domingo, abril 20, 2008

Ramos-Horta defende legislativas e presidenciais antecipadas

DN, 18/04/08

PEDRO ROSA MENDES, Díli

A realização de eleições antecipadas em Timor-Leste "pode ter vantagens para todas as partes", declarou ontem à Lusa o Presidente da República timorense, José Ramos-Horta.

"Sempre disse que não tenho objecções a eleições antecipadas desde que resulte(m) de um consenso do Parlamento, de todos os partidos", afirmou Ramos-Horta na sua residência em Díli, onde regressou depois de tratamento na Austrália, na sequência do atentado de 11 de Fevereiro. "A Fretilin quer as eleições antecipadas, talvez no Verão de 2009. O Governo diz que sim, diz que não, ainda não se pronunciou", afirmou em entrevista conjunta à Lusa e RTP.

Para o Presidente, as eleições antecipadas "podem trazer vantagens para todas as partes". "Se o Governo fizer um bom trabalho este ano, as eleições resultam numa vitória do Governo e a Fretilin perde". Mas "se o Governo faz um trabalho miserável, não consegue cumprir as promessas (...), até eu prefiro ter eleições antecipadas porque não temos que os ter mais de três anos", sublinhou.

"O ano de 2008 é um grande teste para o Governo. Se fizer bom trabalho, a Fretilin estará em desvantagem". Se for medíocre, "o povo quererá eleições antecipadas", disse. Ramos-Horta reconheceu que olha para si, hoje, como factor de união da sociedade timorense.

"Parece que sim. É o que revela a explosão popular em me acolher. É o que revela os partidos todos tenham estado no aeroporto". É com esse apoio que o Presidente quer "insistir no diálogo" iniciado no regresso da visita oficial ao Brasil, em Janeiro, incluindo a reunião entre a aliança partidária no Governo e oposição, poucos dias antes do 11 de Fevereiro.

"Tivemos dois diálogos e correram de forma muito salutar e com propostas construtivas. O único ponto por discutir era a exigência de eleições antecipadas. Mas podemos chegar a um compromisso em que ninguém perde a face", afirmou Horta.

"Se houver legislativas antecipadas, eu quero também presidenciais antecipadas", declarou Ramos-Horta, acrescentando que, nesse caso, não seria candidato, conforme a Constituição. "Não sou melhor que os outros. Os outros não são melhores que eu. Vamos testar com o povo", explicou o Presidente.

"Disse também [em Julho de 2006] que a minha preferência não era ser primeiro-ministro. Fui empurrado, sobretudo por Xanana Gusmão. E paguei um preço muito grande como primeiro-ministro porque assumi a responsabilidade numa situação muito difícil", considerou Horta.

"Aceitei, tentei ser leal à Fretilin, respeitando a sensibilidade do partido nessa altura. Depois fui empurrado para presidenciais e não me senti bem tendo como adversário o Francisco Guterres" o presidente da Fretilin, referiu. "Hoje, chego à conclusão que Fernando 'La Sama', por exemplo, seria um bom Presidente, pela forma como agiu" nos meses em que ocupou interinamente a chefia do Estado, afirmou Ramos-Horta.

Moçambique: Brasil desloca embaixador de Timor-Leste para Maputo

Maputo, 18 Abr (Lusa) - O novo embaixador do Brasil em Moçambique, António José Maria de Souza e Silva, entregou esta semana credenciais ao Presidente moçambicano, Armando Guebuza.

De acordo com fonte oficial, António José Maria de Souza e Silva - que substitui no posto a embaixadora Leda Camargo - foi acreditado no cargo quarta-feira juntamente com os representantes diplomáticos da Namíbia, Sérvia e Omã (que ficarão baseados na vizinha África do Sul).

O diplomata brasileiro de 58 anos, natural do Rio de Janeiro, transita directamente de Timor-Leste, onde era embaixador desde 2004.

Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, António José Maria de Souza e Silva desempenhou funções no Consulado Brasileiro em Nova Iorque, bem como nas Embaixadas da Guatemala, Paquistão, Argentina e República Checa.

As relações económicas e empresariais entre o Brasil e Moçambique têm-se intensificado nos últimos anos, com algumas das principais empresas brasileiras, entre as quais a Petrobras e a Vale do Rio Doce, a que se juntam uma constelação de pequenas companhias, a marcarem presença no país.

A presença de empresas brasileiras em Moçambique, incipiente até há poucos anos, fez-se notar sobretudo quando, em Junho do ano passado, a Companhia do Vale do Rio Doce (CVRD) viu ser-lhe adjudicada a exploração do carvão de Moatize, com reservas estimadas em 2,5 mil milhões de toneladas de carvão (uma das maiores reservas de mundiais ainda por explorar daquele mineral).

Mais recentemente, a companhia petrolífera brasileira Petrobras fez saber às autoridades moçambicanas do seu interesse em investir nas áreas de petróleo e dos biocombustíveis em Moçambique.

Acordos nesta área acabariam por ser assinados durante a visita ao Brasil, de 04 a 07 de Setembro, do Presidente moçambicano.

Também no ano passado, a construtora brasileira Camargo Corrêa apresentou o seu projecto para a construção da Barragem de Mphanda Nkuma, no Rio Zambeze (centro), um investimento de 2,1 mil milhões de euros para construir uma das maiores represas do continente africano, com um potencial de produção de 1.500 MW de energia (Cahora Bassa tem uma capacidade de cerca de 2.075 megawatts).

O Brasil vai ainda colaborar na construção em Moçambique de uma fábrica de medicamentos anti-retrovirais, para tratamento de portadores do HIV/SIDA.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) instituição ligada ao Ministério da Agricultura, vai também instalar um escritório de transferência de tecnologia na cidade de Maputo.

A Fiocruz, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, vai também abrir uma representação em Moçambique, a primeira fora do Brasil.

Mas, a par das grandes empresas, que dão entrada sob os "holofotes" mediáticos, cresce também no mercado moçambicano o número de pequenas e médias empresas das quais pouco ou nada se houve falar, caso da Central de Negócios Brasil-Moçambique com sede na Beira (centro), uma empresa criada em 2005.

O Brasil ocupa a nona posição na lista dos principais investidores em Moçambique em 2007, à frente do Zimbabué e atrás do Canadá (Portugal é sétimo).

PGF.
Lusa/fim

Segundo terramoto sentido em Díli

Díli, Timor-Leste 19 Abr (Lusa) - Um segundo terramoto foi sentido hoje ao final do dia em Díli, Timor-Leste, não tendo provocado nenhum alerta de segurança.

Um terramoto subterrâneo com a magnitude de 6,3 na escala de Richter foi sentido em Díli às 19:21 (11:21 em Lisboa), horas depois de um primeiro abalo sísmico com a magnitude de 6,0 atingir a costa norte timorense.

Ambos os terramotos tiveram o epicentro no Mar de Banda, Indonésia, a cerca de 90 quilómetros a norte de Díli, o primeiro a 11 quilómetros e o segundo a 15 quilómetros de profundidade.

Não foi lançado nenhum alerta de tsunami na região relacionado com nenhum dos terramotos e não há relato de vítimas ou estragos na capital timorense.

PRM

Reinado had $800,000 in Australia

The Herald
April 19, 2008


DILI: Investigators have found that Alfredo Reinado, the rebel leader who was killed while leading the attacks on East Timor's top two political leaders, has an account at the Commonwealth Bank in Darwin containing more than $800,000.

The account is also in the name of Timorese-born Australian woman Angelita Pires, East Timor's President, Jose Ramos-Horta, said yesterday.

About $200,000 had been withdrawn from the account, Mr Ramos-Horta said in Dili, adding: "We will find out who gave the money."

Reinado was found to have $US30,000 ($32,000) in new notes in his pockets when he was shot dead at Mr Ramos-Horta's house after he had led rebels there on February 11.

Ms Pires, who grew up in Darwin, was Reinado's lover while he was being hunted in East Timor's mountains to face charges of murder and rebellion.

She has admitted giving Reinado a mobile telephone hours before the attacks but denied any having knowledge of the rebel's plans.

Since returning to Dili from Australia, where he spent nine weeks recovering from serious gunshot wounds, Mr Ramos-Horta has insisted he wants Reinado's supporters punished.

"I will not rest until the truth is totally uncovered," he said.

Investigators in Dili have asked the Rudd Government to provide the details of 47 telephone calls Reinado made to and received from Australia in the hours before the attacks.

Meanwhile, three rebels involved in the attacks have fled to Indonesian West Timor, sources close to the investigation have told The Herald.

Lindsay Murdoch


This story was found at: http://www.smh.com.au/articles/2008/04/19/1208025490899.html

Tradução:

Reinado tinha $800,000 na Austrália The HeraldAbril 19, 2008

DILI: Investigadores descobriram que Alfredo Reinado,o líder amotinado que foi morto quando liderava os ataques contra os dois políticos de topo em Timor-Leste, tem uma conta no Commonwealth Bank em Darwin contendo mais de $800,000.

A conta está também no nome da mulher Australiana nascida em Timor-Leste Angelita Pires, disse ontem o Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta.

Cerca de $200,000 foram retirados da conta, disse o Sr Ramos-Horta em Dili, acrescentando: "Descobriremos quem deu o dinheiro."

Foi descoberto que Reinado tinha $US30,000 ($32,000) em notas novas nas algibeiras quando foi morto a tiro na casa do Sr Ramos-Horta depois de ter liderado os amotinados até lá em 11 de Fevereiro.

A Srª Pires, que cresceu em Darwin, foi amante de Reinado quando andava a ser procurado nas montanhas de Timor-Leste para enfrentar acusações de homicídio e rebelião.

Ela tem admitido ter dado um telemóvel a Reinado horas antes dos ataques mas negou ter tido quaçquer conhecimento dos planos dos amotinados.

Desde que voltou a Dili da Austrália, onde passou nove semanas a recuperar de ferimentos graves por balas, o Sr Ramos-Horta tem insistido que quer que os apoiantes de Reinado sejam punidos.

"Não descansarei enquanto não se descobrir toda a verdade," disse ele.

Investigadores em Dili pediram ao Governo Rudd para dar detalhes de 47 chamadas telefónicas que Reinado fez e recebeu da Austrália nas horas antes dos ataques.

Entretanto, três amotinados envolvidos nos ataques fugiram para o Oeste de Timor Indonésio, disseram fontes próximas da investigação ao The Herald.

Lindsay Murdoch

Esta história foi encontrada em: http://www.smh.com.au/articles/2008/04/19/1208025490899.html

President's efforts to restore stability deserve support, says FRETILIN

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE

FRETILIN

Media release
19 April 2008

FRETILIN the largest political party in Timor-Leste today reaffirmed its support for efforts by President Jose Ramos Horta to restore stability to the country.

FRETILIN Secretary General Dr Mari Alkatiri said: "It is important that the President continue to take the leading role in efforts to facilitate dialogue between FRETILIN and other parties in Parliament in order to find a solution to the country's political crisis.

"The President continues to have FRETILIN's full support for measures to strengthen the rule of law, democratic institutions and the constitution.

"We also reaffirm our support for the joint operation against the remaining fugitive rebels responsible for the attack on the President".

President Ramos Horta returned to Dili on Thursday (17 April) after recovering from multiple gunshot wounds sustained in an assault on his residence on February 11, which saw army mutineer Alfredo Reinado killed.

For more information, please contact:

Jose Teixeira (+670) 728 7080

Tradução:

Esforços do Presidente para restaurar a estabilidade merecem apoio, diz a FRETILIN
FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE


FRETILIN

Comunicado aos Media
19 Abril 2008

A FRETILIN o maior partido político em Timor-Leste reafirmou hoje o seu apoio aos esforços do Presidente José Ramos Horta para restaurar a estabilidade no país.

O Secretário-Geral da FRETILIN Dr Mari Alkatiri disse: "É importante que o Presidente continue a tomar o papel de liderança nos esforços para facilitar o diálogo entre a FRETILIN e outros partidos no Parlamento de modo a encontrar uma solução para a crise política do país.

"O Presidente continua a ter o apoio total da FRETILIN para medidas para reforçar o primado da lei, as instituições democráticas e a Constituição.

"Reafirmamos também o nosso apoio à operação conjunta contra os restantes amotinados foragidos responsáveis pelo ataque ao Presidente".

O Presidente Ramos Horta regressou a Dili na Quinta-feira (17 Abril) depois de recuperar de feridas de múltiplas balas que sofreu num assalto na sua residência em 11 de Fevereiro, que viu o amotinado das forças armadas Alfredo Reinado morto.

Para mais informação, por favor contacte:

José Teixeira (+670) 728 7080

INTERVENÇÃO DE S.E. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Presidência da República

DR. JOSÉ RAMOS-HORTA
POR OCASIÃO DA condecoraçÃO
DO SUB-AGRUPAMENTO BRAVO
DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
DÍLI, 18 DE ABRIL DE 2008


Presidência da República
Senhor Presidente do Parlamento Nacional
Senhor Vice-Primeiro-Ministro
Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros
Senhor Representante Especial do senhor Secretário-Geral das Nações Unidas
Senhor Embaixador de Portugal e decano do corpo diplomático em Díli.
Senhor Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana.
Senhor Comandante do Sub-Agrupamento Bravo
Militares da GNR
Senhoras e Senhores

Associo-me com emoção a esta cerimónia de condecoração do sub-agrupamento Bravo da Guarda Nacional Republicana.

Ela dá-me a oportunidade para vos agradecer de viva voz a intervenção da Guarda Nacional Republicana no socorro que me foi prestado no dia 11 de Fevereiro.

A GNR foi a primeira força a chegar ao local, acompanhada pelos técnicos da Emergência Médica portuguesa, e foi a força que me transportou para o Aspen Medical Center de Díli, contribuindo para me salvar a vida.

Agradeço a Deus poder estar hoje aqui, passados somente dois meses, a confraternizar convosco e poder testemunhar a merecida distinção que o Governo de Portugal vos atribui.

Ao senhor Comandante Geral da GNR dou as boas-vindas, expressando a minha satisfação por o receber de novo em Timor-Leste.

Esta atenção do comando-geral da GNR para com o meu país é um sinal do apoio e da atenção que o governo português e os portugueses dedicam a Timor-Leste, é um sinal da profunda amizade que une os nossos países.

Mas a minha admiração e a minha estima pela GNR não se deve apenas à minha experiência pessoal.

A confiança que o profissionalismo e a capacidade operacional da GNR inspiram desempenhou um papel importante para ajudar a garantir a estabilidade e para dar segurança aos timorenses, depois das acções criminosas do dia 11 de Fevereiro.

Como em momentos anteriores, a GNR esteve à altura do respeito que conquistou entre o nosso povo.

Quero sublinhar igualmente a contribuição dos oficiais de investigação criminal da GNR no inquérito da Procuradoria-Geral da República, em curso, relativo aos acontecimentos de 11 de Fevereiro.

Mas quero também transmitir-vos a importância que o contributo da Guarda Nacional Republicana tem para a construção institucional da nossa polícia.

A vossa participação na preparação operacional da UIR, na formação de formadores, bem como no treino operacional de efectivos do Corpo de Segurança Pessoal é de grande importância para a PNTL.

Os planos de formação actuais devem continuar a desenvolver-se. Mas considero ser necessário aprofundar a intervenção da GNR na área da formação.

A assistência na formação de base – de forma articulada com outros parceiros, mas garantindo uma formação consistente e sistemática – pode ser um grande contributo para a coesão da PNTL e para a consolidação de uma doutrina sólida e estável que reforce a identidade da polícia timorense.

Estamos a construir há cinco anos, um Estado de Direito. O Estado timorense vai continuar a afirmar os direitos de cidadania e cortar com um passado de derramamento de sangue e de violência na vida colectiva.

Não é fácil. Mas está ao nosso alcance e estou absolutamente determinado a prosseguir neste caminho. E o nosso povo também está, como mostra o comportamento cívico exemplar dos timorenses, nas eleições de 2007 e na sua reacção perante os momentos difíceis.
As nossas prioridades são a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a luta para reduzir a pobreza.

O profissionalismo e a experiência da GNR têm um papel importante para a criação de confiança nas instituições de segurança. A dedicação com que desempenha as suas missões é um contributo para a estabilidade e um exemplo para a nossa comunidade.

A todos vós, militares da GNR, deixo os meus votos de continuação de bom trabalho e o testemunho do meu apreço.

Ao senhor General Mourato Nunes, o primeiro responsável por esta corporação, desejo a continuação de grandes êxitos pessoais. O seu comando será certamente recordado pela história honrosa da vossa corporação. Faço votos de que volte a recebê-lo, com amizade, em Timor-Leste.

A amizade entre as polícias de Portugal e de Timor-Leste é um bom prenúncio de paz e prosperidade para o meu país, mas é também um testemunho da proximidade entre os povos de Timor-Leste e de Portugal, apesar da distância geográfica.

Muito obrigado.

Mark Davis: MUNJ e os ataques em Timor

Rádio SBS da Austrália

entrevista ao Programa de Língua Portuguesa, em inglês, agora disponível na
nossa página na internet e como podcasting

Download episode

O repórter investigativo do programa Dateline da TV SBS da Austrália revela
que emissários do presidente José Ramos-Horta, do MUNJ - Movimento da
Unidade Nacional e Justiça, estiveram com Alfredo Reinado no final da tarde
e início da noite do domingo, dia 10 de fevereiro, para dar a notícia de que
não tinha havido ainda um acordo entre as lideranças políticas de
Timor-Leste, na reunião do dia 7 de fevereiro na casa de Ramos-Horta, para a
sua anistia - prometida pessoalmente pelo presidente a Reinado dias antes,
em Maubisse.

No programa Dateline, o mais antigo programa de jornalismo investigativo da
Austrália, que foi ao ar nesta noite de quarta-feira, Augusto Júnior, líder
do MUNJ, primeiro nega mas depois confirma que representantes da organização
estiveram com Reinado na tarde do domingo, dia 11, mas Mark Davis confirmou
que eles estiveram reunidos até 6, 7 da noitinha com Reinado.

Depoimentos de companheiros de Reinado confirmam que ele somente decidiu
seguir a Díli para encontrar o presidente Ramos-Horta por volta das 9:30 da
noite do domingo, após ter ficado enraivecido com a mensagem enviada por
Ramos-Horta.


Em entrevista ao Programa de Língua Portuguesa da Rádio SBS, Mark Davis
disse que, para ele, "o momento-chave é a noite do dia 10 de fevereiro.
Reinado estava bêbado, tinha bebido demais, estava enraivecido e no calor do
momento decidiu encontrar-se com o presidente".

Perguntado se nas suas investigações pôde descobrir se Reinado informou ou
não o presidente Ramos-Horta que seguiria a Díli para uma reunião, Mark
Davis levantou dúvidas.

"Aparentemente não, mas há algum mistério aqui. Qual foi exatamente a
mensagem que Ramos-Horta enviou a Reinado na noite do dia 10 pelos delegados
do MUNJ? Os delegados consolaram Reinado, disseram a ele que o melhor era
discutir o assunto face a face com o presidente, de homem para homem. E foi
o que Reinado decidiu fazer", diz Mark Davis.


Mari Alkatiri, entrevistado pelo Dateline, afirma que a anistia a Reinado
não foi totalmente descartada na reunião do dia 7 mas que ficou de ser
discutida em duas novas reuniões, marcadas para os dias 12 e 14 de
fevereiro.

"Depoimentos dos companheiros de Alfredo Reinado confirmam que não havia
nenhuma intenção de atacar o presidente, matá-lo ou sequestrá-lo, na manhã
da segunda-feira, dia 11 de fevereiro e que foram para lá para um encontro
com Ramos-Horta", diz o repórter.

"A conversa fluía bem entre os guardas de segurança do presidente e os
membros do grupo de Reinado, que os desarmaram de maneira muito gentil. Mas
ele entrou armado na casa do presidente e, claro, não era um encontro
amistoso e ele talvez recebeu o que merecia. Em dez minutos, tinha levado um
tiro na cabeça. Os companheiros de Reinado entraram em pânico, pelo ataque
inesperado e na opinião deles não-provocado no seu líder, e foi esse o fim
do encontro de Reinado com Horta", acrescentou Mark Davis.

Quanto ao papel de Gastão Salsinha, também entrevistado pelo repórter por
telefone e através de um vídeo enviado pelo próprio Salsinha à equipe da
SBS, Mark Davis concluiu que apesar de Salsinha não concordar com a ação de
Reinado, ele diz a verdade quanto a não ter nenhum plano de atacar,
sequestrar ou matar o primeiro-ministro Xanana Gusmão.


"O ataque ao carro foi uma reação espontânea à notícia inesperada da morte
de Reinado, corroborada pelo fato bizarro de que Salsinha e seus homens
mantinham uma longa conversa, tranquila, com os seguranças na casa de Xanana
até saberem dos tiros na casa do presidente e das duas mortes, de Reinado e
de Leopoldino. Salsinha me disse que se quisessem mesmo matar Xanana, ele
não teria chegado naquela manhã a Díli".

Mark Davis também entrevistou Angelita Pires, que nega qualquer
envolvimento.

"O que é extraordinário são as pilhas e pilhas de besteiras sendo escritas
contra esta mulher. Antes acusada pela mídia de ser a autora intelectual do
plano de matar Ramos-Horta e Xanana, agora é acusada de querer matar o
próprio amante - é absolutamente ultrajante, não há nenhuma evidência,
apenas rumores que correm pelas ruas de Díli e que são ampliados na
imprensa", diz indignado Mark Davis.

Perguntado se pôde avançar na investigação e descobrir quem estaria por trás
das acusações a Angelita, Mark Davis foi rápido em apontar o dedo aos
jornalistas sensacionalistas.

"São os jornalistas, despreocupados de serem processados na justiça por suas
acusações infundadas. Não se respeita a presunção de inocência neste caso,
enquanto isto não se faz na Austrália, não se faz em Portugal. O caso tem um
ângulo espetacular, o líder rebelde atraente, a amante... outro ângulo mais
difícil é ver quem apoiou Reinado nestes dois últimos anos, certamente não a
sua namorada dos últimos dois meses."

Quanto a evidências de participação da Austrália, Indonésia ou Portugal na
sequência de eventos, Mark Davis foi categórico.

"Parece ser um fenômeno timorense: culpar algum outro país mesmo quando é
muito claro que o problema é interno. Timor não é mais uma nação ocupada.
São rebeldes timorenses lidando com situações criadas por lideranças
timorenses. Timor é independente, há que assumir, adonar-se da sua
independência."

"Não digo que não haja interferência, mas somente se pode falar disso quando
alguém colocar evidências na mesa. Há apoio indonésio, não do governo,
acredito, mas há ligações familiares com o Timor Ocidental, rancores
antigos, as conexões existem", esclarece o jornalista

Quanto ao retorno do presidente Ramos-Horta a Díli nesta quinta-feira, Mark
Davis acredita que ele não corre nenhum risco.

"Não, claro que não. Será uma volta tumultuada mas o presidente retorna
triunfante. Ele é uma figura altamente unificadora do país, que tem muita
sorte de que ele tenha escapado desta com vida."

"Quanto a Reinado, ironicamente a sua morte carrega consigo muitos dos
problemas de Timor. Seus companheiros reconhecem que ele foi um idiota em
voltar a Díli, em certo sentido ele criou o problema, quando a solução já
estava chegando. Mas ele tinha acusações de assassinatos, ele era o
desesperado do grupo, ele foi deixado no limbo, os outros não."

Acompanhe a entrevista na íntegra, em inglês, clicando aqui abaixo.

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Feira do Livro Português 2008

EMBAIXADA DE PORTUGAL EM DÍLI
Informação


A Embaixada de Portugal em Díli tem o prazer de informar que decorrerá, entre os dias 19 e 30 de Abril, no edifício adjacente ao Ministério da Educação, a Feira do Livro em Português, uma iniciativa conjunta organizada pela Embaixada de Portugal em Díli, pelo Ministério da Educação de Timor-Leste, pelo IPAD - Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento e pelo ICA – Instituto Camões, em colaboração com a Embaixada do Brasil, a RTP - Rádio e Televisão Portuguesa, a UNTL, Universidade Nacional de Timor Lorosa’e e o Arquivo e Museu da Resistência Timorense.

A Feira do Livro em Português conta igualmente com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, da Timor Telecom, da ENSUL, do Hotel Timor, da Fundação Oriente, da Fundação Mário Soares e da Timor MegaTours.

Para além da exposição e venda de livros, que decorre da parte da tarde, entre as 14h00 e as 18h00, a Feira do Livro em Português integra uma série de iniciativas, conforme consta do programa que se anexa para consulta.

Votos de boa leitura!



FEIRA DO LIVRO – Actividades

Horário Geral de Funcionamento: 9h-18h

DIA 19 – Sábado

10h30 – Cerimónia oficial de Abertura
• Grupo de Dança e Musica Kakusan Camea;
• Actuação Musical de Sandrina Azóia
14h Abertura ao Publico
16h – Conferência e Apresentação do livro:Requiem para um Navegador Solitário
Autor: Luís Cardoso
Local: Salão da Feira


DIA 20 – Domingo

9h – Abertura

10h – Actuação da Escola Portuguesa

14h Abertura ao Publico

14h30 – Actuação Musica - Arte Moris
Local: Salão da Feira

16h – Conferência e apresentação do livro: Timor na 2ª Guerra Mundial: As crónicas do Tenente Pires
Autor: Prof. Doutor António Monteiro Cardoso
DIA 21 – Segunda

Das 9h às 12h – Actividades permanentes destinadas às Escolas

14h Abertura ao Publico

14h30 – Actuação do Grupo Foin Sa`e Culau
Local: Salão da Feira

16h – Conferência e Apresentação do livro: Timor – Leste, interesses Internacionais e actores locais
Autor: Prof. Doutor António Barbedo de Magalhães
Local: Auditório no Liceu Francisco Machado, UNTL

DIA 22 – Terça

Das 9h às 12h – Actividades permanentes destinadas às Escolas

14h Abertura ao Publico

14h30 – Actuação do Grupo Musical Bemori
Local: Salão da Feira

16h – Conferência e Apresentação do livro Madre Cacau
Autor: Pedro Rosa Mendes
Participante Especial: Luís Cardoso

DIA 23 – Quarta

Das 9h às 12h – Actividades permanentes destinadas às Escolas (ver *)

14h Abertura ao Publico

14h30 – Actuação do Grupo Musical Remack Stick
Local: Salão da Feira

15H – Videoconferência com o escritor João Pedro Méssender
Local: Banco Mundial

16h – Conferência Timor – Leste, que futuro? Participantes: Luís Cardoso, António Monteiro Cardoso, AntónioBarbedo de Magalhães, Pedro Rosa Mendes e Abe Barreto
Local: Auditório do Liceu Francisco Machado, UNTL


Actividades Permanentes

• Rádio (Rádio Difusão Portuguesa, “Conversas em Português”);
• Exposição de Fotografia “Detalhes” da autoria de Nelson Turquel;
• Cyber Café (Timor Telecom);
• Balcão do Banco BNU;
• Banca Etimológica (3 palavras por dia em placard).


(*) Visita das Escolas – dias 21, 22 e 23 de Abril
1º turno: das 9h às 10h15
2º turno: das 10h30 às 12h


Ø No local da Feira do Livro
• Visita geral à Feira;
• Hora do Conto (vários colaboradores);
• Atelier de Expressão Plástica (Coordenador: Rui Menezes);
• Atelier de Ilustração de Histórias (Coordenadora: Rute Grilo).

Ø Visita ao Museu da Resistência Programa sujeito a eventuais alterações

AFP - Rebel East Timor soldiers denied trying to assassinate the country's top

Rebels deny planning to assassinate ETimor leaders

Time is GMT + 8 hours
Posted: 16-Apr-2008 16:03 hrs

East Timor's Prime Minister Xanana Gusmao (C) receives a rifle from rebels during a ceremony in Dili in March. Four rebel soldiers sought over the coordinated attacks against East Timor's leaders surrendered. Rebel East Timor soldiers denied trying to assassinate the country's top leaders in February and insisted they were fired upon first, in interviews with Australian television.

Rebel East Timor soldiers denied trying to assassinate the country's top leaders in February and insisted they were fired upon first, in interviews with Australian television to be aired Wednesday.
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The rebels told SBS television they were not under orders to kill anyone ahead of clashes with government troops guarding President Jose Ramos-Horta's home and Prime Minister Xanana Gusmao's motorcade on February 11.
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Ramos-Horta was critically wounded, while rebel leader Alfredo Reinado was fatally shot during the firefight at the president's compound on the outskirts of Dili. Gusmao escaped injury.
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Reinado's right-hand man, Gustao Salsinha, said that when his leader roused the rebels on the night before the attack, he was "drunk, stressed and angry," apparently because an amnesty offer had fallen through.
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He said Reinado told his men they were going from their base in the hills outside Dili to the capital to meet East Timor's leaders but mentioned nothing about an attack.
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"He had no special instructions that we were going to kill anyone or take up arms or anything like that.... (He said) 'I'm going down to Dili to meet the leaders, the prime minister and the president,'" Salsinha told SBS's "Dateline" programme in a phone interview from his base.
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"We couldn't argue with him because of the military code. When the leader speaks, we follow."
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Salsinha was sent to Gusmao's house while another rebel, codenamed "Teboko," was involved in the attack on Ramos-Horta's compound.
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Teboko told SBS the rebels thought they were going to a pre-arranged meeting and that Reinado greeted Ramos-Horta's guards as he entered the compound, telling them: "It's OK, no problem, we just want to talk to the president."
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Teboko said Ramos-Horta's guard shot first, killing Reinado and another rebel before "we tried to save ourselves and run away."
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Salsinha said he would consider surrendering himself to authorities when Ramos-Horta, 58, returns to East Timor on Thursday after receiving two months of medical treatment in Australia for multiple gunshot wounds.
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"I'm waiting for the president to come down and say one or two words and after that we can come down," he said.
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A spokesman for Ramos-Horta said doctors in Australia had given the Nobel peace laureate the all-clear to return home to Dili on Thursday, where he is expected to receive a hero's welcome.
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"He is fine, he has recovered very well. The doctors are allowing him to go home," a spokesman for the president told Australian Associated Press.
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The rebels are mainly former soldiers who deserted in 2006, complaining they were being discriminated against since they hailed from the nation's western districts.
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Earlier this week, Ramos-Horta revealed in a commentary his suspicions that "external elements" were behind the attack.
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"An investigation has been ongoing, and there is increasing evidence pointing a finger at external elements that were supporting the renegade Alfredo Reinado," he wrote in the article published on CNN's website.
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"These are elements interested in destabilising East Timor, plunging it into an endless civil war so it could be declared a failed state." — AFP

Rebel East Timor soldiers denied trying to assassinate the country's top leaders in February and insisted they were fired upon first, in interviews with Australian television to be aired Wednesday.
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The rebels told SBS television they were not under orders to kill anyone ahead of clashes with government troops guarding President Jose Ramos-Horta's home and Prime Minister Xanana Gusmao's motorcade on February 11.
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Ramos-Horta was critically wounded, while rebel leader Alfredo Reinado was fatally shot during the firefight at the president's compound on the outskirts of Dili. Gusmao escaped injury.
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Reinado's right-hand man, Gustao Salsinha, said that when his leader roused the rebels on the night before the attack, he was "drunk, stressed and angry," apparently because an amnesty offer had fallen through.
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He said Reinado told his men they were going from their base in the hills outside Dili to the capital to meet East Timor's leaders but mentioned nothing about an attack.
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"He had no special instructions that we were going to kill anyone or take up arms or anything like that.... (He said) 'I'm going down to Dili to meet the leaders, the prime minister and the president,'" Salsinha told SBS's "Dateline" programme in a phone interview from his base.
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"We couldn't argue with him because of the military code. When the leader speaks, we follow."
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Salsinha was sent to Gusmao's house while another rebel, codenamed "Teboko," was involved in the attack on Ramos-Horta's compound.
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Teboko told SBS the rebels thought they were going to a pre-arranged meeting and that Reinado greeted Ramos-Horta's guards as he entered the compound, telling them: "It's OK, no problem, we just want to talk to the president."
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Teboko said Ramos-Horta's guard shot first, killing Reinado and another rebel before "we tried to save ourselves and run away."
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Salsinha said he would consider surrendering himself to authorities when Ramos-Horta, 58, returns to East Timor on Thursday after receiving two months of medical treatment in Australia for multiple gunshot wounds.
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"I'm waiting for the president to come down and say one or two words and after that we can come down," he said.
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A spokesman for Ramos-Horta said doctors in Australia had given the Nobel peace laureate the all-clear to return home to Dili on Thursday, where he is expected to receive a hero's welcome.
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"He is fine, he has recovered very well. The doctors are allowing him to go home," a spokesman for the president told Australian Associated Press.
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The rebels are mainly former soldiers who deserted in 2006, complaining they were being discriminated against since they hailed from the nation's western districts.
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Earlier this week, Ramos-Horta revealed in a commentary his suspicions that "external elements" were behind the attack.
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"An investigation has been ongoing, and there is increasing evidence pointing a finger at external elements that were supporting the renegade Alfredo Reinado," he wrote in the article published on CNN's website.
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"These are elements interested in destabilising East Timor, plunging it into an endless civil war so it could be declared a failed state." — AFP
Rebel East Timor soldiers denied trying to assassinate the country's top leaders in February and insisted they were fired upon first, in interviews with Australian television to be aired Wednesday.
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The rebels told SBS television they were not under orders to kill anyone ahead of clashes with government troops guarding President Jose Ramos-Horta's home and Prime Minister Xanana Gusmao's motorcade on February 11.
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Ramos-Horta was critically wounded, while rebel leader Alfredo Reinado was fatally shot during the firefight at the president's compound on the outskirts of Dili. Gusmao escaped injury.
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Reinado's right-hand man, Gustao Salsinha, said that when his leader roused the rebels on the night before the attack, he was "drunk, stressed and angry," apparently because an amnesty offer had fallen through.
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He said Reinado told his men they were going from their base in the hills outside Dili to the capital to meet East Timor's leaders but mentioned nothing about an attack.
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"He had no special instructions that we were going to kill anyone or take up arms or anything like that.... (He said) 'I'm going down to Dili to meet the leaders, the prime minister and the president,'" Salsinha told SBS's "Dateline" programme in a phone interview from his base.
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"We couldn't argue with him because of the military code. When the leader speaks, we follow."
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Salsinha was sent to Gusmao's house while another rebel, codenamed "Teboko," was involved in the attack on Ramos-Horta's compound.
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Teboko told SBS the rebels thought they were going to a pre-arranged meeting and that Reinado greeted Ramos-Horta's guards as he entered the compound, telling them: "It's OK, no problem, we just want to talk to the president."
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Teboko said Ramos-Horta's guard shot first, killing Reinado and another rebel before "we tried to save ourselves and run away."
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Salsinha said he would consider surrendering himself to authorities when Ramos-Horta, 58, returns to East Timor on Thursday after receiving two months of medical treatment in Australia for multiple gunshot wounds.
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"I'm waiting for the president to come down and say one or two words and after that we can come down," he said.
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A spokesman for Ramos-Horta said doctors in Australia had given the Nobel peace laureate the all-clear to return home to Dili on Thursday, where he is expected to receive a hero's welcome.
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"He is fine, he has recovered very well. The doctors are allowing him to go home," a spokesman for the president told Australian Associated Press.
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The rebels are mainly former soldiers who deserted in 2006, complaining they were being discriminated against since they hailed from the nation's western districts.
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Earlier this week, Ramos-Horta revealed in a commentary his suspicions that "external elements" were behind the attack.
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"An investigation has been ongoing, and there is increasing evidence pointing a finger at external elements that were supporting the renegade Alfredo Reinado," he wrote in the article published on CNN's website.
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"These are elements interested in destabilising East Timor, plunging it into an endless civil war so it could be declared a failed state." — AFP
Rebel East Timor soldiers denied trying to assassinate the country's top leaders in February and insisted they were fired upon first, in interviews with Australian television to be aired Wednesday.
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The rebels told SBS television they were not under orders to kill anyone ahead of clashes with government troops guarding President Jose Ramos-Horta's home and Prime Minister Xanana Gusmao's motorcade on February 11.
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Ramos-Horta was critically wounded, while rebel leader Alfredo Reinado was fatally shot during the firefight at the president's compound on the outskirts of Dili. Gusmao escaped injury.
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Reinado's right-hand man, Gustao Salsinha, said that when his leader roused the rebels on the night before the attack, he was "drunk, stressed and angry," apparently because an amnesty offer had fallen through.
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He said Reinado told his men they were going from their base in the hills outside Dili to the capital to meet East Timor's leaders but mentioned nothing about an attack.
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"He had no special instructions that we were going to kill anyone or take up arms or anything like that.... (He said) 'I'm going down to Dili to meet the leaders, the prime minister and the president,'" Salsinha told SBS's "Dateline" programme in a phone interview from his base.
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"We couldn't argue with him because of the military code. When the leader speaks, we follow."
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Salsinha was sent to Gusmao's house while another rebel, codenamed "Teboko," was involved in the attack on Ramos-Horta's compound.
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Teboko told SBS the rebels thought they were going to a pre-arranged meeting and that Reinado greeted Ramos-Horta's guards as he entered the compound, telling them: "It's OK, no problem, we just want to talk to the president."
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Teboko said Ramos-Horta's guard shot first, killing Reinado and another rebel before "we tried to save ourselves and run away."
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Salsinha said he would consider surrendering himself to authorities when Ramos-Horta, 58, returns to East Timor on Thursday after receiving two months of medical treatment in Australia for multiple gunshot wounds.
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"I'm waiting for the president to come down and say one or two words and after that we can come down," he said.
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A spokesman for Ramos-Horta said doctors in Australia had given the Nobel peace laureate the all-clear to return home to Dili on Thursday, where he is expected to receive a hero's welcome.
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"He is fine, he has recovered very well. The doctors are allowing him to go home," a spokesman for the president told Australian Associated Press.
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The rebels are mainly former soldiers who deserted in 2006, complaining they were being discriminated against since they hailed from the nation's western districts.
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Earlier this week, Ramos-Horta revealed in a commentary his suspicions that "external elements" were behind the attack.
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"An investigation has been ongoing, and there is increasing evidence pointing a finger at external elements that were supporting the renegade Alfredo Reinado," he wrote in the article published on CNN's website.
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"These are elements interested in destabilising East Timor, plunging it into an endless civil war so it could be declared a failed state." — AFP

Tradução:

AFP – Soldados amotinados de Timor-Leste negam tentativa de assassinar os líderes de topo do país

Amotinados negam plano para assassinar líderes de Timor-Leste

Tempo é GMT + 8 horas
Postado: 16-Abr-2008 16:03 hrs

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste Xanana Gusmão (C) recebe uma espingarda de amotinados durante uma cerimónia em Dili em Março. Quatro soldados amotinados procurados pelos ataques coordenados contra líderes de Timor-Leste cercados. Soldados amotinados de Timor-Leste negaram ter tentado assassinar os líderes de topo em Fevereiro e insistiram que foram baleados primeiro, em entrevistas à televisão Australiana.

Soldados amotinados de Timor-Leste negaram ter tentado assassinar os líderes de topo do país em Fevereiro e insistiram que foram baleados primeiro, em entrevistas com a televisão Australiana que vão para o ar na Quarta-feira.
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Os amotinados disseram à televisão SBS que não estavam sob ordens de matar ninguém antes do confronto com tropas do governo que guardavam a casa do Presidente José Ramos-Horta e a caravana do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão em 11 de Fevereiro.
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Ramos-Horta ficou ferido com gravidade, enquanto o líder amotinado Alfredo Reinado foi morto a tiro durante o tiroteio no complexo do presidente nos subúrbios de Dili. Gusmão escapou ileso.
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O homem de mão de Reinado, Gastão Salsinha, disse que quando o seu líder chamou os amotinados na noite anterior antes do ataque, estava "bêbado, estressado e zangado," aparentemente porque uma amnistia tinha falhado.
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Disse que Reinado contou aos seus homens que iam desde a sua base nos montes no exterior de Dili até à capital para se encontrarem com os líderes de Timor-Leste mas nada mencionou acerca de um ataque.
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"Não deu nenhuma instrução especial que íamos matar alguém ou pegar em armas, nada desse tipo.... (Ele disse) 'Vou descer a Dili para me encontrar com os líderes, o primeiro-ministro e o presidente,'" disse Salsinha ao programa "Dateline" da SBS numa entrevista telefónica desde a sua base.
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"Não podíamos argumentar com ele por causa do código militar. Quando o líder fala, nós seguimos."
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Salsinha foi enviado para casa de Gusmão enquanto um outro amotinado, com o nome de código "Teboko," esteve envolvido no ataque ao complexo de Ramos-Horta.
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Teboko contou à SBS que os amotinados pensavam que iam para um encontro pré-arranjado e que Reinado saudou os guardas de Ramos-Horta quando entraram no complexo, dizendo-lhes: "Está OK, não há problema, apenas queremos falar com o presidente."
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Teboko disse que o guarda de Ramos-Horta disparou primeiro, matando Reinado e um outro amotinado antes "de tentar safarmos a nós próprios e fugir."
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Salsinha disse que considerará render-se às autoridades quando Ramos-Horta, de 58 anos, regressar a Timor-Leste na Quinta-feira depois de ter recebido tratamento médico durante dois meses na Austrália por múltiplas feridas de balas.
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"Estou à espera que o presidente chegue e diga uma ou duas palavras e depois podemos descer," disse ele.
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Um porta-voz de Ramos-Horta disse que os médicos na Austrália tinham dado alta ao laureado do Nobel da paz para voltar a casa para Dili na Quinta-feira, onde é esperado que tenha uma recepção de herói.
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"Ele está bem, ele recuperou muito bem. Os médicos autorizaram-no a ir para casa," contou um porta-voz do presidente à Australian Associated Press.
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Os amotinados são principalmente antigos soldados que desertaram em 2006, queixando-se que estavam a ser discriminados por serem dos distritos do oeste do país.
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No princípio desta semana, Ramos-Horta revelou num comentário as suas suspeitas de "elementos externos" estarem por detrás do ataque.
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"está em curso uma investigação, e há crescente evidência a apontar um dedo a elementos externos que estavam a suportar o renegado Alfredo Reinado," escreveu num artigo publicado no website da CNN.
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"Esses são elementos interessados em desestabilizar Timor-Leste, mergulhando-o numa guerra civil sem fim para que possa ser declarado um Estado falhado." — AFP

Timor rebels deny assassination plot; Troops fired first, says Reinado aide

The Age
April 16, 2008

Lindsay Murdoch, Dili


REBELS who attacked East Timor's top two political leaders had no instructions to kill them but had been ordered to Dili by their leader, Alfredo Reinado, for prearranged meetings, two rebels say.

Gastao Salsinha, the leader of a group of rebels being hunted in East Timor's mountains, says Reinado was "drunk and angry" when he called his men together at 9.30 the night before the attacks and told them he was taking them to Dili for meetings with President Jose Ramos Horta and Prime Minister Xanana Gusmao.

"He did not have special instructions that we were going to kill anyone or take up arms or anything like that," Salsinha says in an interview with SBS's Dateline program, which goes to air tonight.

The Dateline program indicates that Reinado had been enraged because he thought an offer of amnesty was slipping away from him.

Another rebel, codenamed Teboko, told Dateline that none of the rebels was prepared for a fight.

He said he was one of 10 rebels who went to Mr Ramos Horta's house on Dili's outskirts where Reinado and one of his men were shot dead shortly after dawn on February 11. "We had an appointment with the President," Teboko said, but he admitted to Dateline that they disarmed the guards at the President's front gate.

"We just came inside and Alfredo just said to them, 'Hello, good morning. It's OK. No problem.
We just want to talk with the President'."

Teboko said Timorese soldiers inside the house compound fired first. He said he saw that Reinado was dead "so we tried to save ourselves and ran way".

An investigation has established that the soldier guard who shot Reinado stalked him in the President's compound before firing his machine-gun.

Mr Ramos Horta was shot and seriously wounded when he returned to the house from a morning walk after being told a gun battle had erupted there.

In a telephone interview from the mountains, Salsinha said he would surrender after Mr Ramos Horta returned to Dili tomorrow from Darwin, where he has been recovering.

He said that the day before the attacks Reinado had been drinking wine with his Timorese-born Australian lover Angelita Pires, who he said was the only person Reinado listened to. "Major Alfredo never listened to us. He listened exclusively to Angelita," he said.

But Ms Pires, who grew up in Darwin, told Dateline she did not influence Reinado to harm anybody.

"You know, I've planned a future with this man, so obviously it's crazy," she said.

Ms Pires, who is politically well connected in Dili, denied Reinado was drunk when she left him late in the afternoon before the attacks to return to Dili. She said she drank only tea with him.

Both Salsinha and Ms Pires confirmed that a group of men met Reinado at a mountain camp near the town of Gleno the evening before the attacks.

At least one of them was from a group called MUNJ

- the Movement for National Unity and Justice - which had been acting as an intermediary in negotiations to try to persuade Reinado to surrender.

In Darwin, Mr Ramos Horta told CNN there was "increasing evidence pointing a finger at external elements" that were supporting Reinado.

"These are elements interested in destabilising East Timor, plunging it into an endless civil war so it could be declared a failed state," he said.


Tradução:

Amotinados de Timor negam conspiração de assassínio; Tropas dispararam primeiro, diz ajudante de Reinado

The Age
Abril 16, 2008

Lindsay Murdoch, Dili

Os amotinados que atacaram os dois líderes políticos de topo de Timor-Leste não tinham nenhuma instrução para os matar mas tinham recebido ordens do seu líder, Alfredo Reinado, para virem a Dili para encontros pré-arranjados, dizem dois amotinados.

Gastão Salsinha, o líder dum grupo de amotinados que está a ser procurado nas montanhas de Timor-Leste, diz que Reinado estava "bêbado e zangado" quando juntou os seus homens às 9.30 na noite antes dos ataques e lhes disse que os levava para Dili para encontros com o Presidente José Ramos Horta e o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.

"ele não deu instruções especiais que íamos matar alguém ou pegar em armas, ou nada como isso," diz Salsinha numa entrevista ao programa da SBS, Dateline, que vai para o ar hoje à noite.

O programa Dateline indica que Reinado tinha estado enfurecido porque pensava que uma oferta de amnistia estava a fugir-lhe.

Um outro amotinado, de nome de código Teboko, contou ao Dateline que nenhum dos amotinados estava preparado para uma luta.

Ele disse que era um dos 10 amotinados que foram à casa do Sr Ramos Horta nos subúrbios de Dili onde Reinado e um dos seus homens foram mortos a tiro pouco depois de ter nascido o dia em 11 de Fevereiro. "Tínhamos um encontro marcado com o Presidente," disse Teboko, mas admitiu ao Dateline que tinham desarmado os guardas no portão da frente do Presidente.

"Tínhamos acabado de entrar para dentro e Alfredo apenas lhes disse, 'Hello, bom dia. Está OK. Não há problema. Apenas queremos falar com o Presidente'."

Teboko disse que soldados Timorenses no interior do complexo da casa dispararam primeiro. Disse que viu que Reinado estava morto "assim tentámos salvarmos a nós próprios e fugimos ".

Uma investigação estabeleceu que o guarda soldado que disparou contra Reinado seguiu-o no complexo do Presidente antes de abrir fogo .

O Sr Ramos Horta foi baleado e ferido com gravidade quando regressou para a casa dum passeio matinal depois de lhe terem dito que tinha irrompido um tiroteio lá.

Numa entrevista telefónica desde as montanhas, Salsinha disse que se entregará depois do Sr Ramos Horta regressar a Dili amanhã de Darwin, onde tem estado a recuperar.

Ele disse que na véspera dos ataques Reinado tinha estado a beber vinho com a sua amante Australiana, Timorense por nascimento Angelita Pires, que era disse ele a única pessoa a quem Reinado ouvia. "O Major Alfredo nunca nos ouvia. Ele ouvia exclusivamente a Angelita," disse ele.

Mas a Srª Pires, que cresceu em Darwin, contou ao Dateline que não influenciava Reinado para fazer mal a alguém.

"Sabe, tinha planeado um futuro com este homem, por isso é obviamente uma loucura isso," disse ela.

A Srª Pires, que está bem conectada politicamente em Dili, negou que Reinado estivesse bêbado quando o deixou no fim da tarde antes dos ataques para regressar a Dili. Ela disse que apenas bebeu chá com ele.

Ambos Salsinha e a Srª Pires confirmaram que um grupo de homens se encontrou com Reinado num acampamento da montanha perto da cidade de Gleno na noite antes dos ataques.

Pelo menos um deles era dum grupo chamado MUNJ

- o Movimento para a Unidade Nacional e Justiça – que tem estado a actuar como intermediário em negociações para tentar persuadir Reinado a render-se.

Em Darwin, o Sr Ramos Horta disse à CNN que havia "crescente evidência a apontar um dedo a elementos externos" que estavam a suportar Reinado.

"Esses são elementos interessados em desestabilizar Timor-Leste, mergulhando-o numa guerra civil sem fim para que possa ser declarado um Estado falhado," disse ele.

Dateline exclusive: We didn't shoot first, rebels say

Associates of East Timor's former rebel leader Alfredo Reinado, who were involved in an attack on the country's top political leaders, say they never had orders to kill them and claim they were shot at first.

In an exclusive interview with SBS's
http://news.sbs.com.au/dateline

Dateline program Gastao Salsinha, once deputy to Reinado and now rebel leader, told journalist Mark Davis that, contrary to reports, the alleged attacks were not assassination attempts.

On February 11 this year Reinado and his followers left their mountain hide-out and came to President Jose Ramos-Horta's home in Dili. A fire-fight that ensued left the president seriously wounded and the rebel leader dead.

Prime Minister Xanana Gusmao was confronted in a separate but related incident. He escaped unharmed.

Salsinha claims he was sent to Mr Gusmao's residence on that morning, but not to attack the Prime Minister.

"Major Alfredo Reinado did not say we were going to capture Xanana, the prime minister, or to kill him. He didn't say. He only said that we should go to the Prime Minister's place," Salsinha told Dateline.

He said the rebel leader's order was not clear.

"At 9:30 (the night before) Major Alfredo came to our place. He came drunk and told me to prepare the soldiers to go to Dili. That is what he said but he had no special instructions that we were going to kill anyone or take up arms," Salsinha said.

"When we were at the back of the prime minister's house we didn't shoot one bullet to the house or to the prime minister," he said.

It's believed that Reinado was angry that Mr Ramos-Horta had apparently backed away from an amnesty for rebel soldiers and he wanted to confront the leader.

Another rebel, known as Teboko, says the order from Reinado was not to attack. Teboko was sent to President Ramos-Horta's residence on February 11.

He told they went for an "appointment" with the president and said the rebels did not fire the first shot.

"As we know it was the FDTL that shoot us first, and killed Major Alfredo and the member Leopoldino," Teboko told.

While recovering from his shooting injuries in Australia Mr Ramos-Horta blamed Reinado's girlfriend, Angelita Pires, for influencing the rebel leader's actions.

In her first interview since the shooting, Pires told SBS she had nothing to do with the attacks and that she now fears for her life. She remains a "person of interest" to police.

She denies allegations that she manipulated Reinado and said that the rebel leader looked forward to being pardoned.

"Well I think he was a decent person," she told Dateline. "I think he had the right intentions … but I don't know him in a military sense, I don't know what occurred," she said in reference to the February 11 attacks.

Salsinha is on the run and is still wanted by East Timorese police. But he says he will surrender to President Ramos-Horta, who is due to leave Australia this week to return to East Timor.

"I'm waiting for the president to come and say one or two words and after that we can come down," he said. "If we surrender early this government could condemn us and could take us to prison."

Dateline's Mark Davis investigates 'The shooting of Jose Ramos Horta' Wednesday April 16 at 8:30pm

Source: SBS

Tradução:

Exclusivo do Dateline: não disparámos primeiro, diz amotinado

Associados do antigo líder amotinado de Timor-Leste Alfredo Reinado, que estiveram envolvidos num ataque aos líderes políticos de topo do país, dizem que nunca tiveram ordens para os matar e afirmam que foram baleados primeiro.

Numa entrevista exclusiva com a SBS
http://news.sbs.com.au/dateline

No programa Dateline Gastão Salsinha, que foi o vice de Reinado e é agora líder dos amotinados, disse ao jornalista Mark Davis que, ao contrário das notícias, os alegados ataques não foram tentativas de assassínio.

Em 11 de Fevereiro deste ano Reinado e os seus seguidores deixaram os seus esconderijos na montanha e vieram para casa do Presidente José Ramos-Horta em Dili. Um tiroteio que se seguiu deixou o presidente ferido com gravidade e o líder amotinado morto.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão foi confrontado num incidente separado mas relacionado. Escapou ileso.

Salsinha afirma que foi mandado para a residência do Sr Gusmão nessa manhã, mas não para atacar o Primeiro-Ministro.

"O Major Alfredo Reinado não disse que íamos capturar Xanana, o primeiro-ministro, ou matá-lo. Ele não disse isso. Disse apenas que devíamos ir a casa do Primeiro-Ministro," disse Salsinha ao Dateline.

Disse que a ordem do líder amotinado não foi clara.

"às 9:30 (na noite antes) o Major Alfredo veio ao nosso local. Ele vinha bêbado e disse-me para preparar os soldados para irem para Dili. Foi isso que ele disse mas não tinha nenhuma instrução especial que íamos matar alguém ou pegar armas," disse Salsinha.

"Quando estávamos nas traseiras da casa do primeiro-ministro não disparámos uma bala para a casa ou para o primeiro-ministro," disse ele.

Acredita-se que Reinado estava zangado porque o Sr Ramos-Horta tinha aparentemente recuado duma amnistia para os soldados amotinados e queria confrontar o líder.

Um outro amotinado, conhecido como Teboko, diz que a ordem de Reinado não era para atacar. Teboko foi mandado para a residência do Presidente Ramos-Horta em 11 de Fevereiro.

Ele disse que foram para um "encontro marcado" com o presidente e disse que os amotinados não dispararam o primeiro tiro.

"Como sabemos foram as FDTL quem dispararam primeiro, e mataram o Major Alfredo e o membro Leopoldino," disse Teboko.

Enquanto recuperava das feridas dos tiros na Austrália o Sr Ramos-Horta acusou a namorada de Reinado', Angelita Pires, de influenciar as acções do líder amotinado.

Na sua primeira entrevista desde o tiroteio, Pires disse à SBS que não teve nada a ver com os ataques e que agora receia pela sua vida. Permanece uma "pessoa de interesse" para a polícia.

Ela nega alegações de ter manipulado Reinado e disse que o líder amotinado esperava ser perdoado.

"Bem, penso que era uma pessoa decente," disse à Dateline. "Penso que tinha intenções certas … mas não o conheço no sentido militar, não sei o que ocorreu," disse ela numa referência aos ataques de 11 de Fevereiro.

Salsinha anda foragido é é ainda procurado pela polícia Timorense. Mas diz que se renderá ao Presidente Ramos-Horta, que deve partir da Austrália esta semana e regressar a Timor-Leste.

"Estou à espera que o presidente venha e diga uma ou duas palavras e depois disso nós descemos," disse. "Se nos rendermos antes este governo pode condenar-nos e pode por-nos na prisão."

Mark Davis do Dateline investiga 'Os tiros contra José Ramos Horta' Quarta-feira Abril 16 às 8:30pm

Fonte: SBS

Reinado's 47 calls to Australia

Sydney Morning Herald

Lindsay Murdoch in Dili April 15, 2008

THE rebel leader Alfredo Reinado was involved in 47 telephone calls to or from Australia in the hours before he was shot dead at the home of East Timor's President, Jose Ramos-Horta, investigators have found.

Authorities in Dili want Australian agencies to tell them the names of the telephone subscribers as they focus their inquiries on calls Reinado and his men made before and after the attacks in Dili on February 11.

They also want Australian intelligence agencies to send them any telephone conversations they recorded that relate to the attacks on Mr Ramos-Horta and East Timor's Prime Minister, Xanana Gusmao.

East Timor's Prosecutor-General, Longuinhos Monteiro, who is in charge of the investigation, told the Herald yesterday he had been unable to establish the identities of the subscribers in Australia.

Earlier, he told East Timor's Parliament he had asked the Rudd Government to sign a memorandum of understanding so authorities in Australia could pass information to him.

He said he was finding the investigation into the calls "difficult", partly because East Timor's Portuguese-design telephone system had been "unhelpful".

"I don't know Australia's system … I think it would be good," he said.

Asked about the request, a spokesman for the Attorney-General, Robert McClelland, said that "as a matter of practice we don't comment when we have received requests for information in criminal matters from other countries".

For more than 12 months Reinado had been hunted or closely monitored by Australian soldiers in East Timor, including elite SAS commandos.

During telephone conversations with journalists Reinado, who was trained by the Australian military, often said he was certain his telephone was being tapped and his conversations recorded in Australia.

A Portuguese magazine journalist, Felicia Cabrita, claims to have obtained details of calls made around the time of the attacks by the key people involved. One call, she said, was made by one of Reinado's men, Assanku, to Albino Assis, one of the soldiers providing security at Mr Ramos-Horta's house.

Asked about the call last week, Mr Ramos-Horta told the Herald he did not believe Mr Assis betrayed him.

Cabrita said also that telephone records showed that until February 28 - two weeks after the attacks - Reinado's co-commander, Gastao Salsinha, and a Timorese Australian woman, Angelita Pires, were in contact with soldiers who killed Reinado.

Ms Pires has admitted she was Reinado's lover but has denied accusations she influenced him in the lead-up to the attacks.

Salsinha is on the run in East Timor's mountains.

Mr Monteiro told Parliament his investigation had identified some people who had influenced Reinado's actions. But he declined to name them.

Rumours are rife in Dili about who they are.

Mr Ramos-Horta is expected to return to a hero's welcome in Dili on Thursday after recovering in Darwin from serious gunshot wounds.

Tradução:

As 47 chamadas de Reinado para a Austrália

Sydney Morning Herald

Lindsay Murdoch em Dili Abril 15, 2008

O líder amotinado Alfredo Reinado esteve envolvido em 47 chamadas telefónicas para ou da Austrália nas horas antes de ser morto a tiro na casa do Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, descobriram os investigadores.

As autoridades em Dili querem que as agências Australianas lhes digam os nomes dos assinantes dos telefones dado que focam o seu inquérito nas chamadas que Reinado e os seus homens fizeram antes e depois dos ataques em Dili em 11 de Fevereiro.

Querem ainda que agências de serviços de informações Australianas lhes enviem as conversas telefónicas que gravaram relacionadas com os ataques ao Sr Ramos-Horta e ao Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão.

O Procurador-Geral de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, que tem a responsabilidade da investigação, disse ontem ao Herald que não conseguiu estabelecer as identidades dos assinantes na Austrália.

Antes, ele contou no Parlamento de Timor-Leste que tinha pedido ao governo de Rudd para assinar um memorando de entendimento para que as autoridades na Austrália pudessem passar-lhe informações a ele.

Disse que estava a achar a investigação às chamadas "difícil", parcialmente porque o sistema de telefones de Timor-Leste de desenho Português não tinha "ajudado".

"Não conheço o sistema da Austrália … penso que deve ser bom," disse.

Perguntado sobre o pedido, um porta-voz do Procurador-Geral, Robert McClelland, disse que "como uma questão de prática não comentamos quando recebemos pedidos de informação em matérias criminais doutros países".

Durante mais de 12 meses Reinado tinha sido procurado ou monitorizado de perto por soldados Australianos em Timor-Leste, incluindo comandos de elite SAS.

Durante conversas telefónicas com jornalistas Reinado, que foi formado pelas forças militares Australianas, disse muitas vezes que tinha a certeza que o seu telefone estava a ser escutado e as suas conversas gravadas na Austrália.

Uma jornalista duma revista Portuguesa, Felicia Cabrita, afirma ter obtido detalhes de chamadas feitas por volta da altura dos ataques pelas pessoas envolvidas. Uma chamada, disse ela, foi feita por um dos homens de Reinado, Assanku, para Albino Assis, um dos soldados que prestava segurança em casa do Sr Ramos-Horta.

Perguntado acerca da chamada na semana passada, o Sr Ramos-Horta disse ao Herald que não acreditava que o Sr Assis o traísse.

Cabrita disse também que as gravações telefónicas mostravam que até 28 de Fevereiro - duas semanas depois dos ataques - que o co-comandante de Reinado, Gastão Salsinha, e uma mulher Timorense Australiana, Angelita Pires, estiveram em contacto com soldados que mataram Reinado.

A Srª Pires admitiu que foi amante de Reinado mas negou acusações de o influenciar antes dos ataques.

Salsinha anda foragido nas montanhas de Timor-Leste.

O Sr Monteiro disse no Parlamento que a sua investigação tinha identificado algumas pessoas que tinham influenciado as acções de Reinado. Mas declinou dar os nomes delas.

Correm rumores em Dili acerca de quem são.

Espera-se que no regresso o Sr Ramos-Horta tenha uma chegada de herói em Dili na Quinta-feira depois de ter recuperado em Darwin de ferimentos graves de balas.

Dos Leitores

h correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Indonésios implicados em Timor":

Antes de Reinado se passear "livremente pela capital indonésia", já se tinha passeado livremente em quase todos os distritos ocidentais de TL, com a célebre "guia de marcha" passada por Xanana, que também lhe pagou umas férias na pousada de Maubisse. Então só os indonésios é que são os maus da fita?

Ramos-Horta: “Regresso fisicamente preparado a 80/90 por cento. Emocionalmente, só posso dizer depois”

Entrevista ao Presidente de Timor-Leste
16.04.2008 - 22h49 Adelino Gomes

Ao chegar a Díli, José Ramos-Horta irá de imediato reassumir a chefia do Estado. Prioridade: o diálogo com os partidos no ponto em que se encontrava antes do atentado de 11 de Fevereiro – isto é, na exigência de eleições antecipadas, feita pela Fretilin. Revelações do presidente timorense ao PÚBLICO, numa entrevista por telefone, poucas horas antes da partida de Darwin para Díli.

Com que sentimentos, enquanto cidadão e presidente, regressa a Timor-Leste?

JOSÉ RAMOS-HORTA - Preparo o meu regresso com muita emoção. Saí de lá, há dois meses, entre a vida e a morte. Sei que, entretanto, dezenas de milhares de timorenses têm rezado por mim e que aguardam ansiosamente o meu regresso. Desde os bispos aos padres e madres, estudantes, população pobre e humilde, tenho recebido mensagens de simpatia e apoio. Regresso a um país que esteve em estado de choque.



Mas regressa também a um país onde persistem ainda sinais de insegurança...

Devo salientar uma nota extremamente encorajadora, porque positiva: depois da tentativa de assassinato da minha pessoa, ao contrário do que aconteceu em muitos países, que imediatamente caíram em guerra civil, as instituições do Estado em Timor-Leste continuaram a funcionar – ministérios, escolas, etc. O presidente do Parlamento assumiu as funções de Presidente interino e, por outro lado, as duas instituições de segurança – F-FDTL [Forças de Defesa] e a PNTL [Polícia Nacional] – estabeleceram um comando conjunto sob cujo comando foram lançadas operações que, só pelo seu impacto psicológico, levaram à rendição, já, de mais de dois terços dos homens do senhor Alfredo [Reinado] e do senhor Salsinha [que comandou a operação contra a comitiva do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e tomou a liderança do grupo rebelde, após a morte do primeiro, no ataque à residência de Ramos-Horta].



A verdade também, contudo, é que o sucessor de Reinado continua a monte e, por outro lado, não se avançou no esclarecimento sobre quem esteve por detrás dos ataques, havendo sinais de que estiveram envolvidas pessoas do lado indonésio e, talvez, australiano. As investigações correm muito lentamente.

Caso Gastão Salsinha: pelos que sabemos, neste momento não tem com ele mais de umas 12 pessoas, com não mais de umas oito, dez armas. Ele tem dito que aguarda pela minha chegada porque não se quer entregar a mais ninguém.



Vai chamá-lo, quando chegar, para que ele se entregue?

Se ele não tiver sido apanhado, entretanto, ou não se tiver entregado, direi em que condições ele se deve entregar e quando. Darei um prazo para que ele o faça. Não tem que o fazer directamente a mim; pode entregar-se a um padre, aos bispos. Será transportado depois para a Presidência e dali o Procurador-geral da República, o tribunal toma conta do resto.



E quanto à lentidão das investigações?

Não as acho tão lentas. Já recebi informações do Procurador-Geral da República e da comissão de investigação que o está a apoiar e eles dizem que o mais tardar em Julho têm o dossier completo. As informações que me deram tranquilizam-me quanto ao processo de investigação. Creio que é necessário agir com prudência. As investigações não devem ser apressadas. Tem que se ir ao fundo e apurar todos os envolvidos directa ou indirectamente, quer internos quer externos.



Chega a Díli dentro de poucas horas. O que é que pensa dizer ao povo e aos deputados?

Primeiro vou felicitar o Presidente interino [Fernando ‘Lasama’ de Araújo] pela dignidade e serenidade com que assumiu as rédeas do país. Felicitarei também os deputados e partidos políticos que têm sabido manter-se unidos, apesar de umas trocas de insinuações, e em particular o povo timorense. Os jovens, os gangues que se guerreavam, todos pararam. Não houve qualquer incidente desde a tentativa de assassinato. O povo timorense mostrou a sua maturidade. As pessoas ainda hoje não compreendem por que é que Ramos-Horta foi atingido, ele que era o que mais buscava o diálogo e por isso era até criticado por alguns que não entendiam a delicadeza da situação em Timor. Mas à medida que a investigação progride, começa a fazer sentido por que é que se tenta liquidar Ramos-Horta e Xanana Gusmão.



Qual é o sentido?

Liquidando Ramos-Horta e Xanana Gusmão o país pode entrar em caos e isso serve interesses estratégicos de certos interesses [Reinaldo e a sua amiga Angelita Pires detinham uma conta de um milhão de dólares na Austrália e há indicações de que elementos da linha dura do Kopassus, forças especiais militares indonésias, estiveram ligados aos atentados, declarou Horta à Lusa, pouco antes desta entrevista].



Os factores de insegurança persistem e o país parece tardar em seguir um rumo. De resto, informação dadas por si, precisamente, indicavam que era sua intenção dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas em 2009.

Não. Eu nunca dei tal informação. O que eu disse foi que, se os partidos com assento no parlamento concordassem todos com eleições antecipadas, que é uma exigência da Fretilin, obviamente que eu não ia opor-me. Não se dissolve o parlamento por dá cá aquela palha.



Qual é a sua medida prioritária, agora no regresso, para fazer com que o país entre na via da segurança e da prosperidade?

Vou continuar o diálogo, que corria tão bem antes da minha ida ao Brasil e que continua, após o regresso, ouvindo as lideranças da Fretilin e da AMP [Aliança para a Maioria Parlamentar, no poder] – pela primeira vez pus todos sentados à minha volta. A Fretilin agiu com muita moderação, felicitei-os pelo sentido de responsabilidade. A Fretilin queria um mecanismo que a envolvesse na resolução do caso do senhor Alfredo Reinaldo – está resolvido; no caso dos peticionários – o processo está em curso; no processo dos deslocados; na reforma do poder judicial, da defesa e segurança. São propostas construtivas, que apoiei. O único ponto controverso e que ainda está por acordar é a exigência de eleições antecipadas. Vou continuar o diálogo e tenho a certeza de que chegaremos a um consenso.



Vai retomar de imediato as suas funções?

Sim, assumo de imediato as minhas funções.



Sente-se física e psicologicamente preparado para tal?

Fisicamente estou preparado, eu diria, a 80/90 por cento. Ainda tenho dores persistentes, resultado dos nervos que foram afectados e que levam tempo a sarar. Emocionalmente, só posso dizer depois de regressar.

Timor-Leste admitido à União Inter-Parlamentar

Cidade do Cabo, África do Sul, 14 de Abril de 2008

O Parlamento Nacional de Timor-Leste foi esta segunda-feira, 14 de Abril, admitido à União Inter-Parlamentar (UIP), organização internacional que reúne parlamentos de 150 países de todo o mundo.

No início dos trabalhos da 118.ª assembleia da UIP, que está a decorrer na África do Sul, Timor-Leste foi formalmente admitido pelos membros da União.

No momento da entrada na organização, a chefe da delegação de Timor-Leste, a deputada Maria Terezinha Viegas, secretária da mesa do Parlamento Nacional, usou da palavra para assinalar a honra do país de ser parte da UIP. Em nome dos deputados de Timor-Leste e em particularmente do presidente do Parlamento Nacional, Terezinha Viegas agradeceu o apoio que a UIP tem tado a Timor-Leste «desde os primeiros dias da independência, em 2002».

«Após seis anos como país independente, durante os quais vivemos tempos muito difíceis, tal como o atentado às vidas do Presidente da República e do primeiro-ministro, em Fevereiro, estamos de facto satisfeitos por termos conseguido juntarmo-nos a esta organização de parlamentos», disse a deputada.

A líder da delegação terminou a intervenção sublinhando estar confiante de que os laços formais que começam agora entre Timor-Leste e a UIP serão «frutuosos e recíprocos». Acrescentando que as acções de Timor-Leste demonstrarão que o país está empenhado em promover a democracia parlamentar.

A 118.ª assembleia da UIP decorre até ao dia 18 na Cidade do Cabo, na África do Sul. A delegação timorense, chefiada por Maria Terezinha Viegas (CNRT), é ainda composta pelos deputados Arsénio Bano (FRETILIN), Gabriel Ximenes (PD), Fernanda Borges (PUN) e o director do Parlamento Nacional, João Rui Amaral.

Alarm at China's influence in E. Timor

The Australian

Mark Dodd April 16, 2008

IMPOVERISHED East Timor has signed a $28 million deal with China to
buy two advanced patrol boats in a move that will alarm Australia and
Indonesia about increasing Chinese influence in the struggling nation.

The deal was signed on April 12 by Prime Minister Xanana Gusmao,
Secretary of State for Defence Julio Pinto and Hao Yantan from the
Chinese defence company Poly-Technic.

China has been steadily increasing its presence in East Timor. It is
involved in oil and gas exploration and was responsible for compiling
a geological survey of the half-island state.

China has also recently built a massive Foreign Ministry office on
Dili's waterfront.

The contract for the patrol boats provides for 30 East Timorese
defence force personnel to undergo training in China. Foreign policy
experts yesterday expressed concern at the deal and said money would
be better spent on social infrastructure.

According to the Department of Foreign Affairs and Trade, East Timor
is the poorest country in the Asia-Pacific region. It was ranked
142nd of 177 countries in the 2006 UN Human Development Report, and
fared poorly on key indicators such as life expectancy, literacy and
GDP per capita. About 44 per cent of the population lives on less
than $1 a day.

Details of the agreement were confirmed yesterday by Dili-based
diplomatic sources.

The patrol boat purchase was foreshadowed in an East Timor defence
blueprint called the Force 2020 Report, details of which were first
revealed in The Australian last June.

A DFAT spokesman said it had no public comment to make about the
deal. But respected defence strategist Paul Dibb said if the patrol
boats came armed, it would be a concern for Canberra, which is
expected to provide more than $72 million in foreign aid to East
Timor this year.

"It's a matter of how much further it goes, and what sort of
footprint China sees it has the right to have in our immediate
neighbourhood where clearly we (Australia) see ourselves as the
leading power with the most influence," Professor Dibb said.

"If they are basically civilian-type Customs patrol boats, then
that's one thing. But if they are built by the PLA (People's
Liberation Army) and were armed, then that might start to raise a
deal more interest (in Canberra)," he added.

Defence expert Alan Behm said East Timor would learn quickly that
patrol boats were expensive to operate and maintain. He said a better
investment would have been for the Gusmao-led Government in Dili to
improve social infrastructure.

The East Timor deal follows moves by Indonesia to acquire Russian
submarines and other military equipment, part of a $1.2 billion line
of credit offered by President Vladimir Putin on a visit to Jakarta
last September.

Former foreign minister Alexander Downer described as "totally
unrealistic" the Force 2020 military blueprint, which called for a
3000-strong defence force backed by missile-equipped warships.

He said East Timor's priorities should be to focus on improving
living standards rather than spending on sophisticated military equipment.

A report this week in East Timor's Diario Nacional newspaper quoted
government officials as saying the boats would be 43m long and would
be used to patrol East Timor's fishing grounds that, like Australia's
northern coast, suffer from poaching.

Former colonial power Portugal gave East Timor two ageing
Albatross-class patrol boats armed with 20mm cannon but both ships
are in need of repairs. The East Timorese defence force was also
hard-pressed to find the $500,000 a year required to keep the boats running.

"Nobody is arguing that East Timor needs to be able to control its
own waters, but to sign a $28 million patrol boat contract with the
Chinese raises questions about affordability and says much about the
expanding role of China here," said a Dili-based Western security
analyst, who asked not to be named.

Tradução:

Alarme com a influência da China em Timor-Leste

The Australian

Mark Dodd Abril 16, 2008

O empobrecido Timor-Leste assinou um negócio de $28 milhões com a China para comprar dois barcos de patrulha avançados num gesto que alarmará a Austrália e a Indonésia acerca da crescente influência Chinesa na nação em luta.

O negócio foi assinado em 12 de Abril pelo Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, o Secretário de Estado da Defesa Júlio Pinto e Hao Yantan da companhia de defesa Chinesa Poly-Technic.

A China tem estado solidamente a aumentar a sua presença em Timor-Leste. Está envolvida na exploração do petróleo e gás e foi responsável por compilar uma investigação geológica no Estado da meia-ilha.

A China também construiu recentemente um enorme Ministério dos Negócios Estrangeiros na frente marítima de Dili.

O contracto para os barcos de patrulha prevê que 30 membros da Força de Defesa Timorense façam formação na China. Peritos de política estrangeira expressaram ontem a preocupação com o negócio e disseram que o dinheiro seria melhor gasto em infraestruturas sociais.

De acordo com o Departamento dos Negócios Estrangeiros e Comércio, Timor-Leste é o mais pobre país na região da Ásia-Pacifico. Foi classificado em 142 em 177 países no Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU para 2006, e teve pobre desempenho em indicadores chave tais como expectativa de vida, alfabetização e GDP per capita. Cerca de 44 por cento da população vive com menos de $1 por dia.

Detalhes do acordo foram confirmados ontem por fontes diplomáticas baseadas em Dili.

A compra dos barcos de patrulha estava prevista no programa da força de defesa de Timor-Leste chamado Projecto Força 202, detalhes do qual foram revelados em primeira mão pelo The Australian em Junho passado.

Um porta-voz do DFAT disse que não tinha comentários públicos a fazer acerca do negócio. Mas o respeitado estratego da defesa Paul Dibb disse que se os barcos vierem armados, isso pode ser uma preocupação para Canberra, que se espera venha a providenciar mais de $72 milhões em ajuda estrangeira a Timor-Leste este ano.

"É uma questão de quanto mais longe isso vai, e de que tipo de pegada a China vê que tem direito na nossa imediata vizinhança onde claramente nós (Austrália) nos vemos a nós próprios como o poder de liderança com maior influência," disse o Professor Dibb.

"Se forem basicamente do tipo de barcos de patrulha da Alfândega, então isso é uma coisa. Mas se forem construídos pelo PLA (Exército de Libertação Popular) e estiverem armados, então isso pode começar a levantar um negócio de maior interesse (em Canberra)," acrescentou.

O perito de defesa Alan Behm disse que Timor-Leste aprenderá rapidamente que barcos de patrulha são dispendiosos para operar e manter. Disse que um melhor investimento seria para o Governo liderado por Gusmão em Dili melhorar as infraestruturas sociais.

O negócio de Timor-Leste segue-se a movimentações da Indonésia para adquirir submarinos Russos e outros equipamentos militares, parte duma linha de crédito de $1.2 biliões oferecidos pelo Presidente Vladimir Putin numa visita a Jacarta em Setembro passado .

O antigo ministro dos estrangeiros Alexander Downer descreveu o projecto militar Força 2020 como "totalmente irrealista", que designa uma força de defesa de 3000 elementos suportada por navios de guerra equipados com mísseis.

Ele disse que as prioridades de Timor-Leste deviam focar-se na melhoria das condições de vida em vez de gastar em sofisticsdo equipamento militar.

Uma notícia no Diario Nacional de Timor-Leste citava fontes do governo como dizendo que os barcos teriam 43m de comprimento e seriam usados para patrulhar as áreas de pesca de Timor-Leste que como as da costa norte da Austrália sofrem de invasão.

A antiga potência colonial Portugal deu a Timor-Leste dois idosos barcos patrulha da classe Albatross armados com canhões de 20mm mas ambos os navios precisam de reparações. A força de defesa Timorense estava também bastante pressionada para encontrar os $500,000 por ano necessários para manter os barcos a andar.

"Ninguém está a argumentar que Timor-Leste precisa de poder controlar as suas próprias águas, mas assinar um contracto de $28 milhões para barcos de patrulha com os Chineses levanta questões acerca da capacidade e diz muito acerca do papel em expansão da China aqui," disse um analista de segurança Ocidental baseado em Dili, que pediu para não ser identificado.

"Não quero mais mortes"

Ramos-Horta pediu que o dinheiro do petróleo seja para dar de comer aos pobres
Milhares de timorenses saudaram a chegada a casa do presidente Ramos-HortaA segurança foi apertada para evitar complicações com a chegada do presidente

JN, 18/04/08
Orlando Castro

M ilhares de pessoas saudaram ontem o regresso, ao fim de dois meses de recuperação na Austrália, do "presidente herói", José Ramos-Horta, a Timor-Leste.

Depois de um emocionado abraço a Xanana Gusmão e dos cumprimentos das principais figuras que o aguardavam, caso do líder da Fretilin, Mari Alkatiri, e do presidente interino, Fernando "Lasama" de Araujo, Horta falou da reconciliação, apelando quase em lágrimas ao rebelde Gastão Salsinha para que se renda porque, disse, "não quero que mais ninguém morra".

Ramos-Horta falou da situação política, considerando que pode haver vantagens em antecipar as eleições, mas deu especial realce à debilidade económica do país, apelando ao Governo e ao Parlamento para que utlizem as receitas do petróleo "para comprar comida para os pobres".

Ovacionado no Parlamento como nas ruas, Ramos-Horta voltou depois ao lugar do crime, a sua casa, entretanto exorcizada dos maus espíritos que, de acordo com as tradições locais, ali habitavam desde o ataque protagonizado pelo major Alfredo Reinado.

Antes do regresso a Timor-Leste, Ramos-Horta afirmara que a acção de Alfredo Reinado fora planeada por elementos externos "interessados em desestabilizar o país e lançá-lo numa guerra civil".

Satisfeito por estar em casa, Ramos-Horta garante que não vai mudar o seu estilo de ser e de estar, avisando que voltará em breve aos "banhos públicos, ao encontro com as pessoas comuns".

"Não serei demovido, sejam quais forem as ameaças, de estar com as pessoas pobres. No fim das contas, sou presidente para servir aos pobres deste país, não me vou esconder no meu escritório ou na minha casa," afirmou Ramos-Horta.

Sobre a ameaça que constitui Gastão Salsinha, o presidente recordou afirmações recentes do tenente rebelde em que dizia que se renderia logo que Ramos-Horta voltasse ao país.

Criticando os que, "de um lado e do outro", respondem com violência às tentativas de diálogo, Ramos-Horta disse "Eu já cá estou e, portanto, espero que como é sua vontade, Salsinha se renda pessoalmente a mim".

"Estive envolvido em diálogos com os rebeldes durante 18 meses. Nunca hesitei em ir ter com elas à floresta ou às montanhas. Devo ser o único presidente do Mundo que fez isso para se reunir com os seus dissidentes, com os rebeldes", recordou Horta.

Timor: 3 suspeitos ataques contra Horta e Xanana detidos

A polícia da Indonésia prendeu três suspeitos dos ataques ao Presidente e ao primeiro-ministro Timorenses em Fevereiro, anunciou o chefe de Estado indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono.

A notícia, divulgada pela australiana ABC News, dá conta da prisão dos três suspeitos, ex-militares nas Forças de Defesa de Timor-Leste, mas não avança detalhes em relação à sua identidade nem ao local onde foram detidos.

O governo indonésio pediu ao Presidente timorense, entretanto, provas sobre o alegado envolvimento de cidadãos indonésios no ataque de que foi alvo na sua resiência em 11 de Fevereiro e que o deixou ferido com gravidade.

Ramos-Horta disse à Agência Lusa na quarta-feira que «elementos ligados aos Kopassus indonésios», as forças especiais com uma longa história durante a ocupação de Timor-Leste, estiveram ligados ao 11 de Fevereiro.

«São gente vingativa e a linha dura de alguns militares não aceita a independência», explicou José Ramos-Horta sobre essa suspeita.

«Nós precisamos que a acusação esteja suportada pela substância», respondeu hoje o ministro de Negócios Estrangeiros do Governo de Jacarta, Hassan Wirajuda, em declarações à agência indonésia ANTARA.

Wirayuda considera que se o governo de Timor-Leste conseguir fornecer as provas, não só o ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia poderá investigar o assunto, mas também outras instituições do Governo Indonésio.

Diário Digital / Lusa
18-04-2008 15:05:00

Timor: Militares detidos na Indonésia tinham mandado captura

A detenção de três militares timorenses na Indonésia por suspeita de envolvimento nos atentados de 11 de Fevereiro foi feita ao abrigo de mandados de captura emitidos pelo governo de Timor-Leste, disse hoje o presidente indonésio.

«Ontem de manhã (quinta-feira) e esta manhã, a polícia indonésia conseguiu deter três timorenses. Eles foram interpelados à luz de mandados de captura difundidos pelo governo timorense», declarou Susilo Bambang Yudhyono aos jornalistas em Jacarta.

«Trata-se de três soldados timorenses, não de indonésios«, frisou o presidente indonésio, referindo que os detidos são suspeitos de envolvimento nos ataques de 11 de Fevereiro, em Díli.
O presidente indonésio escusou-se a dar mais informações, »por agora«, sobre as detenções.
Os ataques de 11 de Fevereiro tiveram como alvos o presidente timorense, José Ramos-Horta, ferido a tiro com gravidade, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que escapou ileso.

Susilo Bambang Yudhyono declarou ainda ter ficado surpreendido com »declarações em Díli do presidente Ramos-Horta, segundo as quais pessoas na Austrália e na Indonésia estavam implicadas« nos atentados.

«Fiquei um pouco surpreendido», declarou.

Ramos-Horta disse à Agência Lusa na quarta-feira que «elementos ligados aos Kopassus indonésios», as forças especiais com uma longa história durante a ocupação de Timor-Leste, estiveram ligados ao 11 de Fevereiro.

«São gente vingativa e a linha dura de alguns militares não aceita a independência«, explicou José Ramos-Horta sobre essa suspeita.

A agência indonésia Antara noticiou hoje que o Governo de Jacarta pediu provas a Ramos-Horta sobre o alegado envolvimento de indonésios nos ataques de 11 de Fevereiro.

«Nós precisamos que a acusação esteja suportada pela substância», disse o ministro de Negócios Estrangeiros da Indonésia, Hassan Wirajuda.

Diário Digital / Lusa

Alberto II do Mónaco em Díli com agenda humanitária

Díli, 18 Abr (Lusa) - O Príncipe Alberto II do Mónaco chegou hoje a Timor-Leste para uma visita de 24 horas, com uma agenda humanitária e de cooperação.

Alberto II foi recebido no aeroporto de Díli pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e encontrou-se, ao final do dia, com o Presidente da República, José Ramos-Horta.

Os dois chefes de Estado fizeram uma curta declaração à imprensa, sem espaço para perguntas, na residência de José Ramos-Horta, em que Alberto II se limitou a explicar o programa da sua visita.

Alberto II esteve, antes, no ginásio do "campus" universitário, em Díli, numa cerimónia do projecto Paz e Desporto, apoiado pelo príncipe monegasco.

Sábado, Alberto II inaugura uma maternidade em Same (sul) e um centro de juventude em Becora, na capital, antes de deixar Timor-Leste, a meio da tarde.

PRM

Timor-Leste: Ramos-Horta agradece «apoio inestimável» da GNR

O Presidente José Ramos-Horta agradeceu em Díli «o apoio inestimável» da GNR em Timor-Leste e recordou a intervenção do contingente português a 11 de Fevereiro.

«Os médicos aconselharam-me a ter calma nas minhas actividades», afirmou José Ramos-Horta aos jornalistas no quartel do Subagrupamento Bravo da GNR, em Caicoli, Díli, na primeira cerimónia pública após regressar ao exercício das funções de chefe de Estado.

«Por recomendação médica, eu não viria, mas em relação à GNR eu não podia deixar de fazer um esforço especial para estar presente, para agradecer a toda a corporação o apoio inestimável que tem dado ao povo timorense desde Maio de 2006», explicou o Presidente da República.

«Creio que, até agora, não faltei a uma cerimónia de despedida de cada contingente que cá tem estado», acrescentou o chefe de Estado timorense.

José Ramos-Horta participou da cerimónia de condecoração dos 141 militares da GNR e da equipa de três elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) com a Medalha de Mérito Liberdade e Segurança na União Europeia.

A condecoração é atribuída pelo ministério da Administração Interna português e na cerimónia esteve presente o comandante-geral da GNR, tenente-general Mourato Nunes.

«Embora a situação de anarquia ou violência de 2006 tenha sido a pior», José Ramos-Horta sublinhou «o significado dos incidentes do 11 de Fevereiro, com a agressão contra o Presidente da República e o primeiro-ministro».

«Foi o incidente mais grave e que poderia ter desembocado numa situação muito mais grave à escala de todo o país», declarou José Ramos-Horta.

O chefe de Estado timorense foi atingido a tiro no exterior da sua residência em Díli e teve que ser evacuado para Darwin, Austrália, de onde regressou quinta-feira.

«Foi um enfermeiro da GNR que chegou a mim quando eu estava ainda no chão. Eu vi-o na ambulância, reconheci-o», recordou hoje José Ramos-Horta, referindo-se ao enfermeiro do INEM.

«A nossa ambulância não tinha qualquer enfermeiro ou médico a bordo. Foi ele que saltou para dentro e veio», acrescentou o Presidente da República.

A GNR participa, desde o regresso de José Ramos-Horta, na segurança pessoal do Presidente.
Quinze elementos da Secção de Operações Especiais da GNR asseguram, em permanência, 24 horas por dia, a escolta pessoal de José Ramos-Horta, mesmo na sua residência, em complemento à segurança da Polícia Nacional timorense.


«Creio que é um exagero eu ter tanta segurança mas não sou eu que decido em relação a isso, ou já não me vão deixar decidir, já não me vão ouvir, porque no passado eu mandava-os embora», afirmou o Presidente da República.

Diário Digital / Lusa
18-04-2008 7:51:00

Ramos-Horta regressou a Timor

Correio da Manhã, 18 Abril 2008 - 00h30

“Salsinha tem de se entregar”

O presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, regressou ontem ao seu país após dois meses na Austrália, onde foi tratado aos ferimentos sofridos num atentado contra a sua vida. À chegada a Díli, o chefe de Estado timorense ordenou ao ex-tenente Gastão Salsinha para se entregar e acabar com a "aventura".

No aeroporto de Díli, Ramos-Horta era aguardado, entre fortes medidas de segurança, pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e pelo antigo chefe do governo Mari Alkatiri. Populares saudaram o seu regresso com aplausos e danças tradicionais. "Salsinha tem de se entregar. Disse que esperava pelo meu regresso para se entregar. Prefiro que procure a Igreja. Depois tem de ir ao procurador-geral da República ou ao tribunal e enfrentar a Justiça", declarou o presidente timorense, dirigindo-se ao líder dos fugitivos ligados ao atentado de 11 de Fevereiro.

"A sobrevivência ao atentado só pode ser explicada pela teologia. É algo que só os bispos e Sua Santidade [o Papa] ou os teólogos podem explicar", afirmou quando questionado sobre a leitura que faz ao facto de ter sobrevivido. Ramos-Horta declarou ainda que a realização de eleições antecipadas"pode ter vantagens para todas as partes".

Eurico Guterres e Xanana encontram-se dia 28 em Díli

JN, 18/04/08

O ex-chefe da milícia pró-Indonésia em Timor-Leste, Eurico Guterres, anunciou ontem que se reunirá este mês com o primeiro-ministro e seu antigo inimigo, Xanana Gusmão, para procurar a reconciliação entre indonésios e timorenses. Guterres disse à edição digital do diário "The Jakarta Post" que se reunirá no próximo dia 28 em Díli, com Xanana Gusmão, contra quem combateu durante anos quando a Fretilin lutava contra a ocupação militar da Indonésia. O ex-chefe da milícia pró-Indonésia, que há 11 dias foi absolvido de uma condenação a dez anos de prisão pelo assassinato em 1999 de 12 pessoas em Timor-Leste, assinalou que o processo de reconciliação passa pela Comissão da Verdade e Amizade, encarregada de investigar a onda de violência que ocorreu naquele ano. Eurico Guterres, antigo líder do grupo paramilitar Aitarak, era o último dos 18 condenados pela violência de 1999 que ainda não tinha sido posto em liberdade pelo Supremo Tribunal da Indonésia. A Aitarak foi uma das milícias organizadas pelo Exército indonésio em Timor-Leste para fazer com que a população apoiasse a anexação à Indonésia no referendo organizado pela ONU em 30 de Agosto de 1999.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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