quinta-feira, janeiro 24, 2008

LU OLO E ALKATIRI EM CONFERÊNCIA NO HOTEL TIMOR

Blog Timor Lorosae Nação
Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008

LU OLO E ALKATIRI EM CONFERÊNCIA NO HOTEL TIMOR

FRETILIN VAI DENUNCIAR DEGRADAÇÃO DO ESTADO DE DIREITO

A Fretilin anunciou ontem a realização de uma conferência de imprensa que ocorrerá esta manhã, às 10 horas, no Hotel Timor, em Dili, e que, segundo conseguimos apurar, irá reflectir as apreensões daquele partido político em relação “à degradação do estado de direito" timorense, substantivamente comprovado pelos últimos acontecimentos relacionados com declarações do foragido Alfredo Reinado, assim como “um último caso que terá a ver com a “crise” dos médicos cubanos”, que profusamente a Lusa tem divulgado e a que o presidente Ramos Horta já se referiu durante a sua estada em Itália..

O convite foi feito a todos os órgãos de comunicação social em Timor-Leste, referindo que na conferência de imprensa vão estar presentes Lu Olo, presidente da Fretilin, e Mari Alkatiri, secretário-geral.

LU OLO E ALKATIRI EM CONFERÊNCIA NO HOTEL TIMOR

Blog Timor Lorosae Nação
Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008

LU OLO E ALKATIRI EM CONFERÊNCIA NO HOTEL TIMOR

FRETILIN VAI DENUNCIAR DEGRADAÇÃO DO ESTADO DE DIREITO

A Fretilin anunciou ontem a realização de uma conferência de imprensa que ocorrerá esta manhã, às 10 horas, no Hotel Timor, em Dili, e que, segundo conseguimos apurar, irá reflectir as apreensões daquele partido político em relação “à degradação do estado de direito" timorense, substantivamente comprovado pelos últimos acontecimentos relacionados com declarações do foragido Alfredo Reinado, assim como “um último caso que terá a ver com a “crise” dos médicos cubanos”, que profusamente a Lusa tem divulgado e a que o presidente Ramos Horta já se referiu durante a sua estada em Itália..

O convite foi feito a todos os órgãos de comunicação social em Timor-Leste, referindo que na conferência de imprensa vão estar presentes Lu Olo, presidente da Fretilin, e Mari Alkatiri, secretário-geral.

A ANEDOTA DO ANO...

H Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Reinado refuses to face murder charges":


Ramos Horta [...] set May this year as a deadline to resolve issues with Reinado.
He said the deadline was not definitive.

Ramos Horta recentemente marcou Maio deste ano como a data limite para resolver as questões com Reinado.
Disse que a data limite não era definitiva.


Janeiro 23, 2008
AAP

HA HA HA...

Nova geração de escritores quer pôr de lado «mistificações» em relação ao passado

Lusa/SOL
23 Janeiro 2008

Literatura Lusófona

A nova geração de escritores do espaço lusófono, em que se incluem Paulo Bandeira Faria, Joaquim Arena ou Luís Cardoso, afirma-se disposta a pôr de lado as «mistificações» e as «mágoas» e «juízos» históricos, ainda hoje instaladas no campo literário.

«A geração do [escritor moçambicano Luís Carlos] Patraquim queimou tudo naquela fornalha da revolução [pós-independência] e não deixou nada para nós» afirmou hoje o jovem escritor luso-cabo-verdiano Joaquim Arena, um dos oradores convidados para o colóquio Para Além da Mágoa: Novos Diálogos Pós-Coloniais, na Casa Fernando Pessoa em Lisboa.

Autor de A Verdade de Chindo Luz, romance publicado pela editora Oficina do Livro que é considerado o único recente sobre a vivência das comunidades dos países africanos lusófonos em Portugal, Arena afirma-se mais interessado em continuar a explorar «a questão do desenraizamento», rejeitando a existência de «uma consciência traumática» na relação entre ex-colonizador e Cabo Verde.

«Em Cabo Verde, ainda hoje há uma ligação profunda a Portugal, principalmente no interior. Tenho a certeza de que se tivesse havido um referendo sobre a independência, hoje Cabo Verde ainda seria Portugal, como Martinica é francesa», afirmou hoje Arena.

Esta ligação, juntamente com a antiga e numerosa presença da comunidade cabo-verdiana em Portugal, será uma das razões porque o primeiro livro recente sobre comunidades africanas seja assinado por um escritor com origens em Cabo Verde, e não em Angola ou Moçambique.

«Sou um filho dessa comunidade [cabo-verdiana em Lisboa, nos anos 60 e 70], mas apesar de nascido em Cabo Verde toda a minha cultura é portuguesa, por isso senti que estava apto a escrever», disse Arena.

Para Joaquim Arena, «o Romance ainda pode ser a janela de entrada para as comunidades», onde há diferentes «filões literários» a explorar, como o do universo dos retornados, já abordado em A Verdade de Chindo Luz, e também o dos jovens descendentes de africanos, que nos bairros sociais de periferia das grandes cidades «não se sentem portugueses nem cabo-verdianos».

Para Paulo Bandeira Faria, autor de As Sete Estradinhas de Catete (Quidnovi), África «não é mágoa», nem «exotismo ou saudosismo» mas apenas um conjunto de circunstâncias para alguém que passou parte da infância em Angola.

«Escrevi um livro sobre um triângulo amoroso, não sobre África, e a única razão porque coloquei a acção em África foi porque me pareceu interessante fazer o paralelismo entre o ruir de uma família e o ruir de um império. Não me sinto culpado de nada, tive uma passagem por África até bastante divertida», afirmou o escritor.

A este comentário, Margarida Paredes, investigadora do Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Letras, respondeu na assistência, confessando sentir dificuldades em lidar com o passado colonial, particularmente em relação à escravatura, algo que os três oradores afirmaram não partilhar.

«Interessa-me abordar a temática que escolho sem fazer julgamentos de valores. Não olhar para trás, mas para a frente, denunciando preconceitos e coisas que me irritam, como o racismo», retorquiu Bandeira Faria.

«Os africanos que querem ter uma opinião sobre a matéria devem erradicar a escravatura que ainda existe em África. São inteligentes e maiores de idade. Devem viver e desenvolver a sua história. A mim interessam-me mais questões da actualidade. Interessa-me mais perceber porque é que há escravatura na Costa do Marfim, por exemplo», adiantou.

Para o escritor timorense Luís Cardoso, a questão da «culpa» é frequentemente «uma forma de políticos que estão à frente dos seus respectivos países se descartarem das suas responsabilidades e das suas impotências».

«É fácil [em Timor-Leste] dizer que a culpa é dos portugueses ou dos indonésios, atribuir as situações a um passado longínquo, em vez de as resolvermos», afirmou o autor do recente Requiem para o Navegador Solitário, publicado pela Dom Quixote.

Cardoso confessou-se ainda incomodado com «as mistificações» existentes em Portugal sobre o «maravilhoso» de Timor-Leste, que tornam «difícil» discutir as questões do país asiático.

«Não me sinto depositário do afecto que têm por Timor. Toda a minha escrita é uma outra coisa. Tento fazer desmistificação de tudo isso», afirmou Cardoso.

Livia Apa, professora universitária italiana convidada para moderar o debate na Casa Fernando Pessoa, evocou o romance Equador de Miguel Sousa Tavares como exemplo de uma «grande tentativa de reconciliação com a História e redenção pós-colonial com o passado», sintomático de um período em que no campo literário «se tenta criar uma ideia moderna de Portugalidade», depois do «trauma» das independências.

Esta tendência literária, afirmou, é «importante para a reflexão do Portugal contemporâneo», que, segundo afirmava Eduardo Lourenço, perdeu com a descolonização «o âmago do seu âmago».

Maioria das doenças pode ser tratada

Correio da Manhã
2008-01-22 - 13:25:00

Dez milhões de crianças morrem anualmente
Cerca de 26 mil crianças morrem todos os dias no mundo

Cerca de 9,7 milhões de crianças morrem todos os anos antes do quinto ano de vida devido a doenças como a pneumonia ou a malária, alerta esta terça-feira a UNICEF, na apresentação do relatório “A Siutação Mundial da Infância 2008: A Sobrevivência Infantil”, em Genebra, Suíça.

A cada dia, 26 mil crianças morrem devido a doenças, a maioria das quais evitável, através da sua prevenção. África, Ásia do Sul e o Médio Oriente são as zonas onde a taxa de mortalidade infantil é mais elevada, com dois terços do total de crianças mortas.

De acordo com o relatório da UNICEF, na região africana do Sub-Sahara, uma em cada seis crianças tem a possibilidade de sobreviver além dos cinco anos de vida. Apenas Cabo Verde, Eritreia e nas Seichelles devem atingir em 2015 a meta de sobrevivência de crianças, apontada pela UNICEF, reduzindo a mortalidade infantil para metade.

A UNICEF destaca a importância de promover tratamentos de prevenção, nomeadamente em doenças como a pneumonia, diarreia, malária, mal-nutrição e HIV, que poderiam ser desenvolvidos através de vacinação. Água imprópria para consumo e sistemas sanitários deficientes são as principais causas apontadas para a propagação deste tipo de doenças.

A organização mundial salienta ainda o desenvolvimento de sistemas nacionais de saúde que “podem salvar a vida” de muitas crianças. De acordo com o relatório, “Um factor comum no número de mortes de crianças é a saúde das mães, das quais mais de 500 mil morrem anualmente devido a complicações associadas à gravidez ou parto”.

A UNICEF aponta com exemplos os casos de Timor-Leste, Nepal, Haiti e Etiópia que conseguiram reduzir a taxa de mortalidade infantil, apesar dos seus níveis de pobreza.

Timor-Leste/Cuba: "Não estou a gostar nada das brincadeiras dos nossos amigos americanos", diz Ramos-Horta

Lisboa, 22 Jan (Lusa) - O Presidente timorense afirmou hoje que não está nada satisfeito com a política dos Estados Unidos em relação a Cuba, "ditada", no seu entender, "pelo eleitorado cubano na Flórida".

Em declarações à Agência Lusa, José Ramos-Horta comentava o recente episódio ocorrido em Timor-Leste, em que quatro médicos cubanos pediram asilo político aos Estados Unidos, alegando que a "brigada sanitária" em que estão inseridos reproduz no país o controlo e repressão do regime de Havana.

Os médicos, que há três meses vivem escondidos em locais diferentes em Díli, acusam a sua embaixada de gerir a "exportação da tirania" de Cuba para Timor-Leste.

"Não acredito nada nesta história de asilo político. Com toda a franqueza, pessoalmente, não acredito nada no argumento do pedido de asilo", frisou o Presidente timorense a partir de Milão (Itália), depois de contactado pela Lusa via telefone.

"Há uma lei, passada pelo Congresso (norte-americano) que garante a qualquer médico cubano, quer esteja em Cuba ou noutro país a trabalhar, que se quiser ir para os EUA sem tratamento especial é automaticamente aceite", acrescentou.

No seu entender, torna-se, assim, "natural" que, havendo um país, como Cuba, onde os médicos "ganham pouco", se surgirem os EUA a "oferecer privilégios de médico", tal "incentive e encoraje qualquer um".

"Não estou a gostar nada dessa brincadeira dos nossos amigos americanos", afirmou Ramos-Horta, para quem a política norte-americana em relação a Cuba "é absurda" e "ditada pelo eleitorado cubano na Flórida".

"Andam a aproveitar-se de um país pobre, como Cuba, que ajuda imenso países pobres da América Latina e Timor-Leste, com centenas de médicos, tudo a expensas deles. E vêm os americanos, por trás, a acenar dólares para tentar fazer fugir médicos cubanos.

Não tem nada a ver com política, é sim oportunidade económica. Não tem nada a ver com o regime em Cuba", salientou.

Ramos-Horta, que pensa deslocar-se a Washington em Abril próximo, a convite de "amigos senadores e de (o cantor e compositor) Paul Simon", adiantou à Agência Lusa que, nessa altura, repetirá em solo norte-americano o que pensa sobre a política dos Estados Unidos sobre Cuba.

"Em Washington repetirei o que, para mim, constitui a política norte-americana em relação a Cuba, que é um absurdo e ditada pelo eleitorado cubano na Flórida", insistiu.

Segundo Ramos-Horta, a questão do pedido de asilo político "deixa, assim, de fazer sentido".

"(Os médicos cubanos) estão em Timor-Leste, que é um país democrático, livre e sem quaisquer problemas. Vieram com contrato e alguns deles até vão passar férias a Cuba.

Vão e voltam a Timor-Leste. Depois, alegadamente, pedem asilo político?", questionou.

Um contingente de quase 230 médicos, a que Havana dá o nome de brigada, está desde 2005 em Timor-Leste, constituindo o pilar do sistema de saúde do país.

Do quotidiano da brigada fazem parte sessões de autocrítica, fixadas em acta, avaliações ideológicas permanentes e uma reunião mensal do PCC em Lahane, na periferia da capital.

JSD/PRM.

Lusa/Fim

O Yes, Mr. President...

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem ""Last week, Commander of the Australian troops in ...":

O Sr. brigadeiro Hutcheson, apesar da dura, exigente e extenuante tarefa de comandar uma "brigada" em Timor-Leste, lá conseguiu arranjar uns minutinhos para dizer mais uma vez que não vai cumprir o mandado de captura de Reinado.

Começa a ser fastidioso ouvir sempre a mesma coisa e o Sr. brigadeiro começa a parecer um papagaio. Começo até a duvidar se ele conhece alguma outra frase para além dessa.

No entanto, e para que não restem dúvidas, é importante verificar que ele sublinha o facto de estar a cumprir ordens do "president". Ora como a Austrália não tem "president", este só pode ser Ramos Horta. Já percebo porque é que o "president" está sempre a pedir aos australianos que mantenham a tropa em Timor.

Como diz o outro, "Eu é que não sou parvo!". Ou "Homem prevenido vale por dois". Ou como dizem os anglófonos, "I'll scratch your back and you'll scratch mine"...

Mas a parte mais interessante do seu discurso são os bitaites que emite sobre o desempenho do Governo timorense e, sobretudo, quando diz que no seu entender Reinado não é uma ameaça para a segurança, antes um problema político.

É caso para dizer: penso, logo existo.

Mas quem é que lhe encomendou o sermão??

Ahern to visit world's newest nation

2008 ireland.com
Last Updated: 23/01/2008 18:04


Minister for Foreign Affairs Dermot Ahern is expected to pay an official visit to the world's youngest nation, Timor Leste, next month.

The country, which was previously known as East Timor, won independence in 2002 after more than 400 years of occupation by Portugal and Indonesia.

Timor Leste will receive five million euro in Irish Aid funding this year. Foreign Affairs Department officials are still working on the detail of Mr Ahern's visit in mid-February.

The itinerary will be subject to local security assessments. Irish troops participated in UN peacekeeping operations in Timor Leste between 1999-2004.

Aid agency Concern has been working in the Asian state since 1999 mainly on education, malnutrition and rural development programmes.

Trocaire has also been supporting projects run by local NGOs in the country since 2000. The Government provided €4.6 million in aid to the country last year.

PA

Tradução:

Ahern vai visitar a mais nova nação do mundo

2008 ireland.com
Última actualização: 23/01/2008 18:04


O Ministro dos Negócios Estrangeiros vai visitar a mais nova nação do mundo, Timor-Leste, no próximo mês.

O país, antes conhecido como o leste de Timor ganhou a independêncua em 2002 depois de mais de 400 anos de ocupação por Portugal e Indonésia.

Timor-Leste receberá cinco milhões de euros em financiamentos da Irish Aid este ano. Funcionários do Departamento dos Negócios Estrangeiros estão ainda a trabalhar os detalhes da visita do Sr Ahern em meados de Fevereiro.

O itinerário estará sujeito a avaliação da segurança local. Tropas Irlandesas participaram nas operações de manutenção da paz da ONU em Timor-Leste entre 1999-2004.

A agência de ajuda Concern tem estado a trabalhar no Estado Asiático desde 1999 principalmente em programas de educação, má-nutrição e desenvolvimento rural.

A Trocaire tem também estado a apoiar projectos dirigidos por ONG's locais no país desde 2000. O Governo providenciou €4.6 milhões em ajuda para o país o ano passado.

PA

Psst, Mr. Rudd...

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Conference to focus on rebuilding East Timor":

Será que vão também analisar o desrespeito do Governo pela separação de poderes, designadamente do poder judicial?

NOJO GLOBAL

Blog DESPERTAR CONSCIÊNCIAS
23 Janeiro 2008

TIMOR E OS SALTEADORES DO PAÍS PERDIDO

Apesar de a nível nacional haver muito para abordar e opinar deparei-me com um facto que certamente acontece a muitos portugueses: estou enjoada e enojada da política nacional imposta por estes ditos socialistas, por estes políticos de salve-se “quem puder e eu sou um deles”, por este egoísmo nacional que nos é revelado por empresários e tecnocratas que viram a casaca logo que os compram para exercerem poderes, por mais ínfimos que esses poderes sejam. Mantém-se o “quem se lixa é o mexilhão”!

Exactamente por isso, por estar já tão enojada e dar por mim sem a possibilidade de honestamente poder referir alguma medida positiva, para nós, plebe, que os “mandantes” tomem, optei por abordar outros temas, noutras latitudes.

Aviso desde já que aquilo que vou abordar também é triste e certamente que enojará os que se dedicam a abordar o que agora me proponho fazer indelevelmente, mas acho que vale a pena.

Timor e os timorenses valem sempre a pena. Estão cá no nosso coração e isso viu-se há uns bons anos atrás.

Tenho andado em pesquisas, em consultas, descobrindo e lendo vários blogs sobre Timor-Leste – podem crer que há muitos – e considero que entendi algumas coisitas sobre o país e sobre aquilo que já se passou nos tempos imediatamente posteriores à independência, em 2002, e o que presentemente por lá se está a passar.

Preparem-se porque vem lá mais nojice. É que os nojentos existem por toda a parte do globo e estão associados em autênticos sindicatos mafiosos que dominam os mercados das drogas, do armamento, do petróleo, do gás natural, da prostituição, das fundações humanitárias, organizações não governamentais de “ajuda”, etc, etc, etc.

Meus amigos, esta coisa é do piorio.

Ora, aquilo que conclui sobre o tão massacrado Timor-Leste é que continua a ser massacrado, vilipendiado e que nas causas do prolongamento do massacre estão também, imagine-se, Xanana Gusmão e José Ramos Horta – esse, os tais galardoados com um Sakarov e um Nobel da Paz, respectivamente.

Como não gosto de iniciar uma jornada com ideias feitas li e vi de tudo, de todas as tendências político-partidárias e ideológicas, e considero que “bebi” de muitas fontes, arredando os escolhos que me poderia deturpar a perceptibilidade.

Vejamos.

Para começar e situar os que não sabem muito bem o que lá se passa, como eu não sabia, vamos saber:

Timor-Leste tinha um herói, Xanana, e um Nobel da Paz. Para além desses ainda tinha outras forças representadas pela Fretilin e a UDT. Horta e Xanana foram da Fretilin mas demitiram-se e assumiram posições presumivelmente aglutinadoras e obreiras dos consensos timorenses.

Afirmei presumivelmente porque nada disso foi o que aconteceu nem é o que está a acontecer. Já lá vamos.

Mari Alkatiri sempre foi, desde a morte de Nicolau Lobato – abatido na luta contra os indonésios – a figura dirigente da Fretilin. Ainda hoje é. A Fretilin sempre foi o partido mais votado e das preferências dos timorenses. Ainda hoje é.

João Carrascalão e Mário Carrascalão, irmãos, eram da UDT. Actualmente Mário Carrascalão é dirigente do PSD de Timor e figura muito controversa pelas suas técnicas de “golpes de rins” – lembrem-se que durante a ocupação indonésia foi Governador de Suharto para aquela “província indonésia” ocupada.

João Carrascalão continua como dirigente da UDT, partido pouco representativo, como provaram as últimas eleições.

Após a independência emergiram outros partidos políticos, imensos, dos quais o mais representativo é o PD, Partido Democrático, dirigido por um indivíduo chamado Fernando Araújo, a que chamam também Lasama de Araújo, sendo actualmente o presidente do Parlamento timorense.

Ora o que aqui mais interessa para o caso, sem estar a arrastar demasiado a prosa mas procurando rememorar a história recente de Timor o melhor possível, é o que se tem passado para que concluamos que Ramos Horta e Xanana Gusmão estejam a comportar-se de modo antagónico ao que propalavam e todo o mundo esperava deles.

Pois. Pelas provas concludentes que cada vez mais surgem Xanana Gusmão foi a mente perversa de um golpe de estado que derrubou um governo legítimo, em 2006, quando ainda era presidente da República. A intenção foi catapultar-se para os poderes de decisão derrubando Mari Alkatiri e a Fretilin, que tinha sido o partido político mais votado e possuía uma ampla maioria. Eleições de 2002, salvo erro.

Xanana não derrubou e feriu a democracia por acaso mas sim pela sua constatação de que um PR não tem os poderes que ele, por via da sua ignorância, imaginava. O homem sentiu-se um bibelô.

Não esqueçamos que é casado com uma australiana – pelo que se lê, suspeita de estar ao serviço de interesses petrolíferos do seu país – mantendo relações de amizade com nacionais daquele país que podem ter influenciado a drástica decisão de encabeçar um golpe de estado para derrubar um governo que estava a proteger os legítimos interesses timorenses no Mar de Timor em prejuízo dos interesses australianos e norte-americanos.

É sempre a mesma coisa. Onde há petróleo… os traidores enriquecem, roubam, e os povos sobrevivem nas piores misérias.

Não se trata de aqui desnudar e debater se o governo então vigente, da Fretilin, estava ou não governando convenientemente em todos os sectores da governação, mas mesmo que não estivesse não deve ser com um golpe de estado que se derruba um governo, é com eleições.

Muito menos quando o golpe de estado é protagonizado por um Chefe de Estado cobardemente oculto por detrás dos que com ele colaboraram e deram a cara, incluindo a Igreja timorenses, os seus padres e Bispos, o embaixador dos EUA, militares, elementos das antigas e assassinas milícias indonésias, etc.

Vergonha é o que Xanana Gusmão deve ter sempre que se olhar ao espelho.

Quanto a Ramos Horta, pelo que se percebe, é um incondicional adulador de padres e Bispos.

Não é religioso mas sim um doentio beato. Sabemos que todos os beatos são extremamente interesseiros e hipócritas, para não por mais na escrita. Os portugueses que o digam por experiência antes e depois de 25 de Abril de 1974. Aliás, os procedimentos da igreja católica vaticana estão cada vez mais retrógrados e virados para os bens terrenos. Em vez o estarem para a mensagem de Deus e procedimentos concordantes com essa mensagem. Olhemos o Papa e o Vaticano assim como o poderio que representam e tudo se torna muito mais claro.

Para resumir sobre este Nobel da Paz, Horta, verdade foi que após o golpe de estado foi nomeado primeiro-ministro, cargo que suspendeu passado algum tempo para se candidatar para a Presidência da República. Eleições que disputou com um candidato da Fretilin mas que venceu por ter o apoio da igreja timorense, descaradamente, de Xanana Gusmão, que ainda era PR e dos sectores mais retrógrados de uma elite timorenses putrefacta - apátrida a não ser pelo cifrão.

Vencidas as eleições e Horta presidente, dança Xanana para um partido político que formou, o CNRT, candidatando-se às eleições legislativas que se realizaram pouco tempo depois das presidenciais.

Nessas eleições, pasmemos, o partido mais votado voltou a ser a Fretilin, com quase 30 por cento dos votos…

Mas, voltemos a pasmar-nos, não foi a Fretilin o partido indigitado para indicar o primeiro-ministro e propor governo. Nada disso. Isso é que era bom. Então e porque é que fizeram o golpe de estado? Para voltar tudo ao mesmo? E o petróleo? Os dólares? Os amigos estrangeiros?

Lá têm os timorenses de suportar mais uns salteadores de um país perdido.

Xanana Gusmão é actualmente o primeiro-ministro de Timor-Leste, foi a ele, do CNRT, que Ramos Horta escolheu para ser primeiro-ministro. Isto depois de umas quantas “arquitecturas” de Cínico Horta.

Pois é, mas o escrito vai longo e eu tenho de deixar estas conclusões para próxima oportunidade.

Desculpem por isso ou, então, desculpem por estar para aqui a escrever que me desunho e afinal todos sabem isto e ninguém me explicava.

Olhem, desculpem qualquer coisinha. Se acharem por bem que não vale a pena escrever uma segunda parte sobre o tema façam o favor de avisar. Escrever para o boneco é que não, muito menos se vos estou a enfadar.

Sabem, vou ver o que a Paula Pereira tem de novo nas suas belas-artes. Nos seus lindos trabalhos, que connosco partilha no Decoração & Arte.

Vão lá também… e avisem se vos estou a aborrecer com esta história sobre Timor, é que sempre gostava de saber se entendi ou não as confusões que por lá têm existido.

Até à próxima…. Se calhar… sobre Timor. Gostava de acabar as minhas conclusões para ver se percebo este nojo global.

Postado por Susana Charrua

GNR de partida para Timor-Leste

SIC
22-01-2008 16:18 Última actualização: 23-01-2008 12:07

Quinto contingente inclui mulheres pela primeira vez

Na próxima semana partem para Díli 140 militares da GNR. O 5º contingente do sub-agrupamento Bravo é o primeiro a incluir mulheres na missão em Timor-Leste.

Raquel Loureiro
Jornalista


Os 140 militares do 5º contingente do sub-agrupamento Bravo da GNR estão prontos para seguir para Timor-Leste. Partem com o objectivo de ajudar na restauração da paz e ordem pública em território timorense.

Do grupo fazem parte seis militares do sexo feminino. É a primeira vez que um contingente em missão em Timor inclui mulheres. Tal não acontecera antes por não haver condições de alojamento.

A missão portuguesa tem sido elogiada em Timor-Leste. O Presidente Ramos-Horta defende mesmo que a GNR é modelo de referência para a polícia timorense.

O contingente parte para o território no próximo dia 29, em substituição dos 142 militares da GNR que se encontram em Díli.


BENVINDOS, BRAVOS E BRAVAS!!!

Só o Bispo de Baucau não quer ver?...

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "UNMIT – MEDIA MONITORING - Wednesday, 23 January 2...":

"Afonso de Jesus said that the people in thirteen districts around the country are living in calm"

Por isso é que o país está a ser ocupado gradualmente pela tropa australiana...

Helloooo?...

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "UNMIT – MEDIA MONITORING - Wednesday, 23 January 2...":

"Bishop Basilio Nascimento from Baucau Diocese said that he is surprised with the presence of the International Security Forces (ISF) who are walking around Baucau district."

"O bispo Basilio Nascimento da Diocese de Baucau disse que estava surpreendido com a presença das Forças Internacionais de Segurança (ISF) que andam à volta do distrito de Baucau."

E ainda vai ficar mais surpreendido. Isto é só o começo. E chama-se OCUPAÇÃO ESTRANGEIRA.

"I don’t know who decided this"

"Não sei quem decidiu isto"

Eu sei. Não foi o próprio Hutcheson que afirmou só receber ordens do "president"?

LUSA dorme?

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem "E Reinado que denunciou o PM Xanana Gusmão não é n...":

A Lusa a dormir? Não, anda até muito atarefada na cruzada ideológica da Embaixada dos USA em Díli. E por isso não teve tempo sequer de fazer um textozinho - nem um para amostra! - sobre as acusações que há mais de um mês o Alfredo fez de o Xanana ser o autor não apenas da violência de 2006 como até da petição. O coitado do jornalista nem deve ter tido tempo ainda para ver o tal vídeo que toda a gente viu e que Portugal - pela sua imprensa - nem sabe que existe.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.