giving any attention not because I am scared I have done anything wrong, but I am not paying any attention because I see it as very irrelevant. If someone falls over there but is not hurt, what would I be doing going over to embrace him?” pointed out Xanana.

The former resistance leader further declared that had already seen the CD that is currently being disseminated, as have other people, but he does not want to judge himself, but the people will decide.

“I can say to you (journalists) that I have received the CD, I have seen it, and perhaps all of you have also seen it already. I do not want to judge myself. You see for yourselves. Let it be; I will not speak about the CD because I have no knowledge of it, I have only heard about it because people have spoken to me saying let it be. Sometimes I pass by some place and people might scream out insults at me, but they do not have the CD,” said the Head of Government.

Responding to questions from journalists as to whether the government will continue with its commitment to hold dialog with Alfredo Reinado and the petitioners, Xanana Gusmao said that they would still be making contacts to resolve the issue through dialog to show the government’s commitment to solve the problem through dialog.

“We will continue with contacts to resolve the problem with dialog, as will the President of the Republic will continue also. I already said to you that I went to Aileu having heard before going there that people would not be going, but I went anyway to show the government’s commitment. On 21 December, I came to the Presidential Palace. Before coming here I also already knew that he would not be coming but I came just the same,” said Xanana Gusmao.

NOT AFFECTED

On the same occasion when asked about the declaration by the Movement for National Unity and Justice (MUNJ) of their withdrawal from the government Task Force established to solve the case of the petitioners and Alfredo Reinado because they considered the statements made by the Secretary of State for Security that Alfredo and the petitioners are n o longer military but civilians and that such statements are contrary to the Task Force’s terms of reference, Xanana Gusmao replied that MUNJ’s withdrawal will not affect the dialog that the government is committed to undertaking in seeking to resolve the case of Alfredo and the petitioners.

“MUNJ’s withdrawal from the Task Force will not affect the dialog process established by the government through the task force,” said Xanana.

Dois pesos e duas medidas...

h correia deixou um novo comentário na sua mensagem "UNMIT – MEDIA MONITORING - Thursday, 10 January 20...":

"Eduardo Barreto, said that people should not accuse Xanana Gusmao of being the author of the crisis when there is no evidence; just claims made by Alfredo."

Que eu saiba, a única pessoa que tem acusado Xanana de ser o autor da crise é Reinado.

É natural que acusações graves como esta tenham que ser investigadas pelo Ministério Público, como aconteceu em relação a Alkatiri, mas isso não está acontecendo em relação a Xanana.

Não me lembro de ouvir Eduardo Barreto defender Alkatiri, quando este foi obrigado a demitir-se por Xanana, com base em "just claims made by Rai Los". Ainda menos quando o processo contra Alkatiri foi arquivado, demonstrando assim que este foi injusta e ilegalmente afastado do Governo, sem que tivessem sido provadas as acusações contra ele.

Pelo contrário, Xanana desdobrou-se em discursos inflamados em que revolvia o passado e incitava o povo a manifestar-se e a revoltar-se contra Alkatiri.

Também a sua mulher e os seus amigos australianos Howard e Downer encheram páginas e páginas de jornais, bem como horas de televisão, fazendo pressão para que Alkatiri se demitisse. Também estes estão agora calados.

Das duas uma: ou se pode demitir sempre um PM só com base em acusções de uma qualquer pessoa, e neste caso Xanana deve demitir-se imediatamente - depois de receber uma cassete de Ramos Horta com a gravação da entrevista de Reinado, ou se espera pelo resultado de uma investigação para saber se as acusações são verdadeiras ou falsas.

Mas se esta segunda hipótese for válida para Xanana, também tem que ser válida para Alkatiri. Assim, este deveria ter sido reconduzido ao cargo de PM e o então Presidente Xanana é que se deveria ter demitido.

Infelizmente, a realidade é que os apoiantes de Xanana defendem dois pesos e duas medidas, conforme o nome do acusado.

UNMIT – MEDIA MONITORING - Friday, 11 January 2008

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any conseque6nce resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports

TVTL news coverage

F-FDTL to withdraw from the government offices: The government is going to withdraw the F-FDTL who are currently providing security to the government offices, and replace them with the PNTL.

State Secretary for Security Francisco Guterres said that the government will conduct an assessment before replacing the F-FDTL in February.

140 GNR awarded UN medals: One hundred and forty members of the United Nations Police (UNPol) from the Portuguese Guarda Nacional Republicana (GNR) have been awarded UN medals.

The medals awarded symbolize the valuable contribution of the GNR to the UN in helping to guarantee security in the country.

As part of the ceremony, President (PR) José Ramos-Horta said that the PNTL should look at the GNR as a model of how to provide security.

At the event, the Minister of the Interior for Portugal, Rui Pereira, said that Portugal will continue to cooperate with Timor-Leste on the board of the UN Mission.

Minister of Interior Rui Pereira of Portugal visits Timor-Leste: The Portuguese Minister of the Interior Rui Pereira of Portugal is visiting Timor-Leste to familiarize himself with the administration of the country and the Guarda Nacional Republicana’s work on the island.


RTL news coverage

Interactive Debate about the 1st trimester operational plan of ISF, UNPol and PNTL: The General Commander of the PNTL, Afonso de Jesus, said that the PNTL should provide information about arrest warrants from the courts in order to avoid rumors that PNTL are misconducting their arrest operations.

Deputy UNPol Commissioner Hermanprit Singh said that at the end of January, UNPol will hand over three police stations to the PNTL: Bidau, Mercado Lama and Bairo Pite.

During the debate many listeners congratulated the PNTL for the work of the Task Force which has been providing security since Christmas Eve.

The court is obliged to act upon the decision of the President: After it has been published in the Journal of the Republic, the court is obliged to act upon the decision of President when he pardons any condemned prisoners.

The president of the Court of Appeal, Claudio Ximenes, said that the pardon of the President should be classified as either a total pardon or a pardon for a certain number of years.




***

PM Xanana: MUNJ resignation doesn’t affect the dialogue process

Prime Minister (PM) Xanana Gusmão declared that the withdrawal of the Youth Movement of National Unity (MUNJ) has no affect on the dialogue process between the government, Alfredo Reinado and the petitioners.

PM Xanana said that it is the right of MUNJ to withdraw from the Task Force, and it will not affect the process that the Government is working on to solve the problems of the nation.

“We are a democracy…it will not affect the process of dialogue,” said PM Xanana on Thursday (10/1) after meeting President (PR) José Ramos-Horta in the Palacio das Cinzas in Caicoli, Dili. (TP, DN and STL)

PR Ramos-Horta: no new Task Force will be formed

PR Ramos-Horta said that he will not form a new Task Force to replace the Task Force recently formed by the Alliance Government and led by the State Secretary for Security, Francisco Guterres.

As the chief of the state, PR Ramos-Horta professed his support for the Task Force to manage the process of dialogue between the government, Alfredo Reinado and the petitioners. (TP)

140 GNR awarded UN medals

One hundred and forty members of the United Nations Police (UNPol) from the Portuguese Guarda Nacional Republicana (GNR) have been awarded UN medals.

The medals awarded symbolize the valuable contribution of the GNR to the UN in helping to guarantee security in the country.

At the ceremony were PR Ramos-Horta, SRSG Atul Khare, PM Xanana, President of the National Parliament (NP), and other officials of the country. (TP, DN, STL and TVTL)

PM Xanana: doesn’t react to the accusations of Alfredo and Fretilin

PM Xanana does not want to respond to the accusations made by Alfredo Reinado and Fretilin claiming that he was the author of the crisis.

The Alfredo’s accusation was made by video and got strong support from Fretilin.

“I can say that I received the CD (compact disk) and then gave it to others. I cannot pass judgement on my self and cannot hide anything. I have no comment on the CD because I know nothing about what they are saying,” said PM Xanana on Thursday (10/1) in Palacio das Cinzas in Caicoli, Dili. (TP and DN)

Weekly meeting of government: F-FDTL to withdraw from the government offices

The government is going to discuss a strategic security plan to withdraw F-FDTL members, who now provide security to the government offices, and replace them with the PNTL.
The State Secretary for Security, Francisco Guterres, said that the government will carry out an assessment before replacing the F-FDTL in February. (TP and TVTL)

Lasama: Alfredo has no right to give deadlines to the state

The President of the NP Fernando Lasama said that the former Commander of the Military Police Major Alfredo Reinado has no right to give a deadline to the state with regards to solving his and the petitioners’ problems.

“Alfredo is a citizen and has no right to give a deadline to the state. This state is a sovereign state. It has leaders and is planning to solve the problem,” said the President NP on Thursday (10/1) in Caicoli, Dili. (STL and DN)

PR Ramos-Horta: “There’s no legal ruling that said Alfredo isn’t a Major”

PR and Supreme Commander of the F-FDTL José Ramos-Horta declared that until now there has been no legal ruling to say that Alfredo is no longer a Major, and he is still considered as Major Alfredo Reinado Alves.

“The status of Alfredo is only clarified through the process of dialogue. If we intend to turn a military man into a civilian, then it should require a legal process, not just a declaration with no direction,” said PR Ramos-Horta on Thursday (10/1) in Caicoli, Dili. (STL)

ISF to provide medical treatment in the districts

The Commander of the International Security Forces (ISF) Brigadier John Hutchison said that the ISF will provide medical treatment to all the districts in the country.
Brigadier Hutchison said that medical treatment is an important step for the ISF mission in Timor-Leste to strengthen relations with communities in the country. (DN)

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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